O crescimento dos proveitos totais abrandou em junho (+12,7%, após +15,3% em maio), atingindo 698,0 milhões de euros, revelam os dados do INE. O mesmo sucedeu com os proveitos de aposento, que também aumentaram 12,7%, (+15,5% maio), ascendendo a 541,0 milhões de euros.
A Grande Lisboa continuou a ser a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (29,3% dos proveitos totais e 30,9% dos proveitos de aposento), seguida do Algarve (29,2% e 28,3%, respetivamente) e do Norte (15,2% e 15,6%, pela mesma ordem).
Todas as regiões registaram crescimentos nos proveitos, com os maiores aumentos a ocorrerem no Alentejo (+22,0% nos proveitos totais e +16,2% nos de aposento), na RA Açores (+19,4% e +21,1%, respetivamente) e na Península de Setúbal (+18,1% e +18,6%, pela mesma ordem).
Em junho, o crescimento dos proveitos abrandou nos três segmentos de alojamento. Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (pesos de 86,6% e 84,8% no total do alojamento turístico, respetivamente) aumentaram ambos 12,1%. Nos estabelecimentos de alojamento local, registaram-se aumentos de 15,6% nos proveitos totais e 16,1% nos proveitos de aposento (quotas de 9,5% e 11,2%, respetivamente). No turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,9% nos proveitos totais e de 4,0% nos relativos a aposento), os aumentos foram de 18,8% e 16,6%, respetivamente.
No 2º trimestre de 2024, os proveitos totais e os de aposento aumentaram 10,9% e 10,7%, respetivamente, abrandando face aos crescimentos dos últimos dois trimestres (+15,3% e +15,1% no 1º trimestre de 2024, respetivamente, e +15,5% e +16,5% no 4º trimestre de 2023, pela mesma ordem).
No 1º semestre de 2024, os proveitos totais cresceram 12,3% e os relativos a aposento aumentaram 12,1%, em resultado do crescimento de 4,5% das dormidas neste período (+1,4% nos residentes e +5,8% nos não residentes). Em termos acumulados no ano, os proveitos totais atingiram 2,8 mil milhões de euros e os relativos a aposento ascenderam a 2,1 mil milhões de euros.
RA Açores apresentou os maiores crescimentos de RevPAR e de ADR
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 85,0 euros em junho, registando um aumento de 9,4% (+12,1% em maio). O valor de RevPAR mais elevado foi registado na Grande Lisboa (133,5 euros), seguindo-se o Algarve com 96,7 euros. Os maiores crescimentos ocorreram na RA Açores(+17,2%) e na Península de Setúbal (+16,0%), enquanto os menos expressivos se verificaram no Norte (+3,8%) e Oeste e Vale do Tejo (+6,2%).
Em junho, este indicador cresceu 10,3% na hotelaria (+13,0% em maio). No alojamento local e no turismo no espaço rural e de habitação, registaram-se crescimentos de, respetivamente, 7,9% e 9,9% (+10,0% e +15,5%, em maio, pela mesma ordem).
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 132,0 euros (+8,0%, após +8,8% em maio).
A Grande Lisboa destacou-se com o valor mais elevado de ADR (170,9 euros), seguida do Algarve (139,8 euros) e da RA Açores (128,4 euros). Este indicador registou crescimento em todas as regiões, com os maiores aumentos a ocorrerem na RA Açores (+13,4%) e na RA Madeira (+13,3%).
Em junho, o ADR cresceu em todos os segmentos, +7,9% na hotelaria (+9,1% em maio), +8,8% no alojamento local (+7,9% em maio) e +10,4% no turismo no espaço rural e de habitação (+8,1% em maio).
No 1º semestre de 2024, o RevPAR atingiu 58,6 euros (+7,4%) e o ADR 108,9 euros (+7,6%). A Grande Lisboa registou os valores mais elevados de RevPAR e ADR neste período (98,5 euros e 143,4 euros), seguindo-se a RA Madeira (74,4 euros), em termos de RevPAR, e o Alentejo (104,5 euros) e o Norte (101,1 euros), em termos de ADR.
Os maiores aumentos do RevPAR foram atingidos na Península de Setúbal (12,6%), na RA Açores (+12,0%) e no Oeste e Vale do Tejo (+11,1%), tendo os crescimentos mais modestos sido registados no Norte (+4,6%) e no Centro (+5,0%). A RA Madeira registou os maiores crescimentos de ADR (+10,9%), seguindo-se a Península de Setúbal (+9,8%), a Grande Lisboa (+9,0%) e a RA Açores (+8,9%).
Lisboa e Porto concentraram mais de metade das dormidas dos mercados brasileiro, norte americano e italiano
no 1º semestre
Do total de 7,8 milhões de dormidas (+4,8%) nos estabelecimentos de alojamento turístico, 61,0% concentraram-se nos 10 municípios com maior número de dormidas em junho.
O município de Lisboa concentrou 18,0% do total de dormidas, atingindo 1,4 milhões (+4,6%, após +5,3% em maio). As dormidas de residentes aumentaram 7,4% e as de não residentes cresceram 4,1%. Este município concentrou 21,7% do total de dormidas de não residentes em junho.
Albufeira foi o segundo município em que se registaram mais dormidas (912,7 mil dormidas, peso de 11,7%), aumentando 2,1% (+3,9% em maio). As dormidas de residentes cresceram 2,6%, superando o ritmo de crescimento dos não residentes (+2,0%). No Porto, as dormidas totalizaram 576,1 mil (7,4% do total), tendo-se observado um crescimento de 6,3% (+8,7% em maio), com o contributo das dormidas de não residentes (+7,9%), dado que as de residentes decresceram 2,3%.
O Funchal (548,4 mil dormidas, peso de 7,0%) apresentou um crescimento de 3,4% (+5,0% em maio), para o qual contribuíram as dormidas de não residentes (+6,9%), tendo em conta que as dormidas de residentes diminuíram 16,5%.
Em todos os 10 municípios com maior número de dormidas em junho, as dormidas de não residentes superaram as dos residentes.
Entre os 10 principais municípios, Portimão destacou-se com o maior crescimento (+13,4%), para o qual contribuíram as evoluções positivas das dormidas de residentes (+8,0%) e, sobretudo, as de não residentes (+15,4%).
Face aos crescimentos das dormidas registados em Portugal, em junho de 2024 destacaram-se, entre os principais, os municípios de Portimão, Ponta Delgada, Porto, Funchal e Loulé, em termos de dormidas de não residentes. Por sua vez, Portimão, Lisboa, Cascais e Lagoa foram os que se mais se distanciaram positivamente da média nacional em termos de crescimento das dormidas de residentes.
O conjunto dos 10 municípios com maior número de dormidas no 1º semestre de 2024 concentrou, neste período, 61,4% do total de 35,5 milhões de dormidas nos estabelecimentos de alojamento turístico. Neste conjunto de municípios, registaram-se 71,8% das dormidas de não residentes e 35,0% das dormidas de residentes.
No 1º semestre, o município de Lisboa concentrou 21,2% do total de dormidas, seguindo-se Albufeira (9,1%) e o Funchal (8,5%). Relativamente às dormidas dos residentes, Lisboa foi o principal destino (10,6%), seguindo-se os municípios de Albufeira (5,2%) e do Porto (4,5%).
Desde o início do ano, concentraram-se em Lisboa ¼ das dormidas de não residentes (25,3%), seguindo-se os municípios de Albufeira (10,7%) e do Funchal (10,4%).
O Reino Unido concentrou ¼ das dormidas no município de Albufeira (24,9%), município que foi também o que recebeu o maior número de dormidas de residentes na Irlanda (35,9%) e nos Países Baixos (16,8%), enquanto o Funchal foi o principal destino das dormidas de residentes na Alemanha (18,3%)
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O município de Lisboa foi o principal destino, em termos de dormidas, dos mercados brasileiro (46,7%), norte americano (44,9%), italiano (43,5%), canadiano (32,8%), francês (26,4%) e espanhol (22,6%).
Destaque ainda para o peso que os municípios de Lisboa e do Porto, em conjunto, representaram no total de dormidas dos mercados brasileiro (60,8%), norte americano (59,7%) e italiano (57,3%).
No 1º semestre, o município de Lagos foi, entre os principais, aquele em que se registou maior dependência dos mercados externos (89,7%), seguindo-se o Funchal (87,4%) e Lisboa (85,7%). Em sentido contrário, foi em Ponta Delgada que esta dependência foi menor (59,6%). De realçar ainda que os restantes municípios apresentaram,
no seu conjunto, uma dependência dos mercados externos (52,3%) inferior a qualquer um destes 10 municípios e inferior à média nacional (71,7%).
O Reino Unido foi o principal mercado emissor no 1º semestre, representando 18,4% do total de dormidas de não residentes neste período. Este mercado foi o principal mercado externo em Loulé (55,7% do total de dormidas de não residentes), Albufeira (42,8%), Portimão (38,3%), Funchal (30,3%), Lagoa (30,1%) e Cascais (13,7%).
O mercado alemão (11,7% do total de dormidas de não residentes) foi o principal em Lagos (24,7%) e ainda no conjunto dos municípios que não figuram nos 10 principais (15,2%).
Os Estados Unidos (9,2% do total de dormidas de não residentes) ficaram na primeira posição em Ponta Delgada (18,2%), em Lisboa (16,3%) e no Porto (14,3%).