INE: Dormidas da Madeira superaram níveis de novembro de 2019

O setor do alojamento turístico registou 1,5 milhões de hóspedes e 3,6 milhões de dormidas em novembro de 2021, correspondendo a aumentos de 265,5% e 287,7%, respetivamente (+115,2% e +137,9% em outubro, pela mesma ordem), divulga hoje o INE. Face a novembro de 2019, o número de hóspedes diminuiu 17,0% e as dormidas decresceram 12,4%.

Em novembro, o mercado interno contribuiu com 1,3 milhões de dormidas e os mercados externos totalizaram 2,3 milhões. Face a novembro de 2019, registaram-se diminuições quer nas dormidas de residentes (-3,4%), quer nas de não residentes (-16,6%).

Os proveitos registados nos estabelecimentos de alojamento turístico atingiram 211,6 milhões de euros no total e 153,4 milhões de euros relativamente a aposento. Comparando com novembro de 2019, os proveitos totais decresceram 8,0% e os relativos a aposento diminuíram 7,5%. O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 30,4 euros em novembro (42,8 euros em outubro). O rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 75,2 euros em novembro (83,9 euros em outubro). Em novembro de 2019, o RevPAR foi 32,1 euros e o ADR 70,5 euros.

No período acumulado de janeiro a novembro de 2021, verificaram-se aumentos de 56,4% nos proveitos totais e de 58,0% nos relativos a aposento. Comparando com o mesmo período de 2019, registaram-se variações de -46,8% em ambos.

Entre janeiro e novembro de 2021, considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 14,9 milhões de hóspedes e 39,9 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 33,0% e 36,9%, respetivamente.

Hóspedes e dormidas mantiveram crescimento, embora com redução face ao período homólogo de 2019

O setor do alojamento turístico registou 1,5 milhões de hóspedes e 3,6 milhões de dormidas em novembro de 2021, refletindo-se em crescimentos de 265,5% e 287,7%, respetivamente (+115,2% e +137,9% em outubro, pela mesma ordem). Face ao mês de novembro de 2019, os hóspedes diminuíram 17,0% e as dormidas decresceram 12,4%.

O mercado interno contribuiu com 1,3 milhões de dormidas e aumentou 140,1%. Os mercados externos predominaram (peso de 64,5%) e totalizaram 2,3 milhões de dormidas (+486,0%). Comparando com o mês de novembro de 2019, observaram-se diminuições quer nas dormidas de residentes (-3,4%), quer nas de não residentes (-16,6%).

Nos primeiros 11 meses do ano, verificou-se um aumento de 40,4% das dormidas totais (+36,0% nos residentes e +45,3% nos não residentes). Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas diminuíram 47,7% (-10,8% nos residentes e -63,3% nos não residentes).

Entre janeiro e novembro de 2021, as dormidas de residentes representaram 50,7% do total, significativamente acima da quota verificada em 2019 (29,8% do total).

Em novembro, 33,8% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (25,3% em outubro).

Dormidas na RA Madeira com ligeiro aumento face a 2019

Em novembro, registaram-se aumentos das dormidas em todas as regiões. A AM Lisboa concentrou 31,4% das dormidas em novembro, seguindo-se o Algarve (18,5%), o Norte (17,6%) e a RA Madeira (14,4%).

Comparando com o mês de novembro de 2019, apenas a RA Madeira apresentou um crescimento (+0,8%) no número de dormidas (+23,7% nos residentes e -2,0% nos não residentes).

Nos primeiros 11 meses do ano, todas as regiões apresentaram acréscimos no número de dormidas, com realce para as evoluções apresentadas pela RA Açores (+117,1%) e RA Madeira (+73,3%). Os acréscimos foram generalizados às dormidas de residentes, com destaque para a RA Madeira (+110,4%) e RA Açores (+99,3%), e também às de não residentes (com o maior aumento na RA Açores: +157,8%).

Município de Lisboa concentrou cerca de ¼ das dormidas em novembro

Em novembro, Lisboa registou 862,4 mil dormidas, que representaram 24,2% do total. Nos primeiros 11 meses de 2021, Lisboa registou 4,6 milhões de dormidas (13,2% do total), que se traduziram num crescimento de 37,3%. Neste período, as dormidas de residentes aumentaram 43,0% e as de não residentes (74,5% do total) cresceram 35,5%. Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas em Lisboa registaram uma diminuição de 64,9% (-42,4% nos residentes e -69,0% nos não residentes).

As dormidas em Albufeira (10,5% do total) atingiram 3,7 milhões entre janeiro e novembro e aumentaram 32,7% (+39,8% nos residentes e +26,4% nos não residentes). Comparando com o mesmo período de 2019, registou-se um decréscimo de 55,8% (+1,5% nos residentes e -71,7% nos não residentes). Nos primeiros 11 meses de 2021, as dormidas de não residentes representaram 50,0% do total, significativamente abaixo da quota verificada em 2019 (78,2% do total).

No Funchal (7,4% do total) as dormidas aumentaram 70,3% no conjunto dos primeiros onze meses do ano (+148,6% nos residentes e +55,1% nos não residentes). Face a 2019, registou-se uma redução de 44,9% (+22,8% nos residentes e -53,0% nos não residentes).

Taxas líquidas de ocupação aumentaram

A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (31,9%) aumentou 21,3 p.p. em novembro (+21,9 p.p. em outubro). Em novembro de 2019, a taxa líquida de ocupação-cama tinha sido 35,2%.

Em novembro, as taxas de ocupação-cama mais elevadas registaram-se na RA Madeira (51,5%) e AM Lisboa (42,5%), correspondendo também aos maiores acréscimos neste indicador (+35,3 p.p. e +31,6 p.p., respetivamente.

A taxa líquida de ocupação-quarto nos estabelecimentos de alojamento turístico (40,4%) aumentou 25,7 p.p. em novembro (+25,0 p.p. em outubro). Em novembro de 2019, a taxa líquida de ocupação-cama tinha sido 45,6%.

Proveitos registados em novembro com redução de 8% face ao mesmo mês de 2019

Em novembro, os proveitos registados nos estabelecimentos de alojamento turístico atingiram 211,6 milhões de euros no total e 153,4 milhões de euros relativamente a aposento, mais que quadruplicando face a 2020.

Comparando com novembro de 2019, os proveitos totais decresceram 8,0% e os relativos a aposento diminuíram 7,5%.

Nos primeiros 11 meses do ano, os proveitos registaram crescimentos de 56,4% no total e 58,0% relativos a aposento. Comparando com o mesmo período de 2019, quer os proveitos totais, quer os de aposento, recuaram 46,8%.

A AM Lisboa concentrou 37,7% dos proveitos totais e 40,5% dos relativos a aposento em novembro, seguindo-se o Norte (16,9% e 17,2%, pela mesma ordem) e o Algarve (15,5% e 14,0%, respetivamente).

Entre janeiro e novembro de 2021, a evolução dos proveitos foi positiva nos três segmentos de alojamento.

Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento aumentaram 56,5% e 58,3%, respetivamente (peso de 85,8% e 84,1% no total do alojamento turístico, pela mesma ordem).

Considerando as mesmas variáveis, os estabelecimentos de alojamento local (quotas de 8,5% e 10,0%) apresentaram subidas de 57,8% e 62,2%, e o turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 5,7% e 5,9%) registou aumentos de 53,8% e 48,2%.

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível
(RevPAR) situou-se em 30,4 euros em novembro, tendo aumentado 272,4% (+142,7% em outubro). Em novembro de 2019, o RevPAR tinha sido 32,1 euros.

Os valores de RevPAR mais elevados foram registados na AM Lisboa (52,1 euros) e RA Madeira (40,5 euros).

Nos primeiros 11 meses de 2021, o RevPAR aumentou 42,2%. Neste período, este indicador registou crescimentos de 45,1% na hotelaria, 39,3% no alojamento local e 19,4% no turismo no espaço rural e de habitação.

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 75,2 euros em novembro, tendo crescido 35,3% (+23,7% em outubro). Em novembro de 2019, o ADR tinha sido 70,5 euros.