Grupo Pestana pretende alcançar a marca dos 100 hotéis em 20 países distintos

Com a abertura de 15 hotéis nos últimos cinco anos, o grupo Pestana pretende agora apostar na afirmação europeia e na expansão do mercado norte-americano.

“Após 45 anos de evolução, estamos a falar de uma jornada de crescimento e de consolidação, a caminho dos 100 hotéis em 20 países, rumo ao top 25 europeu”, sublinhou José Roquette, Chief Development Officer do Pestana Hotel Group, em apresentação hoje no Pestana Palace, em Lisboa.

“Se considerarmos que esta é uma empresa familiar e não conotada em bolsa, é algo, diria, quase único na Europa e no top 100 mundial”, frisou o responsável.

Para manter esta “jornada de consolidação”, a marca irá apostar na Europa, onde pretende abrir “pelo menos mais três hotéis”, com possibilidade de serem cinco, nomeadamente no Reino Unido e na Alemanha.

Ao longo da sua história, o grupo começou pelos resorts, passando depois para “os hotéis urbanos” onde abriram pela primeira vez em São Paulo no Brasil. Hoje em dia, o grupo Pestana tem apostado na “Hotelaria de Charme, com as Pousadas” e mais recentemente nos “Lifestyle Hotels”, através da parceria com a marca CR7, “que forçou o grupo à inovação”.

Questionado em relação ao Brexit, José Roquette considera que o impacto “não será dramático para o turismo português”, ainda que “seria uma inconsciência” desvalorizar o seu possível efeito.

Em relação a números, 2016 “foi o melhor ano de sempre”, onde o grupo fechou contas com 11.302 quartos espalhados pelas diversas unidades, mais 666 do que no anterior e ainda com uma subida nos lucros em 33% (EBITDAR).

Outro dos pontos sublinhados durante esta apresentação, foi a recente aposta da TAP no mercado norte-americano, com mais voos e novas rotas, como é o caso de Boston. “Lisboa vai sair muito beneficiada”, e o grupo “vai estar atento a novas oportunidades”, adiantou.

Por fim e em relação a uma possível aposta do grupo no alojamento local (AL), o responsável afirmou que existe neste momento “muito ruído e muita confusão” e que a marca “já esteve mais empolgada” com essa opção. Na opinião de José Roquette, o importante passa agora pela “enquadramento legal” e alerta que no futuro “deveria ser possível aplicar à hotelaria convencional algumas das simplificações do AL”.