A IATA divulgou hoje que os números do tráfego de passageiros no mês de março de 2021 caíram quando comparados com níveis pré-Covid (março 2019) mas subiram face ao mês anterior (fevereiro 2021). A procura global de viagens aéreas em março deste ano (RPKs) diminuiu 67,2% face a março de 2019, o que significou uma melhoria da queda de 74,9% registada em fevereiro de 2021 face a fevereiro de há dois anos. O melhor desempenho foi impulsionado pelos mercados domésticos, especialmente na China. O tráfego internacional permaneceu limitado na sua maioria.
A procura internacional de passageiros em março diminuiu 87,8% em relação a março de 2019, uma melhoria muito ligeira da queda de 89% observada em fevereiro de 2021 face ao mesmo mês de há dois anos.
“A procura doméstica total desceu 32,2% face a níveis pré-crise (março 2019), muito melhor do que em fevereiro deste ano, quando o tráfego doméstico desceu 51,2% face ao período de 2019. Todos os mercados exceto o Brasil e a Índia revelaram melhorias face a fevereiro de 2021, com a China a dar o principal contributo. O momento positivo que vimos em alguns mercados domésticos importantes em março é um sinal da forte recuperação que estamos a antecipar nos mercados internacionais assim que as restrições a viagens forem levantadas. As pessoas querem e precisam de voar. E podemos estar otimistas de que o farão quando as restrições forem removidas”, garante Willie Walsh, diretor geral da IATA.
As companhias de aviação europeias registaram uma queda de 88,3% no tráfego de março em comparação com março de 2019, apenas ligeiramente acima do declínio de 89,1% de fevereiro. A capacidade caiu 80% e o load factor 35 pontos percentuais para 49,4%.
“O aparecimento de novas variantes de Covid-19 e o número crescente em alguns países estão por detrás da hesitação dos governos em levantar as restrições às viagens e as quarentenas. Porém, estamos a começar a ver desenvolvimentos positivos, tais como o recente anúncio pela presidente da Comissão Europeia, von der Leyen, de que os viajantes vacinados dos EUA poderão entrar na UE. Pelo menos 24 países já disseram que vão receber viajantes vacinados. Esperamos que isto continue e aumente com a subida dos números da vacinação. Contudo, os governos não devem depender apenas de vacinas, já que ameaçam discriminar as pessoas que não conseguem obter uma vacina por motivos médicos, ou outros, ou que não têm acesso a vacinas – uma situação comum em grande parte do mundo. Testes acessíveis, atempados e eficazes devem estar disponíveis como uma alternativa às vacinas para facilitar as viagens”, acrescenta Willie Walsh.