No primeiro aniversário do Hilton Porto Gaia, Mónia Gonçalves, diretora geral da unidade, garante que “o balanço é extremamente positivo”.
O Hilton Porto Gaia abriu portas há um ano, em plena pandemia de Covid-19, um desafio que Mónica Gonçalves, diretora geral da unidade, admite ter sido “extremamente difícil”. Por um lado, a finalização da obra complicou-se com todas as condicionantes de entregas de produtos e matérias-primas. Por outro lado, a questão da mão-de-obra para terminar o projeto também não ajudou. Todo este contexto, exigiu pois “um grande esforço e presença por parte de toda uma equipa”, recorda a profissional, em declarações à Ambitur.pt.
“a estratégia foi lutar pela qualidade de serviço e reforçar o nosso posicionamento de mercado”
Uma vez de portas abertas, a responsável explica que o grande desafio foi “lidar com a vontade dos clientes em recomeçar e voltar à normalidade e, ao mesmo tempo, a possibilidade de novos surtos”. Mónica Gonçalves afirma que “o hotel começou muito bem” e que “a estratégia foi lutar pela qualidade de serviço e reforçar o nosso posicionamento de mercado”. Mas admite que houve a perceção de que o cliente mudara. “Está mais atento a outros pormenores, procura experiências, descobrir o local onde fica hospedado. No fundo, procura autenticidade, e esta autenticidade está, não só no hotel ou no local onde fica, mas essencialmente nas pessoas”, adianta. O que significa, acrescenta a diretora-geral do Hilton Porto Gaia, que “temos de entregar autenticidade ao cliente” e ser “genuínos”.
“(O cliente) está mais atento a outros pormenores, procura experiências, descobrir o local onde fica hospedado. No fundo, procura autenticidade, e esta autenticidade está, não só no hotel ou no local onde fica, mas essencialmente nas pessoas”
Hoje, um ano depois, e com uma festa de comemoração que contou com cerca de 400 convidados, “o balanço é extremamente positivo”, assegura Mónica Gonçalves. Isto quer a nível dos resultados operacionais como de brand awareness e posicionamento no mercado. A responsável afirma notar “um crescimento no nosso posicionamento, com um constante pedido de disponibilidade para grandes eventos nacionais e internacionais”.
O Hilton Porto Gaia conta com uma forte componente do cliente corporate, com muitos congressos, incentivos, reuniões de empresa ou apresentações de automóveis. Algo que se deve, por um lado, às características do hotel, mas também ao seu auditório “impressionante”, garante a diretora-geral. A unidade disponibiliza um auditório em anfiteatro, com capacidade para cerca de 350 lugares, e um palco com elevador que possibilita trazer um carro da garagem ao centro da apresentação. Além deste segmento, o hotel tem igualmente uma forte componente de lazer, algo que se justifica também pela sua localização no coração do centro histórico de Vila Nova de Gaia, a apenas minutos do centro histórico do Porto.
“a hotelaria tem tanto de belo, de encantador, quando falamos na essência do serviço, no dar ao próximo, como tem de duro e violento, quando falamos nas horas de trabalho e na perda de vida pessoal”
A nível dos recursos humanos, uma dificuldade que atinge todo o setor, Mónica Gonçalves percebe que “a situação se tornou insustentável para muitas empresas”, com a procura a aumentar e os problemas em recrutar também em crescimento. Mas afiança que, “no nosso caso, a marca ajudou”. A estratégia aqui foi “manter o recrutamento constante”, esclarece, dando início a uma reestruturação total e um reforço da política de recursos humanos. Hoje, a responsável não hesita em dizer que “estamos mais próximos, mais presentes junto das equipas”, tendo reforçado a oferta quantitativa e qualitativa das condições dos colaboradores. Mas reconhece que “é necessário repensar a política de recursos humanos”, até porque “a hotelaria tem tanto de belo, de encantador, quando falamos na essência do serviço, no dar ao próximo, como tem de duro e violento, quando falamos nas horas de trabalho e na perda de vida pessoal”. Defende, por isso, que é fundamental “voltar a encontrar o equilíbrio e dar às nossas equipas o sentido de orgulho por servir o próximo”. Isto, claro, acompanhando as equipas “para que entendam esta necessidade” e “vivam a verdadeira noção de hospitalidade”.
“o sentimento de confiança é fortíssimo e notamos isso nos pedidos de eventos internacionais”
Pensando no que se segue, Mónica Gonçalves acredita que, contando com a influência da marca Hilton, “o sentimento de confiança é fortíssimo e notamos isso nos pedidos de eventos internacionais”. A responsável garante que “a marca Hilton também contribui para o crescimento da região” e acredita que o segundo ano será de consolidação deste crescimento, com um “crescimento impressionante” da procura.
Por Inês Gromicho