Indústria do Golfe considera que turistas residenciais vão ser “decisivos” na retoma do turismo pós-covid

Conferência “Um Novo Olhar sobre o Turismo Residencial”, promovida pela APR – Associação Portuguesa de Resorts, durante o Salão Imobiliário de Portugal, na passada sexta-feira, recebeu uma mensagem de Luís Correia da Silva, presidente do Conselho Nacional da Indústria do Golfe (CNIG), acerca das mais- valias do turismo residencial. 

Num primeiro momento, o responsável contribuiu com a sua ‘definição’ de turismo residencial enquanto “ocupação temporária por não residentes habituais e por múltiplos períodos, mais ou menos alargados, de imóveis que integram a chamada oferta imobiliária de lazer e/ou de segunda residência”.

Em seguida, abordou o facto da “recente aposta pública e privada” no segmento ter vindo a “contribuir decisivamente para a captação de investimento estrangeiro, para uma visibilidade acrescida e para um reconhecimento internacional mais alargado de várias regiões do país, e mesmo de cidades, como novos destinos de referência no turismo em Portugal”. Luís Correia da Silva acrescenta a “captação de novos e mais qualificados, em termos de rendimento, segmentos de nicho”, quer em mercados tradicionais como emergentes.

O presidente do CNIG avançou ainda o “crescimento sustentado das receitas turísticas e no volume de impostos coletados em Portugal com base na oferta turística” e o “esbater da sazonalidade”, com o “desenvolvimento de um cluster alargado de serviços e atividades que dão suporte à manutenção de imóveis ao longo do ano”, enquanto vantagens do turismo residencial.

Assim, conclui que “é óbvio que o turismo residencial tem dado um contributo fundamental não só para a recuperação económica do país após a última crise mas, essencialmente, para a reestruturação de uma nova oferta turística nas diferentes regiões”, atraindo turistas residenciais com “capacidade financeira e que se sentem seguros por optar por esta oferta alternativa de alojamento”. E alerta: “A presença destes investidores vai ser particularmente decisiva na recuperação e retoma do turismo nacional depois da pandemia.”