INE: Fevereiro foi terceiro mês com maior quebra do número de dormidas

O setor do alojamento turístico registou 208,2 mil hóspedes e 472,9 mil dormidas em fevereiro de 2021, correspondendo a variações de -86,9% e -87,7%, respetivamente (-78,8% e -78,5% em janeiro, pela mesma ordem). Desde o início da pandemia, fevereiro foi o terceiro mês com maior redução do número de dormidas, tendo sido apenas ultrapassado por abril e maio de 2020 (-97,4% e -95,8%, respetivamente). As dormidas de residentes diminuíram 74,8% (-61,0% em janeiro) e as de não residentes recuaram 94,4% (-87,2% no mês anterior), revelam os dados divulgados hoje pelo INE.

A taxa líquida de ocupação-cama (8,5%) baixou 26,7 p.p. (-19,6 p.p. em janeiro).

Os proveitos registados nos estabelecimentos de alojamento turístico atingiram 18,6 milhões de euros no total e 14,3 milhões de euros relativamente a aposento, correspondendo a variações de -90,5% e -89,7%, respetivamente (-81,4% e -81,0% em janeiro, pela mesma ordem).

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 5,7 euros em fevereiro, diminuindo 80,1% (-71,7% em janeiro). O rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 47,2 euros em fevereiro, o que se traduziu numa variação de -27,9% (-20,0% em janeiro).

Entre março de 2020 e fevereiro de 2021, o setor do alojamento turístico registou 8,0 milhões de hóspedes e 20,0 milhões de dormidas, refletindo diminuições de 70,9% e 71,7%, respetivamente, face ao acumulado dos 12 meses anteriores. As dormidas de residentes decresceram 44,1% e as de não residentes diminuíram 83,7%.

Durante o primeiro ano de pandemia COVID-19, os proveitos atingiram 1,1 mil milhões de euros no total (-73,7%) e 863,3 milhões de euros relativamente a aposento (-73,5%), o que representou reduções de 3,2 mil milhões de euros e 2,4 mil milhões de euros face ao acumulado dos 12 meses anteriores, respetivamente.

Hóspedes e dormidas acentuaram decréscimo
O setor do alojamento turístico registou 208,2 mil hóspedes e 472,9 mil dormidas em fevereiro de 2021, refletindo-se em variações de -86,9% e -87,7%, respetivamente (-78,8% e -78,5% em janeiro, pela mesma ordem).

Desde o início da pandemia, fevereiro foi o terceiro mês com maior redução do número de dormidas, apenas menor que as verificadas em abril e maio de 2020 (-97,4% e -95,8%, respetivamente). Os resultados de fevereiro foram influenciados pelo maior impacto da pandemia COVID-19 nos festejos de Carnaval este ano comparativamente com há um ano atrás. Adicionalmente, há também que considerar na evolução homóloga um efeito de calendário (em 2021 fevereiro teve 28 dias, menos um que em 2020).

Em fevereiro, o mercado interno (peso de 69,8%) contribuiu com 329,9 mil dormidas, o que representou um decréscimo de 74,8% (-61,0% em janeiro). As dormidas dos mercados externos diminuíram 94,4% (-87,2% no mês anterior) e atingiram 143,0 mil.

No conjunto dos primeiros dois meses do ano, verificou-se uma diminuição de 83,5% das dormidas totais, resultante de variações de -68,6% nos residentes e de -91,1% nos não residentes.

Em fevereiro, 61,8% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (57,0% em janeiro).

Dormidas com diminuições acentuadas em todas as regiões
Em fevereiro, todas as regiões registaram decréscimos expressivos das dormidas, superiores a 75%, verificando-se as menores diminuições no Alentejo (-75,9%) e RA Açores (-78,1%) e as maiores reduções na RA Madeira (-92,6%), Algarve (-91,9%) e AM Lisboa (-88,5%).

No conjunto dos primeiros dois meses do ano, as regiões com menores diminuições foram o Alentejo (-70,0%), RA Açores (-76,6%) e Centro (-77,8%). Em sentido contrário, as maiores reduções verificaram-se no Algarve (-87,6%), RA Madeira (-87,0%) e AM Lisboa (-85,4%).

Em fevereiro, todas as regiões apresentaram decréscimos no número de dormidas de residentes, tendo as menores reduções sido registadas na RA Açores (-68,1%) e AM Lisboa (-70,8%).

Neste mês, em termos de dormidas de não residentes, o Alentejo apresentou um decréscimo de 84,2% e o Centro registou uma redução de 89,1%, enquanto as restantes regiões apresentaram decréscimos superiores a 90%.

Municípios mais representativos com fortes quebras
Em fevereiro, Lisboa registou 69,1 mil dormidas (14,6% do total), refletindo uma diminuição de 92,1%. As dormidas de residentes predominaram (peso de 58,6% no total das dormidas no município) e diminuíram 75,3%. As dormidas de não residentes decresceram 96,0%.

No Funchal, registaram-se 25,9 mil dormidas em fevereiro (5,5% do total), que se traduziram numa diminuição de 93,6%. Neste município, as dormidas dos residentes recuaram 77,3% e as de não residentes decresceram 95,3%.

O município de Loulé (3,7% do total) apresentou um decréscimo de 87,7% em fevereiro. O mercado interno diminuiu 70,3% e os mercados externos recuaram 93,5%.

As dormidas no município do Porto (3,5% do total) diminuíram 94,0% (-82,4% nos residentes e -97,4% nos não residentes).

Taxa líquida de ocupação diminuiu
A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (8,5%) recuou 26,7 p.p. em fevereiro (-19,6 p.p. em janeiro).

As taxas de ocupação mais elevadas registaram-se na RA Açores (11,9%) e Alentejo (11,0%). Os maiores decréscimos neste indicador verificaram-se na RA Madeira (-44,2 p.p.) e AM Lisboa (-34,4 p.p.).

Proveitos aproximaram-se dos mínimos de abril e maio do ano anterior
Em fevereiro, os proveitos registados nos estabelecimentos de alojamento turístico atingiram 18,6 milhões de euros no total e 14,3 milhões de euros relativamente a aposento, correspondendo a variações de -90,5% e -89,7%, respetivamente (-81,4% e -81,0% em janeiro, pela mesma ordem).

Todas as regiões registaram decréscimos expressivos nos proveitos totais e de aposento em fevereiro, com maior enfoque no Algarve (-94,2% e -92,8%, respetivamente), RA Madeira (-92,5% e -93,5%, respetivamente) e AM Lisboa (-92,8% e -92,1%, pela mesma ordem).

Em fevereiro, a evolução dos proveitos foi negativa nos três segmentos de alojamento.

Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento diminuíram 91,6% e 91,0%, respetivamente (peso de 78,8% e 75,6% no total do alojamento turístico, pela mesma ordem).

Considerando as mesmas variáveis, os estabelecimentos de alojamento local (quotas de 15,5% e 18,5%) apresentaram evoluções de -83,0% e -81,7%, enquanto no turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 5,8% e 5,9%) se observaram evoluções de -78,4% e -77,4%.

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 5,7 euros em fevereiro, refletindo uma diminuição de 80,1% (-71,7% em janeiro).

A variação do RevPAR em fevereiro situou-se em -82,2% na hotelaria, -68,7% no alojamento local e -54,8% no turismo no espaço rural e de habitação.

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 47,2 euros em fevereiro, o que se traduziu num decréscimo de 27,9% (-20,0% em janeiro).