Golfe quer medidas adicionais para salvar empresas do setor

Em entrevista ao jornal Vida Económica, Luís Correia da Silva, presidente do CNIG – Conselho Nacional da Indústria do Golfe, afirma que as empresas proprietárias de campos de golfe tiveram, no mês de abril, receita nula e que “a quebra brutal de receitas foi de novo particularmente sentida no mês de maio, na sequência da reabertura dos mesmos a partir do dia 4”. De acordo com um inquérito recente levado a cabo pela entidade, a receita média por campo de golfe caiu 88% face a maio de 2019, com as quebras mais fortes no Centro (97%) e no Algarve (90%), regiões que dependem mais do golfe turístico.

O responsável afirma que cerca de 28% das empresas ainda mantêm mais de 75% dos seus trabalhadores em lay-off simplificado.

Luís Correia da Silva acredita que, em termos de vendas, “a prioridade deve estar centrada na captação de reservas e na atração e vinda de jogadores estrangeiros, em particular do Reino Unido mas não só (Alemanha, Escandinávia, França, Irlanda), para jogarem nos campos, no continente e ilhas, desejavelmente já em força a partir de setembro/outubro”. Defende ainda que os campos devem “começar a preparar, o melhor possível, a época alta de março/abril e maio de 2021”.

O CNIG defende uma série de medidas complementares como a suspensão do PEC, a concessão de apoios a fundo perdido, a revisão e simplificação das condições de acesso a linhas de crédito. Reforça ainda a necessidade de o Governo rever e reformular o PEES e estender o lay-off simplificado; e de reduzir o IVA do golfe para 6%.