O ministro das Infraestruturas assegurou esta semana, no parlamento, que os prejuízos da TAP SGPS “não implicam uma injeção de capital neste momento”. No entanto, segundo a Agência Lusa, Pedro Nuno Santos, em resposta aos deputados, ressalvou que “não é possível garantir que o Estado não tenha que voltar a injetar capital na empresa, tendo em conta que é o maior acionista da companhia aérea”.
O governante notou ainda que “não podemos dizer que o Estado nunca vai meter [dinheiro], porque essa é também a responsabilidade de quem gere. É normal em qualquer empresa e também na TAP”. O líder do Ministério das Infraestruturas lembrou ainda que é justificável a utilização de dinheiros públicos em empresas públicas cujo serviço “é fundamental”, mas reiterou que, atualmente, “não há nenhuma razão para o Estado por dinheiro na TAP”.
O grupo TAP registou, em 2018, um prejuízo de 118 milhões de euros, valor que compara com um lucro de 21,2 milhões de euros registado no ano anterior, conforme foi anunciado em 22 de março.
Por sua vez, a receita do grupo passou de 2.978 milhões de euros em 2017 para 3.251 milhões de euros em 2018, traduzindo-se num aumento de 273 milhões de euros, mais 9,1% face ao período homólogo.