INE: Proveitos do setor do alojamento turístico mais que duplicam em 2022 e superam níveis de 2019

Em dezembro de 2022, o setor do alojamento turístico registou 1,6 milhões de hóspedes (+44,2%) e 3,7 milhões de dormidas (+44,6%), correspondendo a 252,2 milhões de euros de proveitos totais (+65,4%) e 176,8 milhões de euros de proveitos de aposento (+64,2%), revela o INE. Comparando com o mesmo mês de 2019, registaram-se aumentos de 22,9% nos proveitos totais e 25,5% nos relativos a aposento (+25,5% e +28,8% em novembro, respetivamente).

A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (31,1%) foi ligeiramente acima do valor observado em dezembro de 2019 (31,0%), enquanto a taxa líquida de ocupação-quarto (37,8%) ficou ligeiramente abaixo (38,2% em 2019).

Em dezembro, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 33,1 euros, e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 87,4 euros (+53,6% e +17,2% face a dezembro de 2021, respetivamente). Em relação a dezembro de 2019, o RevPAR aumentou 18,9% e o ADR cresceu 20,0%.

No conjunto do ano de 2022 (dados preliminares), os proveitos do setor do alojamento turístico cresceram 114,7% no total e 117,0% nos relativos a aposento (+16,5% e +17,7%, face a igual período de 2019, respetivamente), em resultado de 26,5 milhões de hóspedes (+83,3%) e 69,5 milhões de dormidas (+86,3%).

Em 2022, considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 28,9 milhões de hóspedes e 77,0 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 80,7% e 80,8%, respetivamente. Comparando com 2019, as dormidas diminuíram 1,0% (+5,4% nos residentes e -4,3% nos não residentes).

Dormidas aumentaram 86,3% face a 2021, e ficaram muito próximas do nível de 2019 (-0,9%)

Em dezembro de 2022, o setor do alojamento turístico registou 1,6 milhões de hóspedes e 3,7 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 44,2% e 44,6%, respetivamente (+19,8% e +19,1% em novembro, pela mesma ordem). Face a dezembro de 2019, registaram-se crescimentos de 1,9% e 5,5%, respetivamente.

Em dezembro, o mercado interno contribuiu com 1,4 milhões de dormidas e cresceu 28,3% e os mercados externos (peso de 61,6%) totalizaram 2,3 milhões de dormidas (+57,1%). Comparando com dezembro de 2019, observaram-se aumentos, quer nas dormidas de residentes (+11,4%) quer nas de não residentes (+2,1%).

Os resultados preliminares de 2022 revelam que os hóspedes atingiram neste ano 26,5 milhões, crescendo 83,3% face a 2021. As dormidas aumentaram 86,3% face a 2021 (+22,8% nos residentes e +149,8% nos não residentes), atingindo 69,5 milhões e ficaram muito próximas do nível de 2019 (-0,9%; -5,0% nos não residentes e +8,6% nos residentes). As dormidas de não residentes voltaram a superar as de residentes (67,0% do total de dormidas), ainda que ligeiramente abaixo do peso que tinham em 2019 (69,9% do total).

Em 2022, as dormidas de não residentes mais que duplicaram em todas as regiões, face a 2021
Em dezembro, registaram-se aumentos nas dormidas em todas as regiões, destacando-se a AM Lisboa com o maior crescimento (+52,0%). A RA Madeira (+42,3%) e o Algarve (+41,5%) registaram os maiores aumentos nas dormidas de residentes, enquanto nas dormidas de não residentes se destacaram o Norte (+68,4%), a AM Lisboa (+67,3%) e a RA Açores (+65,7%).

No conjunto do ano de 2022, todas as regiões registaram aumentos no número de dormidas, destacando-se a AM Lisboa (+132,6%) com o maior crescimento. As dormidas de não residentes mais que duplicaram em todas as regiões, enquanto nas dormidas de residentes apenas se registou um decréscimo no Algarve (-4,5%).

Funchal e Porto superaram níveis de 2019 das dormidas de residentes e de não residentes
No conjunto do ano 2022, o município de Lisboa registou 13,3 milhões de dormidas (19,1% do total), que se traduziram num decréscimo de 4,8% face a 2019. As dormidas de residentes ficaram próximas dos valores de 2019 (-0,6%), enquanto as de não residentes diminuíram 5,6%. O município de Lisboa concentrou 23,8% do total de dormidas de não residentes registadas no país em 2022 (24,0% em 2019).

As dormidas no município de Albufeira (10,3% do total) atingiram 7,2 milhões em 2022, decrescendo 16,1% face a 2019 (-9,5% nos residentes e -18,0% nos não residentes). As dormidas de não residentes representaram 76,5%  do total de dormidas do município, semelhante ao verificado em 2019 (78,2%).

O Funchal representou 8,1% do total de dormidas em 2022 (5,7 milhões), correspondendo a um acréscimo de 12,7% (+76,1% nos residentes e +5,0% nos não residentes) em comparação com 2019. No Porto, registaram-se 4,8 milhões de dormidas em 2022 (6,9% do total), +4,4% face a 2019 (+8,2% nos residentes e +3,6% nos não residentes).

Taxas líquidas de ocupação de dezembro aproximaram-se das registadas em 2019
A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (31,1%) aumentou 7,8 p.p. em dezembro (+3,4 p.p. em novembro), ficando ligeiramente acima do valor observado no mês homólogo de 2019 (31,0%).

Em dezembro, as taxas de ocupação-cama mais elevadas registaram-se na RA Madeira (48,6%) e AM Lisboa (40,6%), correspondendo também aos maiores acréscimos neste indicador (+9,5 p.p. e +11,6 p.p., respetivamente). Em relação a 2019, realça-se o crescimento da RA Madeira (+7,0 p.p.).

A taxa líquida de ocupação-quarto nos estabelecimentos de alojamento turístico (37,8%) aumentou 9,0 p.p. em dezembro (+4,9 p.p. em novembro). Em dezembro de 2019, a taxa líquida de ocupação-quarto tinha sido 38,2%. No conjunto do ano 2022, a taxa líquida de ocupação-cama (45,6%) aumentou 14,6 p.p. e a taxa líquida de ocupação-quarto (54,1%) aumentou 17,2 p.p., ficando abaixo das registadas em 2019 (47,3% e 55,3%, pela mesma ordem).

Proveitos totais e de aposento mais que duplicaram em 2022 e superaram os níveis de 2019
Em dezembro, os proveitos registados nos estabelecimentos de alojamento turístico atingiram um total de 252,2 milhões de euros, dos quais 176,8 milhões de euros corresponderam a aposento. Comparando com dezembro de 2019, os proveitos totais e de aposento aumentaram 22,9% e 25,5%, respetivamente.

Em dezembro, a AM Lisboa concentrou 36,4% dos proveitos totais e 39,5% dos relativos a aposento, seguindo-se o Norte (19,1% e 18,8%, respetivamente) e a RA Madeira (15,8% e 14,7%, pela mesma ordem).

No conjunto de 2022, os proveitos totais cresceram 114,7% e os relativos a aposento aumentaram 117,0%. Comparando com igual período de 2019, verificaram-se aumentos de 16,5% e 17,7%, pela mesma ordem. Face a 2019, os maiores crescimentos registaram-se na RA Madeira (+29,8% nos proveitos totais e +36,6% nos de aposento). Os proveitos totais e de aposento cresceram menos no Centro (+9,3% e +14,4%, respetivamente) e na AM Lisboa (+11,5% e +12,8%, pela mesma ordem).

Em 2022, a evolução dos proveitos foi positiva nos três segmentos de alojamento. Comparando com o mesmo período de 2019, os proveitos totais na hotelaria aumentaram 15,2% e os de aposento cresceram 16,4% (pela mesma ordem, pesos de 87,4% e 85,6% no total do alojamento turístico). Nos estabelecimentos de alojamento local (quotas de 8,7% e 10,4%), registaram-se subidas de 14,5% e 15,6% e no turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,9% e 4,0%, respetivamente) os aumentos atingiram 64,6% e 62,4%, pela mesma ordem.

Rendimento médio por quarto ocupado aumentou 17,7% no total do ano, face a 2021
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 33,1 euros em dezembro, tendo aumentado 53,6% (+31,6% em novembro). Em dezembro de 2019, o RevPAR tinha atingido 27,8 euros. Os valores de RevPAR mais elevados foram registados na AM Lisboa (53,4 euros) e RA Madeira (49,6 euros).

No conjunto do ano 2022, o RevPAR atingiu 56,2 euros e aumentou 72,5%. Neste período, este indicador registou crescimentos de 74,8% na hotelaria, 81,6% no alojamento local e 18,8% no turismo no espaço rural e de habitação.

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 87,4 euros em dezembro, tendo aumentado 17,2% (+17,5% em novembro). Em dezembro de 2019, o ADR tinha sido 72,8 euros.

O conjunto do ano 2022, o ADR atingiu 103,9 euros e aumentou 17,7%. Neste período, este indicador registou crescimentos de 16,4% na hotelaria, 31,6% no alojamento local e 7,6% no turismo no espaço rural e de habitação.