Grupo Airmet cresce 16% em 2017 e pretende chegar aos 300 balcões

O Grupo Airmet registou, em 2017, um crescimento de 16% na faturação, que atingiu os 176 milhões de euros. A rede de agência de viagens, que encerrou o último ano com 279 balcões, mais nove do que em 2016, quer chegar às 300 agências associadas já em 2018.

“O nosso objetivo sempre foi, desde o início, chegarmos aos 300 balcões, número que seria ideal para o tipo de serviço que queremos prestar”, afirmou Paulo Mendes, diretor-geral do grupo, em declarações ao Ambitur.pt.

O grupo realizou, no passado fim-de-semana, na Figueira da Voz, a sua convenção anual, que contou com 280 participantes, entre eles 198 agentes de viagens. No balanço deste evento, Paulo Mendes destacou que em 2017, os balcões do grupo cresceram em média 12%, fator importante “na consolidação da rede”.

Em relação aos segmentos que mais se destacaram nas vendas de 2017, Paulo Mendes realçou o crescimento acima dos 20% da aérea da tour operação. Nos restantes, a rede de agências continua a ter como principal produto a aviação, com destaque ainda para o crescimento da área de corporate e da vertente tailor-made.

Quanto aos destinos mais procurados, uma vez mais evidenciam-se os locais mais tradicionais, nomeadamente as Caraíbas, Cabo Verde, Algarve, Madeira e Açores, ilhas Baleares e Canárias, e ainda, Tunísia, que tem vindo a recuperar nos últimos anos.

Desafios para 2018
Em 2018, volta a estar em cima de mesa o problema da lotação do aeroporto de Lisboa. Para Paulo Mendes, este continua a ser o principal constrangimento do mercado português, em especial na operação de verão.

“O maior desafio é a questão do aeroporto de Lisboa, principalmente pela operação de verão, tendo em conta que a infraestrutura se encontra lotada”, notou o responsável, reforçando a importância de uma solução alternativa como a do aeroporto do Montijo. “A decisão tem que ser tomada rapidamente. Caso contrário será difícil mantermos estes números. Estamos também a falar da capacidade de trazer mais turistas e isso tem que ser equacionado”, acrescentou o diretor-geral da Airmet, sublinhando a importância do turismo na “alavancagem da economia portuguesa”.

Por último, Paulo Mendes falou ainda do novo Regulamento Geral da Proteção de Dados (RGPD) que passa a ser de aplicação obrigatória a partir do dia 25 de maio. “A nível de proteção de dados, o novo enquadramento jurídico irá obrigar as agências a adaptar-se e a mudar o seus modelos. A regra de ouro é informar o cliente. Por um lado preocupa-me mas por outro há quatro anos atrás houve igualmente uma alteração da lei mas adaptamos-nos rapidamente e hoje em dia já não se fala disso. Acredito que o mesmo irá suceder agora”, terminou.