O crescimento dos proveitos totais manteve a trajetória de abrandamento em julho (+7,2%, após +12,7% em junho e +15,3% em maio), atingindo 803,0 milhões de euros, refletindo o abrandamento do crescimento do total de dormidas nos últimos dois meses, referem os dados divulgados hoje pelo INE. O mesmo sucedeu com os proveitos de aposento, que aumentaram 7,7% (+12,7% em junho e +15,5% maio), ascendendo a 640,4 milhões de euros.
O Algarve foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (34,8% dos proveitos totais e 34,3% dos proveitos de aposento), seguido da Grande Lisboa (23,5% e 24,6%, respetivamente) e do Norte (14,0% e 14,1%, pela mesma ordem). Todas as regiões registaram crescimentos nos proveitos, com os maiores aumentos a ocorrerem nas Regiões Autónomas dos Açores(+18,8% nos proveitos totais e +21,2% nos de aposento) e da Madeira (+14,8% e +18,9%, respetivamente).
O abrandamento do crescimento dos proveitos foi transversal aos três segmentos de alojamento no mês de julho. Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (pesos de 85,9% e 84,2% no total do alojamento turístico, respetivamente) aumentaram 7,0% e 7,4%, pela mesma ordem. Nos estabelecimentos de alojamento local, registaram-se aumentos de 8,3% nos proveitos totais e 9,6% nos proveitos de aposento (quotas de 9,7% e 11,3%, respetivamente). No turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 4,4% nos proveitos totais e de 4,5% nos relativos a aposento), os aumentos foram de 10,2% e 9,7%, respetivamente.
No período acumulado de janeiro a julho, os proveitos totais cresceram 11,1% e os relativos a aposento aumentaram 11,0%, em resultado do crescimento de 4,1% das dormidas neste período (+0,6% nos residentes e +5,5% nos não residentes). Em termos acumulados no ano, os proveitos totais atingiram 3,6 mil milhões de euros e os relativos a aposento ascenderam a 2,7 mil milhões de euros.
Regiões Autónomas apresentaram os maiores crescimentos de RevPAR e de ADR em julho
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 96,4 euros em julho, registando um aumento de 5,4% (+9,3% em junho). O valor de RevPAR mais elevado foi registado no Algarve (133,4 euros), seguindo-se a Grande Lisboa com 121,5 euros. Os maiores crescimentos ocorreram nas Regiões Autónomas dos Açores(+16,5%) e da Madeira (+16,3%). O Centro foi a única região onde se registou uma diminuição neste indicador (-0,5%)
Em julho, este indicador cresceu 6,3% na hotelaria (+10,2% em junho). No alojamento local e no turismo no espaço rural e de habitação, registaram-se crescimentos de, respetivamente, 3,2% e 4,8% (+7,0% e +9,3%, em junho, pela mesma ordem).
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 144,9 euros (+6,1%, após +7,6% em junho). O Algarve destacou-se com o valor mais elevado de ADR (181,5 euros), seguido da Grande Lisboa (160,8 euros).
Este indicador registou crescimento em todas as regiões, com os maiores aumentos a ocorrerem nas Regiões Autónomas da Madeira (+16,8%) e dos Açores (+14,6%).
Em julho, o ADR cresceu em todos os segmentos, +5,8% na hotelaria (+7,7% em junho), +7,2% no alojamento local (+7,1% em junho) e +9,7% no turismo no espaço rural e de habitação (+9,4% em junho).
Portimão destacou-se com o maior crescimento (+10,9%) entre os principais municípios em julho
Do total de 9,0 milhões de dormidas (+2,1%) nos estabelecimentos de alojamento turístico, 59,6% concentraram-se nos 10 municípios com maior número de dormidas em julho.
O município de Lisboa concentrou 16,2% do total de dormidas, atingindo 1,5 milhões (+3,0%, após +4,6% em maio). As dormidas de residentes aumentaram 1,0% e as de não residentes cresceram 3,3%. Este município concentrou 20,0% do total de dormidas de não residentes em julho.
Albufeira foi o segundo município em que se registaram mais dormidas (1,1 milhões de dormidas, peso de 12,1%) e registou um decréscimo de 0,9% (+2,7% em junho). As dormidas de residentes diminuíram 5,7% e as dos não residentes aumentaram 0,7%.
No Porto, as dormidas totalizaram 621,5 mil (6,9% do total), tendo-se observado um crescimento de 8,3% (+6,4% em junho), com o contributo das dormidas dos residentes (+4,1%) e dos não residentes (+9,0%). O Porto destacou-se entre os 10 municípios com maior número de dormidas em julho também por ser o único a não registar abrandamento do crescimento.
O Funchal (586,8 mil dormidas, peso de 6,5%) apresentou um crescimento de 0,2% (+3,4% em junho), para o qual contribuíram as dormidas de não residentes (+2,4%), tendo em conta que as dormidas de residentes diminuíram 13,9%.
Em todos os 10 municípios com maior número de dormidas em julho, as dormidas de não residentes superaram as dos residentes.
Entre os 10 principais municípios, Portimão (4,5% do total) destacou-se com o maior crescimento (+10,9%), para o qual contribuíram as evoluções positivas das dormidas de residentes (+3,0%) e, sobretudo, as de não residentes (+15,5%).
Face aos crescimentos das dormidas registados em Portugal, em julho de 2024 destacaram-se, entre os principais, os municípios de Portimão, Porto, Ponta Delgada e Loulé, em termos de dormidas de não residentes. Por sua vez, Porto, Portimão, Cascais e Lisboa foram os únicos com crescimento das dormidas de residentes.