Segundo os últimos dados do INE, hoje divulgados, setor do alojamento turístico registou 407,1 mil hóspedes e 940,2 mil dormidas em novembro de 2020, correspondendo a variações de -76,8% e -76,9%, respetivamente (-60,1% e -63,6% em outubro, pela mesma ordem). As dormidas de residentes diminuíram 58,8% (-22,2% em outubro) e as de não residentes recuaram 85,5% (-76,7% no mês anterior).
Os proveitos totais registaram uma variação de -79,5% (-68,2% em outubro) e atingiram 47,1 milhões de euros. Os proveitos de aposento fixaram-se em 32,8 milhões de euros, diminuindo 80,2% (-69,2% no mês anterior).
Em novembro, 46,9% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (33,4% em outubro).
Em novembro, considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 440,7 mil hóspedes e 1,1 milhões de dormidas, correspondendo a evoluções de -76,0% e -74,2%, respetivamente (-58,8% e -61,5% em outubro, pela mesma ordem).
Hóspedes e dormidas acentuam decréscimos
Em novembro de 2020, o setor do alojamento turístico registou 407,1 mil hóspedes e 940,2 mil dormidas, refletindo-se em variações de -76,8% e -76,9%, respetivamente (-60,1% e -63,6% em outubro, pela mesma ordem).
Em novembro, 46,9% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (33,4% em outubro).
As dormidas na hotelaria (74,4% do total) diminuíram 79,4%. As dormidas nos estabelecimentos de alojamento local (peso de 21,4% do total) decresceram 66,1% e as de turismo no espaço rural e de habitação (quota de 4,2%) recuaram 53,6%. As dormidas em hostels registaram uma diminuição de 74,9% em novembro, representando 17,3% das dormidas em alojamento local e 3,7% do total de dormidas nos estabelecimentos de alojamento turístico.
Dormidas de residentes e de não residentes com decréscimos muito acentuados
Em novembro, o mercado interno (peso de 57,4%) contribuiu com 539,7 mil dormidas, o que representou um decréscimo de 58,8% (-22,2% em outubro). As dormidas dos mercados externos diminuíram 85,5% (-76,7% no mês anterior) e atingiram 400,5 mil. No conjunto dos primeiros onze meses do ano, verificou-se uma diminuição de 62,5% das dormidas totais, resultante de variações de -34,1% nos residentes e de -74,5% nos não residentes.
Principais mercados mantiveram diminuições expressivas
A totalidade dos dezasseis principais mercados emissores manteve decréscimos expressivos em novembro, tendo representado 86,4% das dormidas de não residentes nos estabelecimentos de alojamento turístico neste mês. As maiores reduções registaram-se nos mercados chinês (-96,6%) norte americano (-95,4%), canadiano (-95,1%), dinamarquês (-93,8%) e brasileiro (-91,5%). Desde o início do ano, todos os principais mercados registaram decréscimos expressivos, superiores a 60%, com maior enfoque nos mercados irlandês (-89,7%), norte americano (-87,4%) e chinês (-81,9%).
Dormidas de residentes diminuíram em todas as regiões
Em novembro, todas as regiões registaram decréscimos expressivos das dormidas, registando-se as menores diminuições no Alentejo (-55,4%) e RA Açores (-61,0%). As maiores reduções verificaram-se na AM Lisboa (-83,6%), Norte (-77,0%), Algarve (-76,8%) e RA Madeira (-75,9%). A AM Lisboa concentrou 23,1% das dormidas, seguindo-se o Algarve (19,4%) e o Norte (17,4%).
No conjunto dos primeiros onze meses do ano, as regiões que apresentaram menores diminuições no número de dormidas foram o Alentejo (-36,9%), Centro (-51,9%) e Norte (-58,2%). Em sentido contrário, as maiores reduções verificaram-se na RA Açores (-71,2%), AM Lisboa (-71,0%) e RA Madeira (-67,1%). Em novembro, todas as regiões apresentaram decréscimo do número de dormidas de residentes, tendo as menores reduções sido registadas na RA Açores (-47,3%), RA Madeira (-47,8%) e Alentejo (-49,7%).
Neste mês, em termos de dormidas de não residentes, o Alentejo apresentou um decréscimo de 68,4%, enquanto as restantes regiões apresentaram decréscimos superiores a 75%, com realce para a AM Lisboa (-90,5%).
Estada média reduziu-se
Em novembro, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,31 noites) reduziu-se 0,4% (-9% em outubro). A estada média dos residentes aumentou 10,3% e a dos não residentes cresceu 21,1%.
Taxa líquida de ocupação com ligeira recuperação
A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (10,5%) recuou 24,7 p.p. em novembro (-28 p.p. em outubro). As taxas de ocupação mais elevadas registaram-se na RA Madeira (16,9%) e RA Açores (14,9%).
Proveitos mantiveram decréscimos expressivos
Em novembro, os proveitos registados nos estabelecimentos de alojamento turístico atingiram 47,1 milhões de euros no total e 32,8 milhões de euros relativamente a aposento, correspondendo a variações de -79,5% e -80,2%, respetivamente (-68,2% e -69,2% em outubro, pela mesma ordem).
Todas as regiões registaram decréscimos expressivos nos proveitos totais e de aposento em novembro, com maior enfoque na AM Lisboa (-88,2% e -89,1%, respetivamente) e Norte (-78,9% e -79,7%, pela mesma ordem). Em novembro, a evolução dos proveitos foi negativa nos três segmentos de alojamento.
Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento diminuíram 81,0% e 81,9%, respetivamente (peso de 82,6% e 79,3% no total do alojamento turístico, pela mesma ordem). Considerando as mesmas variáveis, os estabelecimentos de alojamento local (quotas de 12% e 14,9%) apresentaram evoluções de -71,4% e -72%, enquanto no turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 5,3% e 5,8%) se observaram evoluções de -53,9% e -52,7%.
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 8,2 euros em novembro, o que correspondeu a um decréscimo de 74,5% (-64,6% em outubro). A variação do RevPAR em novembro situou-se em -76,8% na hotelaria, -64,0% no alojamento local e -37,6% no turismo no espaço rural e de habitação.
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 56,8 euros em novembro, o que se traduziu num decréscimo de 19,5% (-18,9% em outubro).