INE: Atividade turística manteve crescimento durante o mês de agosto

INE divulgou hoje os dados relativos à atividade turística ao longo do mês de agosto de 2019. O setor do alojamento turístico registou 3,3 milhões de hóspedes e 9,5 milhões de dormidas em agosto de 2019, correspondendo a variações de +6,6% e +2,6%, respetivamente (+5,6% e +2,6% em julho, pela mesma ordem). As dormidas de residentes cresceram 3,2% (+3,1% em julho) e as de não residentes aumentaram 2,3% (+2,4% no mês anterior).

Em agosto de 2019, a estada média (2,88 noites) reduziu-se 3,7% (-4,4% nos residentes e -3,2% nos não residentes). A taxa líquida de ocupação (68,3%) recuou 1,9 p.p. (-1,4 p.p. em julho). Os proveitos totais cresceram 6,4% (+5,6% em julho), atingindo 630,1 milhões de euros. Os proveitos de aposento (502,0 milhões de euros) aumentaram 6,5% (+5,0% no mês precedente).

O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 84,4 euros, o que se traduziu num aumento de 1,5% (+0,2% no mês anterior) e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) também acelerou, correspondendo a 115,9 euros (+2,5%, +0,4% no mês anterior).

Dormidas mantiveram crescimento de julho

Em agosto de 2019, o setor do alojamento turístico registou 3,3 milhões de hóspedes, que proporcionaram 9,5 milhões de dormidas, refletindo-se em variações de +6,6% e +2,6%, respetivamente (+5,6% e +2,6% em julho, pela mesma ordem). As dormidas na hotelaria (81,5% do total) registaram um aumento de 0,9%. As dormidas nos estabelecimentos de alojamento local (peso de 14,5% no total) cresceram 12,6% e as de turismo no espaço rural e de habitação (quota de 4,0%) aumentaram 4,3%.

Mercado interno com crescimento superior aos mercados externos

Em agosto, o mercado interno contribuiu com 3,4 milhões de dormidas, o que representou um aumento de 3,2% (+3,1% em julho). As dormidas dos mercados externos (peso de 64,3% em agosto) cresceram 2,3% (+2,4% em julho) e atingiram 6,1 milhões. Nos primeiros oito meses do ano, as dormidas aumentaram 4,0%, com contributos positivos quer dos residentes (+6,6%), quer dos não residentes (+2,9%).

Mercados norte americano, brasileiro e irlandês destacaram-se

Os dezasseis principais mercados emissores representaram 88,8% das dormidas de não residentes nos estabelecimentos de alojamento turístico em agosto. O mercado britânico (18,1% do total das dormidas de não residentes em agosto) registou um aumento de 1,1% em agosto, evolução semelhante à verificada nos primeiros oito meses do ano (+1,2%). As dormidas de hóspedes espanhóis (17,7% do total) cresceram 4,1% em agosto. Desde o início do ano, este mercado aumentou 7,4%.

O mercado francês (12,2% do total) registou um ligeiro decréscimo em agosto (-0,3%). No conjunto dos oito primeiros meses do ano, este mercado diminuiu 2,0%.  As dormidas de hóspedes alemães (8,8% do total) mantiveram a tendência de decréscimo, tendo recuado 8,3% em agosto. Desde o início do ano, este mercado diminuiu 6,6%.

Em agosto, os mercados norte americano, brasileiro e irlandês (quotas de 4,6%, 4,2% e 4,1%, respetivamente) destacaram-se com crescimentos de 21,4%, 19,8% e 19,4%, pela mesma ordem, tendo estes mercados registado aumentos de 19,3%, 14,0% e 9,5% em termos acumulados no ano.  Desde o início do ano, destacou-se também o crescimento registado pelo mercado chinês (+15,5%).

Dormidas no Continente e Açores em crescimento

Em agosto, registaram-se aumentos das dormidas em todas as regiões com exceção da RA Madeira (-4,0%). O Norte destacou-se com um crescimento de 6,8%, realçando-se também os acréscimos verificados no Alentejo (+5,8%) e RA Açores (+5,5%). O Algarve concentrou 36,0% das dormidas, seguindo-se a AM Lisboa (quota de 21,2%). Desde o início do ano, o realce vai para os acréscimos apresentados pelo Norte (+9,7%) e Alentejo (+8,7%).

As dormidas de residentes apresentaram, em agosto, aumentos em todas as regiões exceto na AM Lisboa (-0,4%). Os maiores aumentos verificaram-se na RA Açores (+9,5%) e Alentejo (+7,2%). No conjunto dos oito primeiros meses do ano, o realce vai para as mesmas regiões (+10,8% e +13,1%, respetivamente).

Em agosto, em termos de dormidas de não residentes, destacaram-se os crescimentos no Norte (+8,6%), RA Açores (+3,6%) e AM Lisboa (+3,5%). Desde o início do ano, o realce vai para as evoluções apresentadas pelo Norte (+11,5%) e AM Lisboa (+4,6%).

Porto destacou-se com crescimento de 9,6% de janeiro a agosto

Quanto aos municípios que concentram 75% das dormidas nos estabelecimentos de alojamento turístico de todo o país, a Lisboa corresponderam 14,9% do total das dormidas em agosto, quota que sobe para 19,2% no período de janeiro a agosto. Neste período acumulado, as dormidas em Lisboa registaram um crescimento de 4,1%. Nos primeiros oito meses do ano, as dormidas de não residentes representaram 84,0% do total de dormidas no município, tendo concentrado 23,2% do total das dormidas no país por parte de não residentes.

Albufeira apresentou pesos de 14,2% nas dormidas em agosto e de 12,7% no conjunto dos primeiros oito meses do ano, verificando-se que, neste período, as dormidas aumentaram 1,8%. As dormidas de não residentes representaram 77,0% do total neste município e corresponderam a 14,1% do total nacional de dormidas de não residentes, no conjunto dos primeiros oito meses do ano.

O Funchal representou 5,3% das dormidas totais em agosto e 7,1% desde o início do ano, período em que 89,3% das dormidas foram de não residentes. Desde o início do ano, este município registou uma redução de 4,0%.

No Porto registaram-se 5,3% das dormidas totais em agosto e 6,2% do total desde o início do ano. Os não residentes representaram 82,9% das dormidas registadas no conjunto dos primeiros oito meses do ano. Desde o início do ano, as dormidas neste município aumentaram 9,6%.

De janeiro a agosto, entre os municípios mais representativos no total nacional, Matosinhos sobressaiu com a maior quota de residentes (59,2%), seguindo-se Braga (51,9%). Neste período, os não residentes foram especialmente predominantes (92,8%) no município de Santa Cruz (RA Madeira).

Estabelecimentos de alojamento local com crescimentos de 14,9% nos primeiros oito meses do ano

Nos primeiros oito meses de 2019, as dormidas na hotelaria (82,9% do total) registaram um aumento de 2,2%, inferior aos demais segmentos: +14,9% no alojamento local (quota de 14,2%) e +6,6% no turismo no espaço rural e de habitação (que representou 2,8% do total). Os estabelecimentos designados como hostel registaram um aumento de 24,8% nas dormidas nos primeiros oito meses do ano, tendo representado 23,0% das dormidas em alojamento local e 3,3% das dormidas totais neste período.

Relativamente ao segmento da hotelaria, o Algarve representou 34,5% das dormidas desde o início do ano, secundado pela AM Lisboa, com uma quota de 24,5%. No segmento do alojamento local, desde o início do ano, a AM Lisboa concentrou 37,3% das dormidas, seguindo-se o Norte (quota de 21,0%).

No que respeita ao turismo no espaço rural e de habitação, o Norte concentrou 30,5% das dormidas totais nos primeiros oito meses do ano, seguindo-se o Alentejo (24,5%) e o Centro (20,6%).

Ao nível do município, na hotelaria, Lisboa, Albufeira e Funchal destacaram-se com quotas de 18,1%, 14,8% e 7,9%, respetivamente, no período de janeiro a agosto. No caso do alojamento local, Lisboa e Porto representaram 29,4% e 11,4% do total de dormidas, respetivamente. Relativamente a dormidas em hostel, verifica-se que desde janeiro a AM Lisboa concentrou 49,7% do total no país, com destaque para o município de Lisboa (40,7% do total nacional), sendo ainda de referir o Norte (23,7%), e em particular o município do Porto (16,2% do total nacional).

Estada média reduziu-se

Em agosto, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,88 noites) reduziu-se 3,7%. A estada média dos residentes decresceu 4,4% e a dos não residentes recuou 3,2%. Neste mês, este indicador registou decréscimos em todas as regiões, sendo que as maiores reduções se verificaram no Algarve (-7,1%) e RA Madeira (-2,9%). Na RA Madeira e Algarve as estadas médias atingiram 5,37 noites e 4,39 noites, respetivamente.

Taxa de ocupação com diminuição

A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (68,3%) recuou 1,9 p.p. em agosto (-1,4 p.p. em julho). As taxas de ocupação mais elevadas registaram-se no Algarve (79,1%) e AM Lisboa (71,6%).

Proveitos em aceleração

Em agosto, os proveitos registados nos estabelecimentos de alojamento turístico atingiram 630,1 milhões de euros no total e 502,0 milhões de euros relativamente a aposento, acelerando para crescimentos de 6,4% e 6,5%, respetivamente (+5,6% e +5,0% em julho, pela mesma ordem).

Em termos de evolução dos proveitos nas várias regiões, em agosto, destacaram-se os acréscimos registados no Alentejo (+16,1% nos proveitos totais e +18,0% nos de aposento), Norte (12,4% e 12,1%, pela mesma ordem) e RA Açores (+12,1% e +10,6%).

Em agosto, a evolução dos proveitos foi positiva nos três segmentos de alojamento. Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (peso de 86,9% e 85,5% no total do alojamento turístico, respetivamente) aumentaram 4,8% e 4,9%, respetivamente.

Considerando as mesmas variáveis, os estabelecimentos de alojamento local (quotas de 9,5% e 10,7%) destacaram-se com aumentos de 21,0% e 20,4%, respetivamente, enquanto no turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,6% e 3,8%) se observaram subidas de 11,5% e 10,6%, pela mesma ordem.

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 84,4 euros em agosto, o que correspondeu a um aumento de 1,5% (+0,2% em julho). No Algarve, este indicador ascendeu a 128,9 euros, seguindo-se a AM Lisboa (89,9 euros). Destaque ainda para o crescimento de 11,6% no Alentejo.

A variação do RevPAR em agosto situou-se em +2,5% na hotelaria, +3,2% no alojamento local e +3,3% no turismo no espaço rural e de habitação.

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 115,9 euros em agosto, o que se traduziu num aumento de 2,5% (+0,4% em julho). No Algarve o ADR foi 156,5 euros (+2,5%), seguindo-se o Alentejo (114,3 euros; +5,1%) e a AM Lisboa (113,7 euros; +1,0%).

Parques de campismo e colónias de férias

Em agosto de 2019, os parques de campismo receberam 584,7 mil campistas (+0,2%) que proporcionaram 2,1 milhões de dormidas (-2,7%). Para a redução das dormidas contribuíram quer o mercado interno (-1,2%), quer os mercados externos (-7,0%). As dormidas de residentes predominaram, representando 75,9% do total. A estada média (3,59 noites) recuou 2,9%.

As colónias de férias e pousadas da juventude registaram 56,6 mil hóspedes (+6,5%) e 124,8 mil dormidas (-1,8%). As dormidas de residentes (quota de 74,6%) registaram um decréscimo de 2,8%, enquanto as dos não residentes aumentaram 1,2%. A estada média (2,20 noites) decresceu 7,8%.