A Ambitur pretende dar-lhe a conhecer nesta rubrica os profissionais que trabalham na área dos Recursos Humanos no setor do turismo em Portugal, partilhando o seu perfil, percurso e dia-a-dia de trabalho. Por isso hoje damos-lhe a conhecer um pouco melhor Joana Ferreira, coordenadora de Recursos Humanos na Vila Galé Hotéis, mais especificamente nas áreas de recrutamento, formação e desenvolvimento.
Joana nasceu em Lisboa, a 14 de agosto de 1989. A sua formação foi direcionada para uma licenciatura em Turismo e uma pós-graduação em Gestão de Recursos Humanos, tendo tido a primeira experiência profissional como rececionista de um hotel já da Vila Galé, grupo onde se manteve até aos dias de hoje. A responsável admite que desde o primeiro ano da sua licenciatura percebeu que o seu caminho profissional passaria pela área de RH. E, nessa altura, decidiu que poderia aliar estas duas áreas.
Quando começou a trabalhar na atual empresa e como tem sido a evolução?
Iniciei o meu percurso na Vila Galé com um estágio no departamento de RH em 2011 e, em 2012, surgiu a oportunidade de iniciar funções no grupo como rececionista do Vila Galé Ópera, função que assumi durante pouco tempo até me ter sido feito o convite para assumir a responsabilidade da área administrativa e Payroll do hotel e, posteriormente, do Vila Galé Collection Palácio dos Arcos. Em 2016, abracei o desafio da coordenação do departamento de recursos humanos em Portugal, função que assumo até hoje.
Qual é o seu dia-a-dia na empresa – no fundo, qual o trabalho/funções de um responsável de RH?
É difícil explicar como é o meu dia-a-dia porque nenhum é igual. A minha semana de trabalho divide-se entre os hotéis e a sede da empresa, seja em contexto de formação, reuniões, apresentações do grupo ou no desenvolvimento de projetos internos.
Qual a dimensão da empresa a nível de recursos humanos e como é constituída a orgânica dos quadros da empresa?
A Vila Galé é uma empresa que está representada em quatro países e conta, atualmente, com 44 hotéis, 32 deles em Portugal. Para além dos hotéis, conta ainda com duas marcas de vinhos e azeites.
O grupo é composto por mais de 4500 colaboradores, 1800 destes em Portugal.
Quem são os candidatos que a sua empresa procura? Qual o perfil e competências desejados?
A Vila Galé é uma empresa que aposta na formação e desenvolvimento dos seus colaboradores e conta com uma Academia de formação interna certificada pela DGERT, pelo que as competências técnicas são relevantes mas não são as mais importantes para a nossa organização.
A simpatia, gosto pelo contacto com o cliente, ambição e proatividade são características que privilegiamos nas nossas equipas. Pretendemos pessoas com vontade de aprender e com gosto pela área da hotelaria.
Porque devem os futuros profissionais do setor escolher a sua empresa para trabalharem?
A Vila Galé é uma empresa que aposta verdadeiramente no bem-estar das suas equipas. Para além de uma vasta oferta de benefícios flexíveis como seguro de saúde totalmente gratuito que pode ser estendido ao agregado familiar, noites gratuitas ou com descontos em alojamento, spas e restaurantes até aos 65% em todos os hotéis do grupo e que se estendem ao agregado familiar, presentes no aniversário e Natal, contamos com vários eventos motivacionais, prémios de desempenho e reconhecimento, uma vasta oferta formativa (presencial e em formato e-learning) e programas que permitem uma acelerada progressão de carreira.
O que a levou a especializar-se e trabalhar na área de RH?
Apesar de ser licenciada em Turismo, logo no início do curso apercebi-me que a área de Recursos Humanos era efetivamente uma área que me fascinava. Nesse momento, comecei a desenhar o meu percurso profissional no sentido de aliar as duas áreas, Turismo e Recursos Humanos. Posteriormente, tirei uma Pós-Graduação em Gestão de Recursos Humanos.
Se dúvidas houvessem, ficaram dissipadas durante o meu estágio no departamento de RH do grupo Vila Galé, pois tive a certeza absoluta que o meu caminho seria por ali.
O facto de ter passado pela área operacional foi determinante para as funções que hoje desempenho. Esta experiência deu-me uma maior sensibilidade para desenvolver ações e políticas com impacto nas nossas equipas.
Que competências considera necessárias para ser profissional na área de RH?
Para além das competências técnicas necessárias, um profissional de Recursos Humanos tem de ser empático e próximo das equipas. Acredito que são estas que nos inspiram e, só estando próximo da operação diária, é que conseguimos compreender as verdadeiras necessidades das pessoas.
A comunicação é essencial e deve transmitir confiança e fortalecer as relações dentro da organização e o pensamento deve ser estratégico, entendendo a visão da empresa e alinhá-la com as necessidades e expetativas das equipas.
Qual a mais-valia que um profissional de RH pode trazer a uma empresa turística/hoteleira?
A mais-valia de um profissional de RH numa empresa hoteleira é exatamente igual ao de qualquer empresa num outro setor. O departamento de Recursos Humanos existe para apoiar as equipas e a organização a desenvolver políticas e ações que promovam o bem-estar e o desenvolvimento das pessoas que ali trabalham, potenciando as suas competências e ajudando ao sucesso da organização.
Quais os maiores desafios da sua profissão? O que lhe dá maior prazer e considera ser mais difícil?
A minha profissão tem inúmero desafios e, francamente, isso é aquilo que mais me fascina. No dia em que não me sentir desafiada, é altura de repensar o meu papel.
Aquilo que mais prazer me dá na minha profissão é quando sinto que consegui impactar alguém ou fazer o dia de alguém, seja através de formação, de um programa de progressão de carreira ou de uma ação de motivação.
O que considero mais difícil ou mais desafiante é a comunicação interna. Somos um grupo que conta com mais de 1700 pessoas em Portugal, conseguir que a comunicação flua e que chegue a todos é um verdadeiro desafio. Continuamos a trabalhar diariamente para melhorar este aspeto e para tornar, cada vez mais, a nossa comunicação mais próxima, humanizada e transparente possível.