INE: Alojamento turístico de março com mais 36,2% dos proveitos totais face à pré-pandemia

Em março de 2023 , o setor do alojamento turístico registou 2,1 milhões de hóspedes (+30,8%)e 5,1 milhões de dormidas (+26,7%), correspondendo a 338,0 milhões de euros de proveitos totais (+45,1%) e 250,9 milhões de euros de proveitos de aposento (+49%). Comparando com março de 2019, registaram-se aumentos de 36,2% nos proveitos totais e 40,1% nos relativos a aposento.

O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 43,5 euros e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 87,7 euros (+39,7% e +18,6% face a março de 2022, respetivamente). Em relação a março de 2019, o RevPAR aumentou 28,9% e o ADR cresceu 23,2%.

Em março, entre os municípios com maior representatividade no total de dormidas, Albufeira continuou a destacar-se com uma redução de 15,1% face a 2019 (-14% nos residentes e -15,3% nos não residentes). Pelo contrário, no Funchal registaram-se acréscimos significativos, principalmente nas dormidas de residentes que duplicaram face a março de 2019.

No 1º trimestre de 2023, as dormidas totais cresceram 40,9% (+22,5% nos residentes e +51,6% nos não residentes), a que corresponderam aumentos de 61% nos proveitos totais e 64,0% nos relativos a aposento (+35,5% e +39,9%, respetivamente, comparando com o 1º trimestre de 2019).

Considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), no 1º trimestre de 2023, registaram-se 5,4 milhões de hóspedes e 13,5 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 40,1% e 39,6%, respetivamente. Comparando com o 1º trimestre de 2019, as dormidas aumentaram 14,2% (+17% nos residentes e +12,9% nos não residentes).

Proveitos com crescimentos mais expressivos nas Regiões Autónomas, face a março de 2019

Os proveitos totais cresceram 45,1%, tendo atingido 338 milhões de euros. Os proveitos de aposento aumentaram 49%, ascendendo a 250,9 milhões de euros. Comparando com março de 2019, registaram-se aumentos de 36,2% nos proveitos totais e 40,1% nos relativos a aposento.

No 1º trimestre de 2023, os proveitos totais cresceram 61% e os relativos a aposento aumentaram 64%. Comparando com igual período de 2019, verificaram-se aumentos de 35,5% e 39,9%, respetivamente.

Em março, a AM Lisboa concentrou 38,3% dos proveitos totais e 40,5% dos relativos a aposento, seguindo-se o Algarve (17,9% e 16,5%, respetivamente), o Norte (16,1% e 16,4%) e a RA Madeira (14,0% e 13,5%). Os maiores crescimentos ocorreram na AM Lisboa (+57,1% nos proveitos totais e +60,6% nos de aposento), na RA Açores (+47,5% e +43,1%, respetivamente), no Norte (+45,0% e +46,5%) e na RA Madeira (+42,3% e +51,9%).

Face a março de 2019, destacam-se as evoluções na RA Açores (+52,1% e +50,2%, respetivamente) e na RA Madeira (+48,1% e +59,6%, pela mesma ordem). A AM Lisboa destacou-se também pelo crescimento dos proveitos acumulados no 1º trimestre de 2023 (+82,2% nos proveitos totais e +84,8% nos de aposento), seguida da RA Madeira (+63,5% e +73,1%, pela mesma ordem) e do Norte (+54,6% e +55,8%, respetivamente).

Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (peso de 87,7% e 85,7% no total do alojamento turístico) aumentaram 45,1% e 49,3%, respetivamente. Face a março de 2019, registaram-se crescimentos de 34% e 37,6%, pela mesma ordem.

Os estabelecimentos de alojamento local (quotas de 9,3% e 11,4%) apresentaram subidas de 50% nos proveitos totais e 52,9% nos proveitos de aposento, e o turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,0% e 2,9%, respetivamente) registou aumentos de 31,1% e 28,4%, pela mesma ordem. Comparando com março de 2019, nos estabelecimentos de alojamento local, os proveitos totais e de aposento aumentaram 48,5% e 53,8%, respetivamente, e no turismo no espaço rural e de habitação cresceram 74,3% e 70,3%, pela mesma ordem.

Rendimentos médios por quarto ocupado e disponível cresceram em todas as regiões

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 43,5 euros em março de 2023, tendo aumentado 39,7% face a março de 2022 (+49,2% em fevereiro) e 28,9% em comparação com o mesmo mês de 2019. Os valores de RevPAR mais elevados foram registados na AM Lisboa (75,6 euros, +50%) e na RA Madeira (64,3 euros, +43,1%).

Em março, este indicador registou crescimentos de 42,1% na hotelaria, 35,9% no alojamento local e 13,4% no turismo no espaço rural e de habitação.

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 87,7 euros em março, +18,6% em relação ao mesmo mês de 2022 (+16,2% em fevereiro) e +23,2%, comparando com março de 2019. Os valores de ADR mais elevados foram registados na AM Lisboa (112,7 euros) e na RA Madeira (87,4 euros), que corresponderam também aos acréscimos mais expressivos (+23,2% e +21,2%, respetivamente)

Em março, o ADR cresceu 17,9% na hotelaria, 26% no alojamento local e 8,2% no turismo no espaço rural e de habitação.

Dormidas de residentes duplicaram no Funchal, face a março de 2019

Em março de 2023, registaram-se 2,1 milhões de hóspedes (+30,8%) e 5,1 milhões de dormidas (+26,7%) nos estabelecimentos de alojamento turístico, das quais, 75,2% concentraram-se nos 23 principais municípios. À semelhança do que se verificou nos dois primeiros meses do ano, também em março se atingiram valores máximos de dormidas desde que há registo, tendo sido ultrapassados, pela primeira vez, os 5 milhões neste mês.

O município de Lisboa concentrou 24% do total de dormidas em março de 2023 (12,9% do total de dormidas de residentes e 28,6% do total de dormidas de não residentes), atingindo 1,2 milhões de dormidas. Comparando com março de 2019, as dormidas aumentaram 8,2% (mantiveram o nível nos residentes e cresceram 9,9% nos não residentes).

O Funchal representou 9,8% do total de dormidas (498 mil), aumentando 15,4% (+100,5% nos residentes e +6,7% nos não residentes) em comparação com março de 2019.

No Porto, registaram-se 421,3 mil dormidas (8,3% do total), mais 28,1% face a março de 2019 (+11,7% nos residentes e +32,4% nos não residentes).

As dormidas no município de Albufeira (7,6% do total) atingiram 386,4 mil, continuando a decrescer, mas de forma menos expressiva, face a março de 2019: -15,1% no total, -14% nos residentes e -15,3% nos não residentes.

No 1º trimestre de 2023, face a igual período de 2019 e entre os principais municípios, Albufeira registou o maior decréscimo nas dormidas (-12,8%; -7,5% nos residentes e -13,7% nos não residentes). Lisboa registou um aumento de 10,5% (+4,9% nos residentes e +11,7% nos não residentes), o Funchal cresceu 19,0% (+106,5% nos residentes e +10,5% nos não residentes) e o Porto registou um acréscimo de 29,5% (+15,3% nos residentes e +33,7% nos não residentes).