Em novembro de 2024, o setor do alojamento turístico registou 2,2 milhões de hóspedes (+14%) e cinco milhões de dormidas (+9,8%), gerando 385,9 milhões de euros de proveitos totais e 285,3 milhões de euros de proveitos de aposento (+16,7% em ambos).
A Grande Lisboa foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (39,4% dos proveitos totais e 42,1% dos proveitos de aposento), seguida do Norte (16,8% e 16,9%, respetivamente) e da Madeira (14,3% e 13,6%, pela mesma ordem).
Todas as regiões registaram crescimentos nos proveitos, com os maiores aumentos a ocorrerem no Centro (+31,4% nos proveitos totais e +31,9% nos de aposento) e na Madeira (+26,3% e +28,8%, respetivamente).
O crescimento dos proveitos foi transversal aos três segmentos de alojamento no mês de novembro. Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (pesos de 88% e 86,3% no total do alojamento turístico, respetivamente) aumentaram ambos 17%.
Nos estabelecimentos de alojamento local, registaram-se aumentos de 12,3% nos proveitos totais e 12,7% nos proveitos de aposento (quotas de 8,7% e 10,5%, respetivamente). No turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,3% e 3,2%, pela mesma ordem), os aumentos foram de 23,2% e 25,0%, respetivamente.
Desde o início do ano, os proveitos totais e os relativos a aposento registaram ambos crescimentos de 11%, refletindo o acréscimo de 4,1% das dormidas neste período (+2,5% nos residentes e +4,8% nos não residentes).
Em termos acumulados no ano, os proveitos totais atingiram 6,4 mil milhões de euros e os relativos a aposento ascenderam a 4,9 mil milhões de euros.
RevPAR e ADR cresceram em todas as regiões
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 48 euros em novembro, registando um aumento de 11,3% (+7,9% em outubro). O valor de RevPAR mais elevado foi registado na Grande Lisboa (95,1 euros), seguindo-se a Madeira (72 euros). Os maiores crescimentos ocorreram na Península de Setúbal (+26,9%), no Centro (+23,8%) e na Madeira (+23,3%).
Em novembro, este indicador cresceu 13% na hotelaria (+9% do que em outubro). No alojamento local e no turismo no espaço rural e de habitação, registaram-se aumentos de, respetivamente, 4,3% e 10,4% (+4,3% e +4,6%, em outubro, pela mesma ordem).
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 98 euros (+6,8%, após +6,2% em outubro).
A Grande Lisboa destacou-se com o valor mais elevado de ADR (138,7 euros), seguida da Madeira (98,5 euros) e do Norte (86,5 euros). Todas as regiões registaram aumentos neste indicador, tendo os crescimentos mais expressivos ocorrido na Madeira (+20,2%), no Centro (+10,5%) e no Oeste e Vale do Tejo (+8,5%).
Em novembro, o ADR cresceu em todos os segmentos, +7,1% na hotelaria (+6,2% em outubro), +4,5% no alojamento local (+4,9% em outubro) e +2,2% no turismo no espaço rural e de habitação (+8,9% em outubro).
No período acumulado de janeiro a novembro de 2024, o RevPAR atingiu 72 euros e o ADR 121,6 euros (+7% e +6,5%, respetivamente).
Dormidas de residentes crescem com destaque em Portimão, Funchal e Porto
Do total de 5 milhões de dormidas (+9,8%) registadas em novembro nos estabelecimentos de alojamento turístico, 59,6% concentraram-se nos 10 municípios com maior número de dormidas.
O município de Lisboa concentrou 23,5% do total de dormidas, atingindo 1,2 milhões (+3,6%, após +1,7% em outubro). As dormidas de residentes aumentaram 8,9% e as de não residentes cresceram 2,7%. Este município concentrou 29,2% do total de dormidas de não residentes em novembro.
O Funchal foi o segundo município com maior número de dormidas (486,6 mil dormidas, peso de 9,7%) e registou um crescimento de 3,6% (+1,1% em outubro). As dormidas de residentes registaram um aumento expressivo (+44,2%), enquanto as de não residentes diminuíram 1,5%. Este município concentrou 12,2% do total de dormidas de não residentes em novembro.
No Porto, as dormidas totalizaram 446,9 mil (8,9% do total), tendo-se observado um crescimento de 16,3 (+4,5% em outubro), com o contributo das dormidas dos residentes (+26,8%) e dos não residentes (+13,8%). Albufeira (256,8 mil dormidas, peso de 5,1%) apresentou um decréscimo de 5,4% (-2,2% em outubro), motivado pelos não residentes (-6,9%), dado que as dormidas de residentes aumentaram 4,6%.
Entre os 10 principais municípios, destacou-se ainda Ponta Delgada (1,7% do total), com um crescimento de 16,7% (+16,6% nos residentes e +16,8% nos não residentes).
Em termos de dormidas de residentes, assinala-se também o município de Portimão pelo crescimento expressivo em novembro (+53,9%).