Hotel Londres: “A expetativa é uma taxa de ocupação de 40-50%” com os “tímidos” mercados espanhol, francês e alemão

Depois de alguns meses de portas fechadas, são já vários os hotéis que começam a reabrir para um “novo” verão.  A Ambitur.pt está a falar com algumas dessas unidades, que nos contam quais as expectativas que têm para os próximos meses e como está a ser feita esta abertura.

Rui Ventura

Ao contrário de muitas unidades, e a par de outras, o Hotel Londres “nunca fechou” portas com o intuito de apoiar “de imediato o alojamento de profissionais de saúde, bombeiros e membros da PSP” durante o período mais crítico da pandemia, “a pedido da Associação de Turismo de Cascais (ATC)”, como explica o general manager Rui Ventura. A unidade aproveitou, desde logo, o “know how de limpeza hospitalar” para “proceder com as melhores práticas seguindo as recomendações da DGS”.

Embora muitas reservas tenham sido canceladas, o Hotel Londres manteve a presença do mercado nacional com “empresas com trabalhos na região, pessoas que pelo facto de estarem a trabalhar preferiram ficar isoladas para não colocarem em risco familiares mais vulneráveis” bem como “alguns idosos que estavam em lares e a família preferia tê-los num local mais seguro”, avança o responsável. Já a partir de junho, a unidade começou a receber “de forma tímida” os mercados espanhol, francês e alemão, e por isso “a expetativa é termos uma taxa de ocupação de 40 a 50%”, revela Rui Ventura.

Clientes assinam “termo de responsabilidade” sobre o Covid-19 

O general manager comenta que foi criado um “plano de contingência” mesmo “antes do Estado de Emergência ser decretado”. Seguiu-se a atribuição do selo “Clean & Safe”, do Turismo de Portugal, e salienta ainda algumas medidas já implementadas como a “utilização de máscara obrigatória em espaços sociais”, o “distanciamento social nas áreas públicas”, a “limitação dos espaços” (Restaurante, Bar, Lounge, Piscina, Varanda e Jardim) além da assinatura de um “termo de responsabilidade” por parte do cliente em como “não tem conhecimento de ter Covid-19 nem sintomas do mesmo”.

As dúvidas dos clientes prendem-se mais com a “utilização da piscina” e com os “pequenos-almoços” servidos em sistema de “buffet” que “agrada muito o cliente”. Rui Ventura realça que tal é “feito de forma muito segura” pois é “servido pelos nossos colaboradores e o resto são doses individuais que podem ser servidas por cada um”. O responsável adianta que “a experiência tem sido muito gratificante”, num “ambiente informal mas sempre profissional”, sendo que “os clientes respeitam muito as regras e entendem que é para sua segurança”.

Finalmente, o general manager do Hotel Londres defende que “o maior desafio é de facto a venda” na medida em que “o transporte aéreo é crucial para o turismo nacional”. Recorda que “apenas temos uma fronteira” e acrescenta que “será muito importante que retomemos rapidamente aos melhores resultados da pandemia na região de Lisboa” para que “a nossa imagem seja retomada”.