A Hungria está tão perto. Esta foi uma das mensagens do seminário de apresentação deste destino que decorreu na manhã desta terça-feira, na Embaixada da Hungria, em Lisboa, e contou com a presença da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo, (APAVT) e de diversos agentes de viagens.
O embaixador da Hungria, Miklós Halmai, sublinhou a semelhança dos dois países em diversos aspetos mas indicou que são “diferentes em termos turísticos”. Nos últimos anos, a Hungria enfrentou uma “mudança” no “número de turistas” que atingiu os 12,5 milhões. O representante húngaro deseja que a sessão “sirva para atrair mais portugueses” para a Hungria e que seja “um impulso para conseguirmos atrair mais turistas”.
Já Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, dirigiu a sua mensagem aos agentes de viagens, deixando bem claro que a missão da associação é “apoiar os seus membros”. O dirigente reforçou que a APAVT dará todo o seu apoio a todos aqueles que procuram “fazer negócio” na Hungria.
Coube a Katalin Negyessy, conselheira económica da Embaixada, apresentar o país. Apesar de sublinhar “as semelhanças” entre Portugal e Hungria e o “maior conhecimento” mútuo, a responsável considera existir um “gap de informação” entre os dois países, principalmente no que toca a “eventos económicos ou turísticos”. Apesar de parecer uma desvantagem, o facto da Hungria não estar na “Zona Euro” tem algo de positivo: “A nossa moeda (florim húngaro) é considerada uma “moeda segura”, indica. Não ter costa marítima também não é uma desvantagem. “Temos investimentos para atingir outros mercados internacionais”, assegura.
Katalin Negyessy é perentória ao afirmar que Budapeste é um excelente ponto de partida para iniciar “um city-break para outras cidades”. Afinal, a capital “está a apenas algumas horas de carro de seis capitais europeias”. Atingindo, em média, um milhão de visitantes por mês, a Hungria está a enfrentar alguns problemas que “existem noutros países europeus”, como a sobrecarga das capitais. “80% dos turistas estão concentrados em Budapeste” mas o governo húngaro está a tentar “diversificar esta concentração” com várias iniciativas. “Já temos hotéis e resorts um pouco por todo o país”, indica.
Por seu turno, Péter Sznoln, Sales Manager da TAP para a Hungria, Roménia, Sérvia e Moldávia, considera a capital da Hungria como uma “boa opção” para passar “um fim-de-semana”. Com voos a operar todos os dias entre Lisboa e Budapeste, e vice-versa, a TAP já atua no mercado húngaro desde 2004.
O responsável destacou uma panóplia de oportunidades que o mercado húngaro tem para a companhia de bandeira nacional. Considerado com um “mercado estável” a nível social, político e económico, Péter Sznoln diz que “a situação económica húngara está a melhorar”, atraindo cada vez mais “mercados da Comunidade Europeia para iniciar negócio”. Visto como um grande potencial para aumentar as vendas da TAP, o responsável realça as “atrações turísticas” da Hungria e Budapeste, além do número crescente de estudantes que procuram as universidades de Budapeste para estudar. Na apresentação, o responsável destacou ainda que a maioria das pessoas viaja para Budapeste em lazer. “Desde 2016 até 2018, 84% viajam em lazer e 16% em negócios”, sublinha.
Estatísticas
Budapeste atingiu recordes em 2018. Os mercados britânico, alemão e norte-americano foram os principais emissores de turistas da capital. Só no ano passado, registaram-se 4,5 milhões de hóspedes. Até agora, em 2019, já chegaram à capital cerca de 2,3 milhões. Já nas pernoitas, em 2018, foram 10,4 milhões.Em 2019, registaram-se, até ao momento, 5,6 milhões.