Portugal tem o 30.º passaporte mais poderoso do mundo, segundo o Global Passport Index, que avaliou os passaportes mais influentes do mundo tendo em conta, além da mobilidade, as oportunidades de investimento e a qualidade de vida oferecidas em 197 países.
Já em agosto tinham sido revelados os países que permitem aos seus cidadãos viajar para o maior número de destinos, sem ser necessário visto. Este “visa-free” é apenas uma parte do valor de qualquer destino, pois muitas são as pessoas que procuram investir além fronteiras e obter residência no exterior. Pessoas essas que se deparam com algumas dificuldades na altura de escolher o país pois têm de ter em conta fatores como o estilo de vida ou as oportunidades de investimento. Daí a Global Citizen Solutions, empresa de assessoria de compra de imóveis e cidadania através de investimento, ter criado este novo índice.
De salientar que embora se posicione bem nas categorias de Mobilidade Avançada (8º) e Qualidade de Vida (12º), Portugal encontra-se em 72ª posição no que diz respeito ao investimento.
No índice, com um total de 96,4 pontos, os EUA surgem com o passaporte mais poderoso do mundo, dadas as classificações em 10.º lugar no Índice de Mobilidade, em 4.º lugar no Índice de Investimento e em 23.º lugar no Índice de Qualidade de Vida. A Alemanha e o Canadá fecham o Top 3, sendo que o peso de cada subcategoria se divide em 50% para a mobilidade, 25% para o investimento e outros 25% para a qualidade de vida. Apesar de não ocuparem o topo da tabela em nenhum índice isolado, os EUA pontuaram bem nos índices de Investimento, Qualidade de Vida e Mobilidade Melhorada. Isto porque, “dependendo das prioridades de cada um, há destinos que são potencialmente vistos como melhores alternativas“, comenta a diretora da agência, Patricia Casaburi, em comunicado.
Se tivermos apenas em conta, por exemplo, os índices de Mobilidade Melhorada (o único dos três em que Portugal surge nos dez primeiros lugares) e de Investimento, ambos são liderados por Singapura. No entanto, este país asiático ocupa o 130.º lugar no ranking de Qualidade de Vida, sobretudo por causa do seu elevado custo de vida, que supera o dos Estados Unidos e da Suécia. Por estes motivos, Singapura surge no 15.º lugar do Global Passport Index, com uma pontuação de 92,5.
A Suécia encabeça o Índice de Qualidade de Vida, face à elevada pontuação nos seis critérios avaliados, que incluem o Índice dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e o Relatório da Felicidade Mundial, ambos das Nações Unidas, e ainda o Índice da Liberdade no Mundo, elaborado pela organização Freedom House. Mas o 15.º lugar no Índice de Mobilidade Melhorada e o 31.º no Índice de Investimento atiram o país escandinavo para a sexta posição na classificação geral.
Na última posição entre os 197 países analisados surge o Iémen, que vive uma guerra civil desde 2015 e é já classificado como a pior crise humanitária do mundo.