Indicadores da hotelaria crescem a dois dígitos em março

A hotelaria registou 1,4 milhões de hóspedes e 3,7 milhões de dormidas em março de 2016, correspondendo a acréscimos homólogos de 18,8% e 20,3%. Esta evolução superou a do mês anterior (+14,9% e +15,5%) e está, segundo o Instituto Nacional de Estatística, em parte associada a um efeito de calendário, já que a Páscoa este ano se celebrou em março e em 2015 em abril.

De acordo com os dados do INE, divulgados esta manhã, em março de 2016, o mercado interno gerou 1,1 milhões de dormidas (+18,5%), tendo os bons resultados deste mês na hotelaria ficado a dever-se, maioritariamente, aos mercados externos que representaram 70,7% do total, mais 21,0% do que em março de 2015. No que à performance dos doze principais mercados emissores diz respeito, o destaque vai para a evolução do mercado espanhol que aumentou expressivamente (+77,0% de dormidas), ainda assim aquém de abril de 2014 (+125,1%). O mercado britânico (20,2% das dormidas de não residentes) apresentou um acréscimo significativo (+19,7%) e a Alemanha cresceu 13,0%. França e Países Baixos apresentaram acréscimos de 4,4% e 1,7%, desacelerando face aos meses anteriores. Já a Irlanda, a Bélgica e os EUA registaram aumentos expressivos (+56,0%, +28,5% e +20,1%), enquanto o Brasil manteve tendência decrescente (-0,3%).

Em março deste ano, todas as regiões evidenciaram aumentos significativos das dormidas, com destaque para os Açores (+55,6%), como vem sucedendo nos últimos meses. No Continente, são de assinalar os acréscimos do Algarve (+28,2%), do Norte (+25,3%) e do Alentejo (+21,8%). Algarve, Lisboa e R.A. Madeira foram as regiões com maior procura por parte de hóspedes vindos do estrangeiro (respetivamente 32,8%, 29,4% e 20,1% das dormidas).

A estada média foi 2,70 noites (+1,2%), enquanto a do primeiro trimestre se situou em 2,60 noites (+1,0%). Madeira e Algarve registaram os valores mais elevados deste indicador (5,42 e 4,15 respetivamente); no entanto, houve ligeiro decréscimo no Algarve (-1,1%). O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) aumentou significativamente (22,1%), fixando-se em 29,6 euros. Lisboa e R.A. Madeira registaram os valores mais elevados deste indicador (47,7 € e 44,3 €). A evolução foi globalmente positiva, de maior impacto na R.A. Açores (+60,4%) e no Norte (+30,2%).

Os proveitos totais atingiram 170,6 milhões de euros (+22,5%) e os de aposento 118,7 milhões (+25,6%). Estes acréscimos superaram os do mês anterior (+21,5% e +21,4%).

No período de janeiro a março, as dormidas de residentes aumentaram 13,6% e as de não residentes 17,1%. A taxa de ocupação aumentou 3, 6% para os 33,5% e os proveitos totais e de aposento registaram também crescimentos a dois dígitos, 19,7% e 21,5%.