Em março de 2024, o setor do alojamento turístico registou 2,3 milhões de hóspedes e 5,7 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 12,2% nos hóspedes (+7,1% em fevereiro) e 12,8% nas dormidas (+6,4% em fevereiro), revela hoje o INE.
É de salientar que os resultados foram influenciados pelo efeito de calendário do período de férias associado à Páscoa, que este ano se repartiu entre março e abril, enquanto no ano anterior se concentrou apenas em abril.
As dormidas de residentes totalizaram 1,6 milhões (+10,3%, após +2,9% em fevereiro). Os mercados externos registaram um crescimento de 13,8% (após +8,2% em fevereiro), alcançando 4,1 milhões de dormidas.
No 1º trimestre de 2024, os hóspedes aumentaram 7,7% e as dormidas cresceram 7,1% (+3,9% nos residentes e +8,7% nos não residentes).
Dormidas de hóspedes espanhóis com crescimento expressivo de 47,5% em março
Os 10 principais mercados emissores em março representaram 75,6% do total de dormidas de não residentes neste mês, entre os quais se destaca o de maior peso, o mercado britânico (16,4% do total das dormidas de não residentes em março) com um aumento de 9,3%.
As dormidas de hóspedes alemães (13,7% do total), o segundo principal mercado, cresceram 12,1% em março. Seguiu-se o mercado espanhol (quota de 11,5%), que registou um expressivo aumento de 47,5%.
No grupo dos 10 principais mercados emissores, destacaram-se ainda os mercados irlandês, canadiano e norte-americano (quotas de 2,9%, 3,9% e 8,9%, respetivamente) pelos crescimentos mais significativos, +30,7%, +27,5% e +23,9%, pela mesma ordem, face ao mesmo mês do ano anterior.
No 1.º trimestre de 2024, entre os 10 mercados com maior número de dormidas, destacaram-se os
crescimentos dos mercados canadiano (+24,2%), polaco (+22,7%) e norte-americano (+18,1%), enquanto os mercados francês e brasileiro registaram os maiores decréscimos (-8,3% e -4,5%, respetivamente).
Dormidas cresceram em todas as regiões
Em março, todas as regiões registaram crescimentos nas dormidas. Os aumentos mais expressivos observaram-se no Oeste e Vale do Tejo (+29,4%), no Centro (+23,1%) e no Alentejo (+21,0%), enquanto os crescimentos mais modestos se registaram na RA Madeira (+4,1%) e na Grande Lisboa (+8,9%).
As dormidas de residentes apresentaram crescimentos em todas as regiões, com exceção da RA Madeira (-12,9%) e da Grande Lisboa (-2,4%). O Oeste e Vale do Tejo destacou-se com o maior crescimento (+23,0%), seguindo-se o Centro (+22,6%), o Alentejo (+22,5%) e o Algarve (+21,2%).
As dormidas de não residentes cresceram em todas as regiões, de forma mais expressiva no Oeste e Vale do Tejo (+35,8%), na RA Açores (+24,4%) e no Centro (+24,3%).
Estada média dos residentes aumentou
Em março, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,48 noites) aumentou 0,5% (-0,7% em fevereiro). Este indicador registou os maiores crescimentos na RA Açores (+6,5%) e no Oeste e Vale do Tejo (+3,5%).
Os valores mais elevados deste indicador continuaram a observar-se na RA Madeira (4,51 noites) e no Algarve (3,74 noites), tendo as estadias mais curtas ocorrido no Centro (1,68 noites) e no Alentejo (1,76 noites).
Em março, a estada média dos residentes (1,80 noites) aumentou 1,7% e a dos não residentes (2,92 noites) decresceu 0,8%.
A estada média dos não residentes foi mais longa do que a dos residentes em todas as regiões, tendo a RA Madeira registado as estadias médias mais prolongadas, quer dos residentes (2,78 noites) quer dos não residentes (4,97 noites). Para além da RA Madeira, as estadas médias observadas no Algarve (2,56 noites dos residentes e 4,17 noites dos não residentes) e na RA Açores (2,53 noites e 3,38 noites, pela mesma ordem) também ficaram acima das estadas médias nacionais.
Taxas líquidas de ocupação aumentaram
A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (42,2%) aumentou em março (+2,9 p.p., após -0,4 p.p. em fevereiro). O mesmo sucedeu com a taxa líquida de ocupação-quarto (51,7%), que registou um crescimento de 1,5 p.p. (-0,6 p.p. em fevereiro).
Em março, as taxas de ocupação-cama mais elevadas continuaram a registar-se na RA Madeira (65,1%) e na Grande Lisboa (56,3%), enquanto as mais baixas se verificaram no Alentejo (27,7%) e no Centro (28,9%). Os maiores aumentos neste indicador verificaram-se no Oeste e Vale do Tejo (+5,1 p.p.) e no Centro (+4,0 p.p.).