INE: Atividade turística mantém recuperação em julho com 1,7 milhões de dormidas de residentes

De acordo com os dados do INE, o setor do alojamento turístico registou 1,0 milhões de hóspedes e 2,6 milhões de dormidas em julho de 2020, correspondendo a variações de -64,0% e -68,1%, respetivamente (-82,4% e -85,5% em junho, pela mesma ordem). As dormidas de residentes diminuíram 30,8% (-59,4% em junho) e as de não residentes recuaram 84,5% (-96,7% no mês anterior).

Os proveitos totais registaram uma variação de -70,5% (-88,6% em junho), fixando-se em 157,9 milhões de euros. Os proveitos de aposento atingiram 123,7 milhões de euros, diminuindo 70,5% (-88,2% no mês anterior).

Em julho, 27,8% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (48,1% em junho).

Em julho, considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 1,2 milhões de hóspedes e 3,3 milhões de dormidas, correspondendo a evoluções de -62,0% e -65,1%, respetivamente (-80,7% e -82,6% em junho, pela mesma ordem).

Hóspedes e dormidas com recuperação

As dormidas na hotelaria (75,9% do total) diminuíram 70,4%. As dormidas nos estabelecimentos de alojamento local (peso de 16,0% do total) decresceram 65,5% e as de turismo no espaço rural e de habitação (quota de 8,1%) recuaram 22,7%. As dormidas em hostels registaram uma diminuição de 73,2% em julho, representando 17,3% das dormidas em alojamento local e 2,8% do total de dormidas nos estabelecimentos de alojamento turístico.

Dormidas de residentes com recuperação

Em julho, o mercado interno (peso de 66,2%) contribuiu com 1,7 milhões de dormidas, o que representou um decréscimo de 30,8% (-59,4% em junho). As dormidas dos mercados externos diminuíram 84,5% (-96,7% no mês anterior) e atingiram 889,2 mil. No conjunto dos primeiros sete meses do ano, verificou-se uma diminuição de 66,4% das dormidas totais, resultante de variações de -48,1% nos residentes e de -73,9% nos não residentes.

Principais mercados com reduções superiores a 65%

A totalidade dos dezasseis principais mercados emissores manteve decréscimos expressivos em julho, superiores a 65%, tendo representado 92,7% das dormidas de não residentes nos estabelecimentos de alojamento turístico neste mês. As maiores reduções registaram-se nos mercados canadiano, chinês (-96,0% em ambos), norte americano (-95,6%) e dinamarquês (-94,5%) enquanto os mercados suíço (-67,6%), belga (-71,9%) e espanhol (-72,1%) foram, entre os principais, os que registaram menores decréscimos. Desde o início do ano, todos os principais mercados registaram decréscimos, com maior enfoque nos mercados irlandês (-88,0%), norte americano (-81,3%) e britânico (-78,4%).

Redução significativa das dormidas em todas as regiões

Em julho, todas as regiões registaram decréscimos das dormidas, registando-se as menores diminuições no Alentejo (-26,2%) e Centro (-49,6%). As maiores reduções verificaram-se na RA Madeira (-86,9%), na RA Açores (-84,7%) e AM Lisboa (-82,5%). O Algarve concentrou 39,1% das dormidas, seguindo-se o Norte (17,8%) e o Centro (14,9%).  No conjunto dos primeiros sete meses do ano, as regiões que apresentaram menores diminuições foram o Alentejo (-46,2%), Centro (-58,9%) e Norte (-61,5%).

Em julho, as regiões com menores diminuições do número de dormidas de residentes foram o Alentejo (-7,1%), seguindo-se o Algarve (-24,5%), Centro (-24,9%) e Norte (-25,3%). Neste mês, em termos de dormidas de não residentes, o Alentejo registou uma diminuição de 63,5%, enquanto as restantes regiões apresentaram decréscimos superiores a 75%.

Estada média reduziu-se

Em julho, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,56 noites) reduziu-se 11,3% (-17,6% em junho). A estada média dos residentes aumentou 1,6% e a dos não residentes diminuiu 6,6%.

Taxa líquida de ocupação com ligeira recuperação

A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (24,2%) recuou 35,7 p.p. em julho (-40,7 p.p. em junho).

Proveitos mantiveram decréscimos expressivos

Em julho, os proveitos registados nos estabelecimentos de alojamento turístico atingiram 157,9 milhões de euros no total e 123,7 milhões de euros relativamente a aposento, correspondendo a variações de -70,5% em ambos (-88,6% e -88,2% em junho, pela mesma ordem).

Todas as regiões registaram decréscimos expressivos nos proveitos em julho, com maior enfoque na RA Madeira (-87,6% nos proveitos totais e -87,4% nos de aposento), AM Lisboa (-86,4% e -86,7%, respetivamente) e RA Açores (-85,3% e -85,7%, pela mesma ordem).

Em julho, a evolução dos proveitos foi negativa nos três segmentos de alojamento. Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento diminuíram ambos 72,6% (peso de 81,6% e 79,9% no total do alojamento turístico, pela mesma ordem). Considerando as mesmas variáveis, os estabelecimentos de alojamento local (quotas de 10,1% e 11,3%) apresentaram evoluções de -67,7% e -68,5%, enquanto no turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 8,3% e 8,8%) se observaram evoluções de -18,4% e -19,4%.

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou se em 25,9 euros em julho, o que correspondeu a um decréscimo de 63,0% (-78,8% em junho). A variação do RevPAR em junho situou-se em -65,3% na hotelaria, -60,5% no alojamento local e -8,7% no turismo no espaço rural e de habitação.

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 95,4 euros em julho, o que se traduziu num decréscimo de 10,7% (-22,5% em junho).