INE: Proveitos do alojamento turístico continuaram a abrandar no primeiro mês do ano

Em janeiro de 2024, o setor do alojamento turístico registou 1,5 milhões de hóspedes (+1,8%) e 3,5 milhões de dormidas (-0,1%), gerando 230,8 milhões de euros de proveitos totais (+9,4%) e 166 milhões de euros de proveitos de aposento (+8,5%).

O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 30,2 euros (+3,9%; +9,0% em dezembro) e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 83,7 euros (+7,6%; +6,2% em dezembro). O ADR atingiu os valores mais elevados na Grande Lisboa (105,9 euros) e na RA Madeira (87,5 euros).

Em janeiro, o município de Lisboa concentrou 24,5% do total de dormidas (12,5% do total de dormidas de residentes e 30,4% de não residentes). Entre os municípios com maior representatividade no total de dormidas em janeiro, destacaram-se o Porto e Loulé com crescimentos de 4,6% e, em sentido contrário, assinalam-se os decréscimos das dormidas em Lisboa e no Funchal, -3,4% e -4,4%, respetivamente.

Considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 1,6 milhões de hóspedes e 3,7 milhões de dormidas em janeiro, correspondendo a variações de +1,1% e -0,7%, respetivamente. As dormidas de residentes diminuíram 2,5% e as de não residentes cresceram 0,3%.

Crescimento de proveitos totais abrandou pelo 3.º mês consecutivo

O crescimento dos proveitos totais registou um abrandamento em janeiro, pelo terceiro mês consecutivo, com uma variação de +9,4% (+13,4% em dezembro), atingindo 230,8 milhões de euros. Os proveitos de aposento aumentaram 8,5% (+14,8% em dezembro), ascendendo a 166,0 milhões de euros.

A Grande Lisboa foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (35,8% dos proveitos totais e 37,5% dos proveitos de aposento), seguida da RA Madeira (17,0% e 16,3%, respetivamente) e do Norte (16,7% e 16,9%, pela mesma ordem).

Os maiores crescimentos ocorreram no Oeste e Vale do Tejo (+33,3% nos proveitos totais e +22,4% nos de aposento), no Centro (+14,4% e +13,7%, respetivamente) e no Algarve (+12,9% e +16,3%, pela mesma ordem). Destaque ainda para a Península de Setúbal, a única região que registou decréscimos em ambos os proveitos (-2,6%), e para a RA Açores, que apesar da diminuição de 1,9% nos proveitos de aposento, registou um crescimento de 2,3% nos proveitos totais.

Em janeiro, registaram-se crescimentos dos proveitos nos três segmentos de alojamento. Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (pesos de 88,0% e 86,1% no total do alojamento turístico, respetivamente) aumentaram 9,5% e 8,9%, pela mesma ordem.

Nos estabelecimentos de alojamento local (quotas de 9% e 10,9%, respetivamente), registaram-se aumentos de 6,2% nos proveitos totais e 4,9% nos proveitos de aposento. No turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,1% nos proveitos totais e de 3% nos de aposento), os aumentos foram de 16,5% e 11,2%, respetivamente.

ADR cresceu em todas as regiões

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 30,2 euros em janeiro, registando um aumento de 3,9% face a igual período de 2023 (+9% em dezembro).

Os valores de RevPAR mais elevados foram registados na RA Madeira (51,2 euros) e na Grande Lisboa (49,5 euros), tendo os maiores crescimentos ocorrido no Oeste e Vale do Tejo (+15,5%) e no Algarve (+12,2%), enquanto na RA Açores se registou o maior decréscimo (-6,3%).

Em janeiro, este indicador cresceu 5,4% na hotelaria (+10,4% em dezembro) e 3,8% no turismo no espaço rural e de habitação (+9,7% em dezembro). No alojamento local decresceu 3,6% (+3,2% em dezembro).

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 83,7 euros, +7,6% em relação ao mesmo mês de 2023 (+6,2% em dezembro).

A Grande Lisboa destacou-se com o valor mais elevado de ADR (105,9 euros), seguida pela RA Madeira (87,5 euros). Os acréscimos mais expressivos verificaram-se no Algarve (+12,1%), na RA Madeira (11,9%) e no Centro (+11,2%).

Em janeiro, o ADR cresceu 8% na hotelaria (+6,3% em dezembro), 7,2% no turismo no espaço rural e de habitação (+5,5% em dezembro) e 4,2% no alojamento local (+4,9% em dezembro), atingindo 86,2, 100,5 e 65,5 euros, respetivamente.

Dormidas decresceram em Lisboa pela primeira vez desde o 2º trimestre de 2021

Do total de 3,5 milhões de dormidas (-0,1%) nos estabelecimentos de alojamento turístico, 61,8% concentraram-se nos 10 municípios com maior número de dormidas em janeiro.

O município de Lisboa concentrou 24,5% do total de dormidas, atingindo 845,6 mil dormidas e tendo registado um decréscimo pela primeira vez desde o 2º trimestre de 2021. Este município concentrou 30,4% do total de dormidas de não residentes em janeiro (-3,4%; -13,3% nos residentes e -1,1% nos não residentes).

O Funchal foi o segundo município em que se registaram mais dormidas (peso de 12,1%), totalizando 419,3 mil dormidas e mantendo a trajetória decrescente do mês anterior (-4,4%; -16,3% nos residentes e -2,4% nos não residentes).

No Porto, registaram-se 297,2 mil dormidas (8,6% do total), acentuando-se o abrandamento do crescimento que se verifica desde outubro de 2023 (+4,6%; -0,1% nos residentes e +5,9% nos não residentes).

Em janeiro, entre os 10 principais municípios, Albufeira destacou-se pela evolução positiva das dormidas dos residentes, que atenuou o impacto do decréscimo acentuado dos não residentes. Portimão foi o único município, de entre os 10 de maior representatividade em termos de dormidas, em que se observou um crescimento quer nos residentes quer nos não residentes.

Os maiores crescimentos nas dormidas de residentes observaram-se em Albufeira (+5,8%) e Portimão (+2,7%), enquanto os decréscimos mais expressivos se registaram em Vila Real de Santo António (-21,9%) e Cascais (-17,2%). Nas dormidas de não residentes, Santa Cruz(RAM) destacou-se pelo crescimento acentuado (+21,2%), enquanto nos municípios de Cascais e Albufeira se verificaram os maiores decréscimos (-8,7% e -4,2%, respetivamente).