Hilton Vilamoura: “A nossa expectativa é de ter uma ocupação de 50%, o limite que nos impusemos”

Depois de alguns meses de portas fechadas, são já vários os hotéis que começam a reabrir para um “novo” verão. Ambitur.pt está a falar com algumas dessas unidades, que nos contam quais as expectativas que têm para os próximos meses e como está a ser feita esta abertura.

O Hilton Vilamoura deverá abrir portas a 1 de julho e, segundo Dinis Pires, diretor geral desta unidade hoteleira localizada no Algarve, já o fará com algumas reservas em carteira, nomeadamente de clientes habituais que já são fidelizados da marca. A nível internacional, os principais mercados são o Reino Unido, Alemanha, França e Benelux, sendo que o mercado nacional “é muito importante”, especialmente nos meses de verão, frisa o responsável.

A expectativa de Dinis Pires aponta para uma ocupação aproximada de 50% nos próximos meses, mas explica que este “é também o limite que nos impusemos, pois assim será facilitada a implementação das regras de distanciamento e segurança”. Os 88 quartos e apartamentos que serão comercializados posicionam assim este resort como “uma pequena unidade hoteleira” mas com “muito espaço para desfrutar, quatro hectares de agradáveis jardins e piscinas”, garante.

Implementado está o Hilton Clean Stay, um programa exclusivo da marca em parceria com a RB e a Mayo Clinic, bem como o selo Clean & Safe do Turismo de Portugal e “rigorosos processos internos”, onde se inclui um detalhado plano de contingência. Tudo isto proporciona “aos nossos clientes a garantia de que, ao nível da higiene e segurança, o Hilton Vilamoura é uma unidade muito bem preparada”, sublinha o diretor geral do hotel. Entre outras práticas adotadas pela unidade está o uso de equipamento de proteção individual para todos os colaboradores e clientes, bem como a obrigatoriedade de 24 horas de intervalo entre a sa+ida e uma nova chegada a cada quarto.

Dinis Pires reconhece, no entanto, que há vários desafios neste momento. Por um lado, as poucas ligações aéreas e uma produtividade abaixo do normal. “A nossa equipa base é suficiente para o resort a 70%” mas como “iremos operar a 50%, a performance financeira é ligeiramente afetada”. Mas, esclarece o responsável, “para os nossos hóspedes isso é uma vantagem pois terão acesso a um serviço ainda melhor que nos anos ditos «normais»”.

Além disso, o responsável chama a atenção para o desafio do SPA, que foi “transformado numa oportunidade de reinventar os serviços e oferecer novas experiências”, tais como a possibilidade de massagens ao ar livre, ioga e meditação, pilates ou workshops de culinária. O Hilton Vilamoura está ainda a desenvolver “um leque de experiências no Algarve” para aproveitar “o que de tão bom e único temos nesta região”.

Outra preocupação que tem sido levantada diz respeito às praias mas, para Dinis Pires, esta “é uma falsa questão”. Porquê? “Este ano as praias do Algarve terão uma lotação semelhante aos anos 70, com mais área por cliente, mais atenção ao pormenor por parte dos concessionários. Quem sai a ganhar é o cliente e ainda bem”.