INE: Dormidas de não residentes continuaram a diminuir

Os estabelecimentos hoteleiros e similares registaram 2,2 milhões de hóspedes e 6,2 milhões de dormidas em setembro de 2018, correspondendo a variações de +0,2% e -1,3%, respetivamente (+1,0% e -1,3% em agosto, pela mesma ordem), segundo os dados divulgados hoje pelo INE, relativos ao mês de setembro.

As dormidas de residentes aceleraram e registaram um crescimento de 9,0%, enquanto as de não residentes diminuíram 4,9% (+5,6% e -4,7% em agosto, respetivamente). No terceiro trimestre de 2018 as dormidas de residentes aumentaram 5,4% (-0,2% no 2ºT e +10,6% no 1ºT) e as de não residentes diminuíram 4,7% (-4,3% no 2ºT e +6,0% no 1ºT).

Em setembro, a estada média (2,78 noites) reduziu-se 1,5% (+3,1% nos residentes e -2,2% nos não residentes). A taxa-líquida de ocupação-cama (63,2%) recuou 1,6 p.p. (-1,5 p.p. no mês precedente).

Os proveitos desaceleraram, tendo no total apresentado um crescimento de 1,2% (+3,6% em agosto) e atingido 420,2 milhões de euros. Os proveitos de aposento cresceram 2,7% (+3,7% em agosto), ascendendo a 314,1 milhões de euros.

Dormidas mantiveram redução
Em setembro de 2018, a hotelaria registou 2,2 milhões de hóspedes, que proporcionaram 6,2 milhões de dormidas, refletindo-se em variações de +0,2% e -1,3% (+1,0% e -1,3% em agosto, respetivamente). Nos primeiros nove meses do ano, os hóspedes aumentaram 1,3% e as dormidas recuaram 0,5%.

As dormidas em hotéis (69,1% do total) diminuíram 0,7%. Destacou-se o crescimento de 4,4% registado nos
apartamentos turísticos, sendo ainda de referir a evolução positiva (+1,2%) nos aldeamentos turísticos. Nas demais tipologias, ocorreram reduções.

Mercado interno com aceleração
Em setembro, o mercado interno contribuiu com 1,8 milhões de dormidas, acelerando para um crescimento de 9,0% (+5,6% em agosto). Os mercados externos registaram uma diminuição de 4,9% em setembro (-4,7% em agosto) e corresponderam a 4,5 milhões de dormidas.

Considerando os resultados do terceiro trimestre, verificou-se uma diminuição de 1,7% no total de dormidas (-3,2% no 2ºT e +7,3% no 1ºT), com as dormidas de residentes e de não residentes a apresentarem variações de +5,4% e -4,7%, respetivamente, sucedendo a -0,2% e -4,3% no 2ºT e a +10,6% e +6,0% no 1ºT, pela mesma ordem.

Nos primeiros três trimestres do ano, as dormidas de residentes aumentaram 4,6% enquanto as de não residentes diminuíram 2,5%.

Mercados norte-americano e espanhol destacaram-se
Os 15 principais mercados emissores representaram 87,6% das dormidas de não residentes em setembro. O mercado britânico (23,1% do total de dormidas de não residentes) recuou 10,5%. Nos primeiros nove meses do ano, este mercado registou um decréscimo de 9,7%.

As dormidas de hóspedes alemães (13,9% do total) decresceram 5,3%. Desde o início do ano, este mercado recuou 4,1%. O mercado francês (9,4% do total) registou uma redução de 6,3%. No conjunto dos primeiros três trimestres de 2018, este mercado recuou 2,2%. No mercado espanhol (9,0% do total) verificou-se um aumento de 7,7%. Nos primeiros nove meses do ano, este mercado cresceu 0,9%.

Em setembro, destacou-se o crescimento registado pelo mercado norte-americano (+10,6%). Nos primeiros nove meses do ano, o realce vai para os mercados norte-americano (+20,6%), canadiano (+16,8%) e brasileiro (+11,0%).

Dormidas de residentes com crescimento significativo no Algarve
Em setembro, o Norte, o Alentejo e a RA Açores foram as únicas regiões que registaram acréscimos nas dormidas (+3,6%, +3,2% e +0,5%, respetivamente). As reduções mais significativas nas dormidas ocorreram no Centro (-8,7%) e na RA Madeira (-3,9%).

Nos primeiros nove meses do ano, o realce vai para os crescimentos de 4,7% no Norte (região com um peso de 13,2% nas dormidas totais acumuladas) e de 3,2% no Alentejo (quota de 3,2% no mesmo período).

Em termos de dormidas de residentes, em setembro verificaram-se aumentos em todas as regiões com exceção da RA Açores (-1,3%). O Algarve evidenciou-se com um crescimento de 19,7%, secundado pelo Alentejo (+9,7%). No período de janeiro a setembro, no que respeita a residentes, o destaque vai para o Algarve (+9,8%) e Centro (+5,0%).

As dormidas de não residentes, em setembro, registaram crescimentos apenas no Norte (+3,1%) e RA Açores
(+1,4%). Os decréscimos mais acentuados registaram-se no Centro (-19,4%), Algarve (-6,1%) e Alentejo (-5,8%).

Desde o início do ano, salienta-se o crescimento de dormidas de não residentes no Alentejo (+7,2%) e no Norte
(+5,8%) e, em sentido contrário, o decréscimo no Centro (-12,0%).

Estada média reduziu-se devido aos não residentes
A estada média (2,78 noites) decresceu 1,5%, em consequência da redução da estada média dos não residentes (-2,2%), dado o aumento (+3,1%) no caso dos residentes. A RA Madeira, Norte e AM Lisboa registaram aumentos nas estadas médias (+2,1%, +1,3% e +0,2%, respetivamente). As reduções mais pronunciadas ocorreram no Centro (-5,1%) e no Algarve (-4,2%). Este indicador ascendeu a 5,54 noites na RA Madeira e a 4,38 noites no Algarve.

Taxa de ocupação reduziu-se
A taxa líquida de ocupação-cama (63,2%) reduziu-se 1,6 p.p. em setembro (-1.5 p.p. em agosto). Apenas no Norte e no Alentejo se registaram aumentos neste indicador, ainda que ligeiros (+0,7 p.p. e +0.1 p.p., respetivamente), sendo que as maiores reduções ocorreram no Centro (-4,7 p.p.) e RA Madeira (-2,7 p.p.). As taxas de ocupação mais expressivas foram observadas na RA Madeira (75,8%) e AM Lisboa (68,9%).

Proveitos repetem tendência de abrandamento
Os proveitos totais atingiram 420,2 milhões de euros e os de aposento 314,1 milhões de euros, abrandando para crescimentos de 1,2% e 2,7% em setembro (+3,6% e +3,7% em agosto, respetivamente).

Entre as várias regiões, destacaram-se os aumentos de proveitos no Norte (+9,0% nos proveitos totais e +9,3% nos de aposento) e na RA Açores (+7,1% e +10,6%, respetivamente).

O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 71,5 euros em setembro, o que se traduziu num aumento de 1,4% (+2,6% em agosto). A AM Lisboa registou o RevPAR mais elevado (104,5 euros). Neste indicador são de destacar os crescimentos na RA Açores (+8,0%) e Norte (+6,5%).

A evolução do RevPAR foi globalmente positiva entre as diversas tipologias em setembro. Os maiores aumentos verificaram-se nos aldeamentos turísticos (+3,7%) e nos hotéis-apartamentos (+3,0%). As pousadas e os hotéis registaram os valores mais elevados neste indicador (104,5 euros e 77,9 euros, respetivamente).