INE: Ocupação aumentou em agosto face a 2020 mas continuou abaixo dos valores de 2019

O setor do alojamento turístico registou 2,5 milhões de hóspedes e 7,5 milhões de dormidas em agosto de 2021, correspondendo a crescimentos de 35,6% e 47,6%, respetivamente (+60,4% e +73,0% em julho, pela mesma ordem). Os níveis atingidos em agosto de 2021 foram, no entanto, inferiores aos observados em agosto de 2019, tendo diminuído o número de hóspedes e de dormidas, 23,6% e 22,1%, respetivamente, segundo indicam os dados divulgados hoje pelo INE.

Em agosto, o mercado interno contribuiu com 4,2 milhões de dormidas, o valor mensal mais elevado desde que há registos, e aumentou 24,2%. Os mercados externos cresceram 94,5% e totalizaram 3,3 milhões de dormidas. Comparando com agosto de 2019, observa-se um crescimento de 22,6% nas dormidas de residentes e um decréscimo de 46,9% nas dormidas de não residentes.

Os proveitos registados nos estabelecimentos de alojamento turístico atingiram 515,8 milhões de euros no total e 410,2 milhões de euros relativamente a aposento. Comparando com agosto de 2019, os proveitos totais diminuíram 19,2% e os relativos a aposento decresceram 19,3%. O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 71,4 euros em agosto (40,2 euros em julho). O rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 115,8 euros em agosto (98,7 euros em julho). Em agosto de 2019, o RevPAR e o ADR foram 84,4 euros e 116,2 euros, respetivamente.

Neste mês, a taxa de ocupação-quarto foi 61,6%, mais 15,0 p.p. que o observado em agosto de 2020, mas 11,0 p.p. abaixo do rácio registado em agosto de 2019 (72,6%).

Nos primeiros oito meses do ano, verificaram-se aumentos de 25,0% nos proveitos totais e de 27,2% nos relativos a aposento. Comparando com o mesmo período de 2019, registaram-se variações de -57,1% e -56,7%, respetivamente.

Entre janeiro e agosto de 2021, considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 8,8 milhões de hóspedes e 23,9 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 8,1% e 11,8%, respetivamente.

Hóspedes e dormidas mantiveram crescimento embora com redução face ao período homólogo de 2019

O setor do alojamento turístico registou 2,5 milhões de hóspedes e 7,5 milhões de dormidas em agosto, refletindo-se em crescimentos de 35,6% e 47,6%, respetivamente (+60,4% e +73,0% em julho, pela mesma ordem). Face ao mês de agosto de 2019, os hóspedes registaram um decréscimo de 23,6% e as dormidas diminuíram 22,1%.

O mercado interno (peso de 56,2%) contribuiu com 4,2 milhões de dormidas, o valor mensal mais elevado desde que há registos, e aumentou 24,2%. Os mercados externos cresceram 94,5% e totalizaram 3,3 milhões de dormidas. Comparando com o mês de agosto de 2019, observou-se um crescimento de 22,6% nas dormidas de residentes e um decréscimo de 46,9% nas de não residentes.

Nos primeiros oito meses do ano, verificou-se um aumento de 11,8% das dormidas totais, resultante de variações de +29,1% nos residentes e de -6,4% nos não residentes. Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas diminuíram 58,4% (-18,9% nos residentes e -75,6% nos não residentes).

Em agosto, 16,5% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (20,4% em julho).

Dormidas de residentes aumentaram em todas as regiões

O Algarve concentrou 36,7% das dormidas em agosto, seguindo-se a AM Lisboa (15,7%), o Norte (15,2%) e o Centro (12,2%).

Nos primeiros oito meses do ano, registaram-se diminuições no número de dormidas na AM Lisboa (-9,9%), enquanto as restantes regiões apresentaram crescimentos, com realce para a evolução apresentada pela RA Açores (+95,1%).

Entre janeiro e agosto, em termos de dormidas de residentes, registaram-se aumentos em todas as regiões, com destaque para as evoluções registadas na RA Madeira (+117,6%), RA Açores (+99,2%) e Algarve (+38,9%).

Neste período, verificaram-se crescimentos no número de dormidas de não residentes na RA Açores (+87,3%), Alentejo (+5,2%), RA Madeira (+4,9%) e Centro (+3,3%). A maior redução registou-se na AM Lisboa (-24,2%).

Município de Albufeira com aumento de 12% nas dormidas desde o início do ano

Nos primeiros oito meses de 2021, Albufeira registou 2,2 milhões de dormidas (11,0% do total), que se traduziram num crescimento de 12,1%. Neste período, as dormidas de residentes (peso de 60,6%) aumentaram 39,4% e as de não residentes diminuíram 13,8%. Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas em Albufeira registaram uma diminuição de 63,9% (-4,8% nos residentes e -81,5% nos não residentes).

As dormidas de Lisboa (10,1% do total) atingiram 2,0 milhões entre janeiro e agosto e diminuíram 24,0% (+13,3% nos residentes e -34,6% nos não residentes). Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas em Lisboa registaram uma diminuição de 78,2% (-54,3% nos residentes e -82,7% nos não residentes).

No Funchal (6,5% do total) as dormidas aumentaram 14,1% no conjunto dos primeiros oito meses do ano (+147,6% nos residentes e -7,4% nos não residentes).

Taxa líquida de ocupação aumentou

A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (57,0%) aumentou 14,3 p.p. em agosto (+11,4 p.p. em julho). Em agosto de 2019, a taxa líquida de ocupação-cama tinha sido 68,7%.

Em agosto, as taxas de ocupação mais elevadas registaram-se na RA Madeira (72,6%), Algarve (68,7%), RA Açores (65,5%) e Alentejo (56,0%). Os maiores crescimentos neste indicador ocorreram na RA Madeira (+43,1 p.p.), RA Açores (+36,7 p.p.) e AM Lisboa (+18,2 p.p.).

Proveitos com crescimento superior a 25% nos primeiros oito meses do ano

Em agosto, os proveitos registados nos estabelecimentos de alojamento turístico atingiram 515,8 milhões de euros no total e 410,2 milhões de euros relativamente a aposento. Comparando com agosto de 2019, os proveitos totais diminuíram 19,2% e os relativos a aposento decresceram 19,3%.

Nos primeiros oito meses do ano, os proveitos registaram crescimentos de 25,0% no total e 27,2% relativos a aposento. Comparando com o mesmo período de 2019, os proveitos totais recuaram 57,1% e os relativos a aposento diminuíram 56,7%.

O Algarve concentrou 44,4% dos proveitos totais e 45,3% dos relativos a aposento em agosto, seguindo-se a AM Lisboa (13,7% e 14,1%, pela mesma ordem) e o Norte (12,6% em ambos).

Entre janeiro e agosto de 2021, a evolução dos proveitos foi positiva nos três segmentos de alojamento.

Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento aumentaram 23,1% e 25,5%, respetivamente (peso de 84,8% e 83,1% no total do alojamento turístico, pela mesma ordem).

Considerando as mesmas variáveis, os estabelecimentos de alojamento local (quotas de 8,7% e 10,2%) apresentaram subidas de 29,5% e 33,4%, e o turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 6,5% e 6,7%) registou aumentos de 46,2% e 40,1%.

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 71,4 euros em agosto. Em agosto de 2019, o RevPAR tinha sido 84,4 euros. Os valores de RevPAR mais elevados foram registados no Algarve (117,5 euros), Alentejo (76,0 euros), RA Madeira (72,4 euros) e RA Açores (69,4 euros).

Nos primeiros oito meses de 2021, o RevPAR aumentou 17,2%. Neste período, este indicador registou crescimentos de 18,4% na hotelaria, 15,6% no alojamento local e 14,4% no turismo no espaço rural e de habitação.

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 115,8 euros em agosto. Em agosto de 2019, o ADR tinha sido 116,2 euros.