Em agosto de 2024, o setor do alojamento turístico registou 3,8 milhões de hóspedes e 10,5 milhões de dormidas, atingindo um novo máximo histórico, correspondendo a crescimentos de 5,9% e 3,8%, respetivamente (+1,7% e +2,6% em julho, pela mesma ordem), segundo os dados divulgados hoje pelo INE.
As dormidas de residentes totalizaram 3,6 milhões e cresceram 4,6% (-2,2% em julho). Os mercados externos registaram um abrandamento pelo terceiro mês consecutivo (+3,4%; +4,9% em julho), alcançando 6,9 milhões de dormidas.
Mercado brasileiro registou o maior decréscimo entre os principais 10 mercados emissores
Os 10 principais mercados emissores, em agosto, representaram 80,2% do total de dormidas de não residentes neste mês, com o mercado britânico (17,1% do total das dormidas de não residentes em agosto) a manter-se com o maior peso e a registar um aumento de 1,3% face ao mês homólogo.
As dormidas do mercado espanhol, o segundo principal mercado emissor em agosto (16,3% do total), cresceram 4,6%. Seguiu-se o mercado francês, na 3.ª posição (quota de 11,3%), que decresceu 2,9%. A Alemanha assumiu-se neste mês como o 4.º principal mercado (peso de 9,2%), com um aumento de 4,8%
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No grupo dos 10 principais mercados emissores em agosto, os mercados que mais cresceram foram o canadiano (+11,2%) e o norte americano (+8,4%). Destaque ainda para os decréscimos registados pelos mercados brasileiro (-5,9%) e italiano (-0,8%).
Dormidas cresceram em todas as regiões, com exceção da RA Madeira
Em agosto, todas as regiões registaram crescimentos nas dormidas, com exceção da RA Madeira (-0,3%). Os maiores aumentos observaram-se na Península de Setúbal (+8,1%) e na RA Açores (+7,5%), sendo mais modestos no Algarve (+1,1%) e no Oeste e Vale do Tejo (+1,6%).
As dormidas de residentes aumentaram em todas as regiões, exceto nas Regiões Autónomas da Madeira (-14,9%) e dos Açores (-1,5%). Os aumentos mais expressivos foram registados na Península de Setúbal (+10,7%) e no Alentejo (+10,3%). As dormidas de não residentes registaram os crescimentos mais expressivos na RA Açores (+10,5%) e no Norte (+9,2%). Em sentido contrário, registaram-se decréscimos no Oeste e Vale do Tejo (-3,1%), no Alentejo (-0,5%) e no Algarve (-0,2%).
Estada média decresceu
Em agosto, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,80 noites) diminuiu 2,0% (+0,9% em julho). Este indicador apenas registou aumentos no Alentejo (+2,3%), no Oeste e Vale do Tejo (+0,7%) e na Península de Setúbal (+0,3%), tendo-se verificado os maiores decréscimos na RA Madeira (-3,9%), na Grande Lisboa (-2,7%) e no Algarve (-2,5%).
Os valores mais elevados deste indicador continuaram a observar-se na RA Madeira (4,85 noites) e no Algarve (4,31 noites), tendo as estadias mais curtas ocorrido no Centro (1,99 noites), no Oeste e Vale do Tejo (2,05 noites) e no Norte (2,09 noites).
Em agosto, a estada média dos residentes (2,45 noites) diminuiu 2,1% e a dos não residentes (3,03 noites) decresceu 1,8%.
A estada média dos não residentes foi mais longa do que a dos residentes em todas as regiões, com exceção do Alentejo. A RA Madeira registou as estadas médias mais prolongadas por parte dos não residentes (5,14 noites), enquanto o Algarve registou as estadias mais longas por parte dos residentes (4,21 noites).
Taxas líquidas de ocupação aumentaram ligeiramente
A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (67,9%) aumentou em agosto (+0,6 p.p., após -0,2 p.p. em julho). O mesmo sucedeu com a taxa líquida de ocupação-quarto (74,3%), que registou um aumento idêntico, +0,6 p.p. (-0,2 p.p. em julho).
Em agosto, as taxas de ocupação-cama diminuíram no Oeste e Vale do Tejo (-0,7 p.p.) e na RA Açores (-0,6 p.p.).
Os crescimentos de maior magnitude registaram-se na Península de Setúbal (+2,8 p.p.) e no Alentejo (+2,2 p.p.).
As taxas de ocupação-cama mais elevadas registaram-se no Algarve (76,0%), seguido da RA Madeira (75,6%) e da Península de Setúbal (72,1%), enquanto as mais baixas ocorreram no Centro (54,5%), no Oeste e Vale do Tejo (55,5%) e no Alentejo (59,1%).