INE: 24,6 milhões de chegadas de turistas não residentes em 2019

Em 2019, estima-se que o número de chegadas a Portugal de turistas não residentes tenha atingido 24,6 milhões, correspondendo a um crescimento de 7,9% face ao ano anterior (+7,5% em 2018). Espanha manteve-se como o principal mercado emissor (quota de 25,5%; +0,1 p.p.), tendo registado um crescimento de 8,2% em 2019 (+8,9% em 2018). Fora da União Europeia, é de salientar o aumento de 23,2% dos turistas provenientes dos Estados Unidos.

Considerando a generalidade dos meios do alojamento turístico, em 2019 registaram-se 29,5 milhões de hóspedes e 77,8 milhões de dormidas, traduzindo-se em aumentos de 7,4% e 4,3%, respetivamente (+5,1% e +3,3%, pela mesma ordem, em 2018). O mercado interno assegurou 26,1 milhões de dormidas (33,6% do total) e registou um crescimento de 5,9% em 2019 (+6,0% em 2018). As dormidas dos mercados externos (66,4% do total) aumentaram 3,5% (+2,0% em 2018) e atingiram 51,7 milhões de dormidas. O Reino Unido manteve-se como principal mercado emissor com 18,8% do total das dormidas de não residentes.

Em 2019, os residentes em Portugal realizaram 24,5 milhões de deslocações turísticas, correspondendo-lhes um acréscimo de 10,8% (após +4,2% em 2018 e +5,0% em 2017). O número de deslocações em território nacional atingiu 21,4 milhões (+9,0%, após +3,2% no ano anterior), correspondendo a 87,3% do total. As deslocações para o estrangeiro totalizaram 3,1 milhões (+24,7%, após +13,3% em 2018).

Com este destaque o INE divulga os primeiros resultados definitivos de 2019 do turismo, que serão difundidos com maior detalhe na publicação “Estatísticas do Turismo 2019”, com data de divulgação agendada para o próximo dia 31 de julho e onde constará um vasto conjunto de indicadores sobre a atividade turística em Portugal, nas vertentes de oferta e ocupação de alojamento turístico, bem como de procura turística dos residentes, no ano de 2019. A antecipação na divulgação deste destaque, face à data inicialmente prevista, permite a incorporação dos dados de Portugal no Barómetro da Organização Mundial do Turismo (OMT), no que respeita à estimativa da chegada de turistas não residentes a Portugal.

Chegadas de turistas a Portugal aumentaram 7,9%
Em 2019, estima-se que o número de chegadas a Portugal de turistas não residentes tenha atingido 24,6 milhões, correspondendo a um crescimento de 7,9% face ao ano anterior, superior ao verificado em 2018 (+7,5%).

Espanha manteve-se como o principal mercado emissor de turistas internacionais (quota de 25,5%; +0,1 p.p.), tendo registado um crescimento de 8,2% em 2019 (+8,9% em 2018) e contribuído com cerca de 26,1% para o acréscimo total no número de turistas chegados. Os turistas do Reino Unido (15,4% do total) aumentaram 7,6%. As chegadas de turistas de França (quota de 12,6%) cresceram 2,1%, com este país a perder alguma representatividade (-0,7 p.p.). O mercado alemão (7,9% do total) apresentou uma variação nula em 2019, enquanto o mercado brasileiro (5,5% do total) aumentou 13,9%. Fora da União Europeia, é de destacar o aumento de 23,2% nos turistas provenientes dos Estados Unidos.

Atividade de alojamento em aceleração
Considerando a generalidade dos meios do alojamento turístico (estabelecimentos de alojamento turístico2, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), em 20193 estavam em atividade 7 155 estabelecimentos (+19,2%).

A generalidade dos meios de alojamento turístico registou 29,5 milhões de hóspedes que proporcionaram 77,8 milhões de dormidas, traduzindo-se em aumentos de 7,4% e 4,3%, respetivamente (+5,1% e +3,3%, pela mesma ordem, em 2018).

Nos estabelecimentos de alojamento turístico (hotelaria, alojamento local e turismo no espaço rural/habitação) concentraram-se 92,0% dos hóspedes e 90,2% das dormidas que se verificaram na generalidade dos meios de alojamento turístico, seguindo-se os parques de campismo (quotas de 6,8% e 8,9%, respetivamente) e as colónias de férias e pousadas da juventude (1,2% e 0,9%, pela mesma ordem).

As dormidas nos estabelecimentos de alojamento turístico totalizaram 70,2 milhões (+4,6%, após +3,2% em 2018). A hotelaria registou 58,0 milhões de dormidas (+2,5%; +1,5% em 2018). As dormidas nos estabelecimentos de alojamento local situaram-se em 10,2 milhões (+16,9%; +15,8% em 2018) e as de turismo no espaço rural e de habitação atingiram 2,0 milhões (+9,7%; +5,3% em 2018).

Nos parques de campismo as dormidas ascenderam a 6,9 milhões (+1,5%, após +4,0% em 2018) e nas colónias de férias e pousadas da juventude atingiram 722,1 mil (+3,9%; -0,2% em 2018).

O mercado interno assegurou 26,1 milhões de dormidas, correspondendo a 33,6% do total registando um crescimento de 5,9% em 2019 (+6,0% em 2018). As dormidas dos mercados externos aumentaram 3,5% (+2,0% em 2018) e atingiram 51,7 milhões de dormidas (66,4% do total).

Em 2019, a estada média (2,64 noites) reduziu-se 2,9% (-1,5% no caso dos residentes e -3,5% no de não residentes).

O Reino Unido manteve-se como principal mercado emissor (18,8% do total das dormidas de não residentes), tendo registado um aumento de 1,0%. O mercado alemão (12,3% do total) apresentou uma diminuição de 5,3%, enquanto o mercado espanhol (11,0%) cresceu 7,6%. Entre os principais mercados, salientaram-se também os mercados norte-americano (+21,3%), chinês (+16,8%), brasileiro (+14,9%), irlandês (+9,9%) e canadiano (+9,6%).

Nos estabelecimentos de alojamento turístico (hotelaria, alojamento local e turismo no espaço rural/habitação), os proveitos totais ascenderam a 4,3 mil milhões de euros (+7,8%) e os de aposento a 3,2 mil milhões de euros (+7,9%), abrandando face ao ano anterior (+8,1% e +9,1%, respetivamente).

Deslocações turísticas dos residentes em aceleração, principalmente para o estrangeiro
Em 2019, 5,4 milhões de residentes em Portugal efetuaram pelo menos uma deslocação com dormida fora do seu ambiente habitual, ou seja, o correspondente a 53,0% da população residente (48,0% em 2018).

Em 2019 realizaram-se 24,5 milhões de deslocações turísticas, correspondendo-lhes um acréscimo de 10,8% (após +4,2% em 2018 e +5,0% em 2017). O número de deslocações em território nacional atingiu 21,4 milhões (+9,0%, após +3,2% no ano anterior), valor que representou 87,3% do total. As deslocações para o estrangeiro totalizaram 3,1 milhões (+24,7%, após +13,3% em 2018).

O “lazer, recreio ou férias” foi a principal motivação para viajar em 2019, justificando 12,1 milhões de viagens (49,4% do total, +3,0 p.p.). Seguiu-se a “visita a familiares ou amigos”, com 9,2 milhões de viagens (37,8%, -3,6 p.p.) e os motivos “profissionais ou de negócios” (2,0 milhões), com 8,2% do total (-0,1 p.p.).

Cada viagem teve uma duração média de 4,1 noites (4,0 em 2018). As deslocações ao estrangeiro apresentaram uma duração média de 7,2 noites (7,3 em 2018) e as viagens domésticas 3,6 noites (3,5 em 2018).

A despesa média por turista em cada viagem aumentou 18,1% para 197,2 Euros (+10,9% em 2018). Nas deslocações domésticas os residentes gastaram, em média, 134,8 Euros por turista/viagem (121,5 Euros em 2018), enquanto em deslocações para o estrangeiro o gasto médio por turista/viagem foi 626,8 Euros (+19,2% face a 2018).

As viagens turísticas realizadas pelos residentes em 2019 geraram mais de 99,2 milhões de dormidas, a que correspondeu um acréscimo de 12,9% face a 2018, tendo estado a maioria associada a deslocações domésticas (77,6% do total).

O “alojamento fornecido gratuitamente por familiares ou amigos” foi o meio de alojamento que concentrou o maior número de dormidas (38,3 milhões, 38,6%), revelando-se a principal opção nas viagens em território nacional (41,6%).

Nas viagens ao estrangeiro, o principal meio de alojamento foi “estabelecimentos hoteleiros e similares” (53,6% das dormidas).

Remuneração bruta mensal por trabalhador aumentou 2,6% nas atividades de alojamento
Em 2019, o crescimento da remuneração bruta mensal por trabalhador nas atividades de Alojamento (+2,6%) foi inferior ao registado no total da economia (+2,8%), invertendo uma tendência de crescimento superior neste setor que se verificava desde 2016.

Especificamente nas atividades de Alojamento, a remuneração bruta mensal por trabalhador situou-se em 1 060 Euros em 2019 (1 033 Euros em 2018), inferior em 217 Euros ao registado no total da economia.