Geostar prevê um “forte crescimento” do turismo religioso

O departamento de Turismo Religioso e Cultural da GeoStar da zona Sul promoveu, esta segunda feira, o tradicional almoço de natal. O Júpiter Lisboa Hotel foi o local eleito pela empresa de turismo, que reuniu toda a equipa e parceiros para os felicitar por todo o trabalho que têm desenvolvido ao longo deste ano.

À Ambitur.pt, Luís Albuquerque, gestor do Turismo Religioso e Cultural da zona Sul, referiu que o ano de 2018 foi “fantástico”. O responsável indicou que, a nível de vendas, registou-se um crescimento “acentuado”, destacando também a aposta na “diversificação do nosso produto”. O objetivo foi cumprido até porque “conseguimos chegar aos nossos clientes e apresentar propostas diferentes das tradicionais viagens, como é o caso de Israel”. O facto de a Geostar ter retomado o destino Turquia também foi realçado pelo gestor. “Esteve muito tempo dependente da questão da Síria. As pessoas tinham medo de visitar”, contextualiza. A retoma deste destino “é muito importante” para a Geostar.

Comparando o turismo “outgoing” com o “incoming”, Luís Albuquerque explica que a Geostar se foca mais na vertente “outgoing”. A previsão do responsável é a de que “o turismo religioso está a atravessar um forte crescimento” e isso deve-se ao facto de “o país estar a atravessar uma solução económica estável”, fazendo com que a “procura por viagens mais caras” também tenha aumentado. Quanto ao “incoming”, a visão também é positiva. “O nosso país tem, neste momento, um potencial enorme, não só pela questão judaica mas também porque Portugal está no mundo a nível de destino”, defende.

Para Luís Albuquerque, quem opta pelo turismo religioso “procura duas experiências”. “Há quem o faça pela fé e pela experiência de viver essa mesma fé”, o que acontece com Israel, e quem prefira “ir ao encontro de outras culturas e religiões”.

Como principal mercado, o gestor refere que Israel está em primeiro lugar. “Neste momento, está com uma procura desmedida”, sublinha. Quanto aos outros destinos, Luís Albuquerque destaca os circuitos na Europa, Rússia, algumas zonas das cidades Escandinavas, Países Bálticos e a Croácia que está “com muita procura”. O gestor refere ainda que, em 2018, a procura por países fora da Europa “já se tem sentido”. Índia, Brasil, México e China são os exemplos mencionados.

No que toca aos destinos para 2019, o responsável da Geostar diz que “o mercado de Israel está saturado até ao próximo ano” e existe a necessidade de “apresentar novas propostas”, como é o caso do “Irão, Chipre e a zona dos Balcãs (Albânia, Macedónia, Sérvia e Kosovo)”, acrescenta. Para além de novos destinos, Luís Albuquerque revelou ainda um programa de peregrinação destinado a “pessoas com modalidade reduzida”. Desenvolvido em conjunto com a companhia El Al, esta proposta da Geostar tem como objetivo “proporcionar a estas pessoas a possibilidade de visitar outros lugares”. Neste momento, “estamos a ver a melhor forma de transportar e o número de pessoas que podem ir no avião”. O programa será colocado no mercado e nas paróquias em 2019.

Também no próximo ano, a Geostar “vai continuar a apostar na diversificação do produto”. Apesar da previsão ser de “um ano difícil e esperam-se grandes desafios”, Luís Albuquerque diz que é imperativo “inovar, diferenciar, ou seja reinventar”. A Geostar vai assim “continuar empenhada em ir ao encontro das motivações dos nossos clientes e dar provas dos nossos serviços”, conclui.