Hilton quer crescer em Portugal e aponta potencial do país

A Hilton Worldwide está presente em 103 países, com 465 hotéis na Europa, e ambiciona ser líder e crescer em todos os mercados onde atua, incluindo em Portugal, onde reconhece existir grande potencial. Numa entrevista à Ambitur, Joachim Hartl, Area General Manager da Hilton Worldwide para a Península Ibérica, falou acerca da presença do grupo hoteleiro em Portugal, com três hotéis: o DoubleTree by Hilton Hotel Lisbon, o Conrad Algarve e o franchising Hilton Vilamoura As Cascatas Golf Resort & Spa.

Joachim Hartl deixou, no início do ano passado, o cargo de diretor geral do Conrad Algarve – delegado a Katharina Schlaipfer – para abraçar um novo e importante desafio: representar a Hilton na Península Ibérica. Em Portugal, o grupo dispõe de 500 quartos e emprega entre 250 a 300 pessoas. Hartl garante que o grupo ambiciona crescer no país, onde vê grande potencial, com os resultados do ano passado a “excederem as expectativas”.

O responsável da Hilton para a Península Ibérica explica que o grupo presenciou o “boom” do turismo em Portugal e entende o crescente interesse no país. “Para mim, Portugal tem um fator de novidade. Estamos na era da redescoberta. O mundo inteiro fala sobre Lisboa. E o mundo inteiro fala sobre esses pontos de interesse que os Portugueses criam. Uma abordagem verdadeira, autêntica e sustentável. Eu acho que isso é essencial. A calorosa hospitalidade portuguesa, esse tipo de autenticidade, é uma ótima mais-valia que Portugal”, argumenta Hartl.

DoubleTree by Hilton

Outra é a gastronomia. Joachim Hartl observa que 35% dos turistas visitam Portugal para experimentarem a sua comida: “Porque é autêntica e não é sobrevalorizada como acontece em muitos outros países. São as receitas dos vossos pais e das vossas mães. E Portugal tem jogado bem com isso”, frisa.

Hartl considera que a capital portuguesa, apesar de bastante competitiva, tem ainda um grande potencial a ser explorado. Para o responsável, “o que Lisboa precisa é de grandes hotéis de congresso”. Mas assegura que a Hilton tem também acompanhado o crescimento de outras cidades portuguesas: “São as cidades secundárias que estão realmente a emergir. O Porto tem recebido vários benefícios por causa disso”, garante o Area Manager da Hilton.

Hilton quer “paixão” e “caráter”
O responsável da Hilton para a Península Ibérica sublinha que o maior desafio que o grupo, e o setor turístico, enfrenta são os recursos humanos e as pessoas considerarem a hotelaria uma verdadeira e prestigiada profissão. “O sistema educacional está muito focado no resultado final” e, para Hartl, deveriam existir mais oportunidades para os jovens experienciarem o setor hoteleiro.

Um dos compromissos do CEO do grupo, Christopher J. Nassetta, é alcançar um milhão de jovens e falar-lhes sobre hospitalidade. O ano passado, só em Portugal, a Hilton Worldwide conseguiu chegar a cerca de 900 jovens através de diversas iniciativas, como ir às escolas ou levar os jovens até aos hotéis.

Na hora de recrutar, os critérios mais importantes são a “paixão” e o “caráter”. “Nós não recrutamos necessariamente pelas competências, nós recrutamos com base na atitude” que, segundo Joachim Hartl, é o principal ingrediente da hospitalidade: “O nosso negócio é bastante simples, consiste em fazer as pessoas felizes. O que não parece difícil quando o dizemos mas que é realmente uma arte”. Assim, é importante que os colaboradores sejam apaixonados pelo seu trabalho. “É algo que está incluído no nosso ADN. É ter a certeza que os nossos colaboradores estão plenamente felizes e que irradiam isso”, garante o responsável.