No quadro de protocolo celebrado entre Autoridade Tributária (AT) e INE, a AT transmite informação mensal ao INE obtida através do sistema E-fatura. Essa informação permite avaliar o comportamento da economia numa perspetiva regional no período de março (início dos efeitos económicos da pandemia) a dezembro de 2020 (último mês disponível) face a igual período de 2019.
Entre as conclusões da análise, entre março e dezembro de 2020 verificou-se, em Portugal, uma redução homóloga de 14,3% no valor da faturação, destacando-se, com valores superiores à média nacional, o Algarve (-27,4%), a Região Autónoma da Madeira (-21,6%) e a Área Metropolitana de Lisboa (-18,2%).
As Atividades de alojamento registaram quebras de -66,55% e as Atividades de restauração e similares de -42,5%. Além disso, “em 21 das 25 NUTS III do país, as atividades de alojamento foram o ramo com maior quebra de faturação face ao período homólogo”.
Em nove das 25 sub-regiões, o ramo das atividades industriais contribuiu em mais de metade para a contração homóloga do valor de faturação. Nas sub-regiões NUTS III com maior contração homóloga do valor de faturação – Algarve e Região Autónoma da Madeira –, as Atividades de Alojamento (ramo 4I55) foram as que mais contribuíram, representando mais de ¼ dessa diminuição.
Considerando a agregação das atividades económicas em 13 ramos, verifica-se que em 21 das 25 NUTS III do país as Atividades de alojamento (ramo 4I55) representaram o ramo com maior quebra de faturação face ao período homólogo. Deste conjunto, destacavam-se, com diminuições superiores a -70% neste ramo, a Região Autónoma dos Açores (-74,7%), a Área Metropolitana do Porto (-74,5%), a Região Autónoma da Madeira (-73,3%), o Médio Tejo (-72,5%) e a Área Metropolitana de Lisboa (-72,4%). Note-se, contudo, que nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, esta atividade representava 7,6% e 3,0% do valor de faturação de março a dezembro de 2019, respetivamente, enquanto que nas restantes três sub-regiões este peso não ultrapassava 1,2%. Salienta-se ainda o Algarve, onde as Atividades de alojamento (ramo 4I55) representavam 11,9% do valor total faturado na região, de março a dezembro de 2019 – maior peso entre as 25 sub-regiões do país – e que verificou, no período de março a dezembro de 2020, uma quebra homóloga de faturação de -58,5%.