INE: EUA mantiveram-se como 3º principal mercado externo no alojamento turístico

O setor do alojamento turístico registou 2,9 milhões de hóspedes e 7,4 milhões de dormidas em outubro de 2023, correspondendo a crescimentos de 8,7% e 8,5%, respetivamente (+9,3% e +6,9% em setembro de 2023, pela mesma ordem), segundo os dados divulgados recentemente pelo INE. Os mercados externos continuam a garantir o crescimento das dormidas, registando um acréscimo de 11,5%, para 5,5 milhões, tendo as dormidas de residentes registado um ligeiro aumento (+0,3% para 1,8 milhões).

Nos mercados externos, o mercado norte-americano continuou a reforçar o seu peso (quota de 9,9%), sendo precedido pelos mercados britânico (20,0%) e alemão (12,5%). Estes mercados registaram crescimentos de 24,9%, 8,1% e 16,1%, respetivamente, face a outubro de 2022.

Todas as regiões registaram acréscimos de dormidas, tendo sido mais expressivos no Alentejo (+13,8%), no Norte (+11,7%) e no Centro (+11,0%).

A ocupação nos estabelecimentos de alojamento turístico aumentou em outubro (+1,9 p.p., para 51,0%, na taxa líquida de ocupação-cama e +1,7 p.p., para 62,4% na taxa líquida de ocupação-quarto).

Em outubro, 19,2% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (14,4% em setembro).

Total de dormidas continuou a acelerar em outubro, mas hóspedes deram sinais de abrandamento

Em outubro de 2023, o setor do alojamento turístico registou 2,9 milhões de hóspedes e 7,4 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos homólogos de 8,7% e 8,5%, respetivamente (+9,3% e +6,9% em setembro, pela mesma ordem). Face a outubro de 2019, o número de hóspedes aumentou 14,7% e as dormidas 15,9%.

Em outubro, 19,2% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (14,4% em setembro).

Dormidas de residentes crescem ligeiramente após quatro meses em queda

Em outubro, os mercados externos cresceram 11,5% (após +11,7% em setembro), tendo sido registados 5,5 milhões de dormidas. As dormidas de residentes inverteram, ainda que muito ligeiramente, a trajetória de decréscimo dos quatro meses anteriores, totalizando 1,8 milhões (+0,3%; -3,3% em setembro).

Face a outubro de 2019, observou-se uma aceleração das dormidas, com crescimentos de 20,9% nas dormidas de residentes e de 14,3% nos não residentes (+5,6% e +8,8% em setembro, pela mesma ordem).

Estados Unidos mantiveram-se como o terceiro principal mercado externo

Os 17 principais mercados emissores representaram 87,0% do total de dormidas de não residentes em outubro, entre os quais se destaca o de maior peso, o mercado britânico (20,0% do total das dormidas de não residentes em outubro), com um aumento de 8,1%.

As dormidas de hóspedes alemães (12,5% do total), o segundo principal mercado, cresceram 16,1% em outubro.

O mercado norte-americano destacou-se, mantendo-se como 3.º principal mercado, dando origem a 9,9% das dormidas de não residentes em resultado de um crescimento 24,9%.

O mercado francês (8,1% do total) registou um crescimento de 9,1%, tendo ultrapassado o mercado espanhol (7,4% do total), que observou uma ligeira descida (-0,3%).

Os mercados canadiano e austríaco (3,2% e 0,9% do total, respetivamente) voltaram também a destacar-se pelos crescimentos expressivos, +34,0% e +22,2% face ao ano anterior (+64,8% e +24,2% face a outubro de 2019, respetivamente).

Os mercados dinamarquês, sueco e finlandês registaram decréscimos (-9,1%, -8,1% e -0,4%, respetivamente; +16,6% e -13,8% e -12,4%, pela mesma ordem, face a outubro de 2019).

Alentejo e Norte com os maiores crescimentos nas dormidas de não residentes

Em outubro, registaram-se aumentos das dormidas em todas as regiões, destacando-se as regiões do Alentejo (+13,8%), Norte (+11,7%) e Centro (+11,0%). O Algarve concentrou 28,1% das dormidas, seguido da AM Lisboa (26,2%) e do Norte (17,1%).

As dormidas de residentes apresentaram, em outubro, crescimentos no Alentejo (+7,2%), no Centro (+5,9%), e na AM Lisboa (+1,3%), tendo decrescido nas restantes regiões. Os maiores decréscimos observaram-se no Algarve (-6,7%) e na RA Açores (-4,7%).

Em outubro, as dormidas de não residentes cresceram em todas as regiões, destacando-se o Alentejo (+25,0%), o Norte (+19,5%) e o Centro (+17,2%).

Estada média com ligeiro decréscimo

Em outubro, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,57 noites) diminuiu 0,2% (-2,1% em setembro). O Alentejo registou o maior crescimento (+5,4%), enquanto na RA Açores, na RA Madeira e na AM Lisboa a estada média decresceu (-2,1%; -1,7% e -1,6%, respetivamente). Os valores mais elevados deste indicador continuaram a observar-se na RA Madeira (4,49 noites) e no Algarve (4,04 noites), tendo as estadias mais curtas ocorrido no Centro (1,75 noites) e no Alentejo (1,88 noites).

A estada média dos residentes (1,89 noites) aumentou 1,3%, ao contrário da observada nos não residentes (2,91 noites), que decresceu 2,6%.

Taxas líquidas de ocupação voltam a aumentar em outubro

A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (51,0%) aumentou em outubro (+1,9 p.p., após +1,2 p.p. em setembro), pelo segundo mês consecutivo. O mesmo sucedeu com taxa líquida de ocupação-quarto nos estabelecimentos de alojamento turístico (62,4%), que aumentou 1,7 p.p. em outubro (+1,4 p.p. em setembro).

Em outubro, as taxas de ocupação-cama mais elevadas registaram-se na RA Madeira (67,8%) e na AM Lisboa (62,2%). A RA Madeira, o Algarve e o Alentejo registaram os maiores aumentos (+4,0 p.p., +3,3 p.p. e +2,9%, respetivamente), enquanto na RA Açores este indicador diminuiu 2,3 p.p..

Face a outubro de 2019, a taxa de ocupação-cama aumentou 2,6 p.p. e a taxa líquida de ocupação-quarto aumentou 2,8 p.p..