A Associação da Hotelaria de Portugal apresentou na BTL os resultados consolidados de 2015, através de tratamento de dados obtidos pela Plataforma Hotel Monitor detida pela associação, sendo os dados recolhidos junto dos hotéis representativa da oferta nacional.
Em 2015, na Hotelaria, a taxa de ocupação foi de 65,23%, mais 2,52 p.p., comparativamente com 2014. Estes dados revelam que este indicador mantém-se em ritmo de crescimento e quase atingiu os valores históricos de 2007 (ano em que a taxa de ocupação atingiu os 67%).
O preço médio por quarto ocupado foi de 74,7 euros, que se traduz num crescimento de 9,15%. O RevPar – preço médio por quarto disponível – foi de 48,73 euros, mais 13,54% que em igual período de 2014.
Os dados de 2015 revelam que os destinos turísticos com o RevPar mais elevado foram Lisboa (65,31 euros), Algarve (51,75 euros) e Estoril/Sintra (51,65 euros). Contudo, as melhores variações foram Grande Porto (25,02%), Alentejo (22,60%) e Algarve (21,85%). Ao nível do preço médio por quarto ocupado, destaque para Lisboa (86,34 euros), Algarve (84,64 euros) e Estoril/Sintra (82,50 euros). Na Taxa de Ocupação, a Madeira (77,76%) ultrapassa Lisboa (75,65%) e o Grande Porto (70,03%).
Agosto manteve-se em 2015 como o melhor mês, seguido de setembro e julho. Os piores meses foram janeiro, dezembro e fevereiro.
No que respeita à motivação das dormidas: o peso das dormidas por lazer baixaram de 83% para 77%, de 2014 para 2015, mas, em contrapartida, a motivação negócios / profissionais subiu de 12% para 14% de 2014 para 2015.
Em 2015, registou-se um aumento geral de dormidas de 6,7%. Os três principais mercados externos para a hotelaria são Reino Unido (24%), Alemanha (10,7%) e Espanha (10,6%). O mercado interno representa, nas dormidas, 30%.
Luis Veiga, presidente da Associação da Hotelaria de Portugal, destacou que “pelo segundo ano consecutivo a divergência regional é alarmante, tanto em taxa de ocupação como no preço médio, sendo que no RevPAR a diferença entre o melhor e o pior destino é 4 vezes superior.” “Estes resultados da operação dos hotéis não significam, porém, que as empresas tenham já saúde e músculo financeiros suficientes para apresentar balanços equilibrados” concluiu Luís Veiga.
Expetativas positivas para este ano
Para 2016, os hoteleiros preveem um ano positivo, com expectativa de alcançar uma melhor performance em todos os indicadores, exceto quanto à estada média (número de dias em hotéis), que esperam ser idêntica à de 2015 (inferior a 2 dias). Já quanto aos mercados emissores para este ano, os inquiridos apontaram o crescimento dos mercados espanhol e nacional e queda dos mercados brasileiro e russo.
A AHP disponibilizou na ocasião os dados (provisórios) relativos ao período do Carnaval, tendo sido alcançado para 50% dos inquiridos um melhor preço médio. A taxa de ocupação foi claramente mais forte no Norte, Alentejo, Algarve e Açores. No Centro e Lisboa, a taxa de ocupação foi inferior ao ano anterior, mas os preços foram superiores. Na Madeira, a taxa de ocupação e RevPAR foram inferiores, mas o preço médio foi melhor.
Em relação às expectativas para a Páscoa, mais de 50% dos inquiridos apontam para uma melhor performance das receitas total e alojamento, dos preços e da taxa de ocupação. A receita de F&B está estável.