INE: Atividade turística com redução de 63,3% nas dormidas em outubro

Segundo dados de hoje do INE, o setor do alojamento turístico registou um milhão de hóspedes e 2,3 milhões de dormidas em outubro de 2020, correspondendo a variações de -59,7% e -63,3%, respetivamente (-53% e -53,4% em setembro, pela mesma ordem). As dormidas de residentes diminuíram 21,7% (-8,6% em setembro) e as de não residentes recuaram 76,4% (-71,8% no mês anterior).

Os proveitos totais registaram uma variação de -67,7% (-59,1% em setembro) e atingiram 126,2 milhões de euros. Os proveitos de aposento fixaram-se em 90,7 milhões de euros, diminuindo 68,7% (-59,5% no mês anterior). Em outubro, 32,1% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (25,9% em setembro).

Em outubro, considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 1,1 milhões de hóspedes e 2,6 milhões de dormidas, correspondendo a evoluções de -58,5% e -61,2%, respetivamente (-51,6% e -51,2% em setembro, pela mesma ordem).

Hóspedes e dormidas acentuam decréscimos

Em outubro de 2020, o setor do alojamento turístico registou 1,0 milhões de hóspedes e 2,3 milhões de dormidas, refletindo-se em variações de -59,7% e -63,3%, respetivamente (-53% e -53,4% em setembro, pela mesma ordem). Em outubro, 32,1% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (25,9% em setembro).

As dormidas na hotelaria (79,1% do total) diminuíram 65,3%. As dormidas nos estabelecimentos de alojamento local (peso de 16,1% do total) decresceram 58,2% e as de turismo no espaço rural e de habitação (quota de 4,8%) recuaram 24,6%. As dormidas em hostels registaram uma diminuição de 67,1% em outubro, representando 17,7% das dormidas em alojamento local e 2,8% do total de dormidas nos estabelecimentos de alojamento turístico.

Dormidas de residentes com decréscimo mais acentuado que no mês anterior

Em outubro, o mercado interno (peso de 51,1%) contribuiu com 1,2 milhões de dormidas, o que representou um decréscimo de 21,7% (-8,6% em setembro). As dormidas dos mercados externos diminuíram 76,4% (-71,8% no mês anterior) e atingiram 1,1 milhões. No conjunto dos primeiros dez meses do ano, verificou-se uma diminuição de 61,5% das dormidas totais, resultante de variações de -32,4% nos residentes e de -73,8% nos não residentes.

Principais mercados mantiveram diminuições expressivas

A totalidade dos dezasseis principais mercados emissores manteve decréscimos expressivos em outubro, tendo representado 91,9% das dormidas de não residentes nos estabelecimentos de alojamento turístico neste mês. As maiores reduções registaram-se nos mercados norte americano, chinês (-95,7% em ambos), canadiano (-94,9%) e irlandês (-92,6%), enquanto os mercados dos Países Baixos (-44,3%), espanhol (-50,4%) e francês (-58,1%) foram, entre os principais, os que registaram menores decréscimos. Desde o início do ano, todos os principais mercados registaram decréscimos expressivos, superiores a 60%, com maior enfoque nos mercados irlandês (-89,8%), norte americano (-86,8%) e chinês (-80,5%).

Algarve manteve crescimento das dormidas de residentes

Em outubro, todas as regiões registaram decréscimos das dormidas, registando-se as menores diminuições no Alentejo (-29,4%) e Centro (-49,3%). As maiores reduções verificaram-se na AM Lisboa (-76,7%), Algarve (-63,7%) e RA Açores (-61,4%). O Algarve concentrou 30,1% das dormidas, seguindo-se o Norte, a AM Lisboa (17,3% em ambas) e o Centro (14,3%).

No conjunto dos primeiros dez meses do ano, as regiões que apresentaram menores diminuições no número de dormidas foram o Alentejo (-35,7%), Centro (-50,5%) e Norte (-56,8%). Em sentido contrário, as maiores reduções verificaram-se na RA Açores (-71,8%), AM Lisboa (-69,9%) e RA Madeira (-66,4%). Em outubro, apenas no Algarve se registou crescimento do número de dormidas de residentes (+3,7%), que poderá ter estado relacionado com a realização de um evento desportivo neste mês na região.

Neste mês, em termos de dormidas de não residentes, o Alentejo e a RA Madeira registaram as menores diminuições (-65,1% e -66,1%), enquanto as restantes regiões apresentaram decréscimos superiores a 70%, com realce para a AM Lisboa (-84,2%).

Estada média reduziu-se

Em outubro, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,31 noites) reduziu-se 9% (-0,9% em setembro). A estada média dos residentes aumentou 3,7% e a dos não residentes cresceu 6,5%.

Taxa líquida de ocupação não recuperou

A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (20,6%) recuou 27,8 p.p. em outubro (-26,9 p.p. em setembro). As taxas de ocupação mais elevadas registaram-se na RA Madeira (30,1%) e Alentejo (23,2%).

Proveitos mantiveram decréscimos expressivos

Em outubro, os proveitos registados nos estabelecimentos de alojamento turístico atingiram 126,2 milhões de euros no total e 90,7 milhões de euros relativamente a aposento, correspondendo a variações de -67,7% e -68,7%, respetivamente (-59,1% e -59,5% em setembro, pela mesma ordem).

Todas as regiões registaram decréscimos expressivos nos proveitos totais e de aposento em outubro, com maior enfoque na AM Lisboa (-82,9% e -84,4%, respetivamente), Norte (-65,9% e -67,9%, pela mesma ordem) e RA Açores (-65,5% e -65,6%, respetivamente).

Em outubro, a evolução dos proveitos foi negativa nos três segmentos de alojamento. Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento diminuíram 69,4% e 70,5%, respetivamente (peso de 84,4% e 82,2% no total do alojamento turístico, pela mesma ordem).

Considerando as mesmas variáveis, os estabelecimentos de alojamento local (quotas de 9,7% e 11,5%) apresentaram evoluções de -63,1% e -65,1%, enquanto no turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 5,9% e 6,3%) se observaram evoluções de -22,7% e -22,6%.

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 18 euros em outubro, o que correspondeu a um decréscimo de 64,2% (-54,2% em setembro). A variação do RevPAR em outubro situou-se em -66,4% na hotelaria, -58,3% no alojamento local e -16% no turismo no espaço rural e de habitação. No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 68,9 euros em outubro, o que se traduziu num decréscimo de 18,2% (-15,4% em setembro).