Governo aprova proposta da AHP sobre reagendamento das estadias nos hotéis

A proposta da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) entregue ao Governo, que defende a abertura de um regime de exceção que permita ao cliente o reagendamento da estadia num hotel ou a emissão de um “voucher”, válido pelo prazo de um ano a contar do levantamento do estado de emergência, foi aprovada esta sexta-feira.

Num comunicado enviado à imprensa, a AHP indica que a proposta entregue através da secretária de Estado do Turismo,  prevê que, aos clientes que por força das restrições decorrentes da situação da pandemia da Covid-19 cancelem estadias em hotéis, cujas reservas hajam sido efetuadas ou diretamente, ou através de plataformas em linha ou de agências de viagens, não seja imediatamente devolvido o pagamento mas que estes fiquem com um crédito sobre o hotel, válido durante um ano. O reagendamento ou “voucher” são emitidos em determinadas condições e, caso a viagem ou estadia não possa ser realizada no prazo de um ano, após o levantamento do estado de emergência, o cliente terá direito ao reembolso.

A proposta da AHP visa acompanhar a tendência de outros países, como é o caso da Bélgica e de Itália, onde propostas similares já se encontram em vigor,  ou  em preparação, como  em Espanha e França.

Para Raul Martins, presidente da AHP, “era indispensável e muito urgente a aprovação desta medida, aplicável às tarifas não reembolsáveis. Esta medida irá permitir, quer atender ao direito de devolução por parte dos clientes, impossibilitados de viajar por uma causa de força maior, por um lado, quer, por outro, responder à difícil situação da tesouraria das empresas hoteleiras, que tinham já recebido estes valores, quer, finalmente, servir de estímulo e esperança à  retoma das viagens num prazo muito razoável. No fundo trata-se de uma forma de solidariedade entre todos: clientes, Hotéis, plataformas em linha  e agências de viagens”.