INE: Proveitos já superaram total anual de 2019 nos primeiros 10 meses de 2022
O setor do alojamento turístico registou 2,6 milhões de hóspedes e 6,8 milhões de dormidas em outubro de 2022, correspondendo a variações de +23,4% e +23,5%, respetivamente, em relação ao mesmo mês de 2021 (+41,1% e +37,2% em setembro, pela mesma ordem), segundo divulga hoje o INE. Face a outubro de 2019, registaram-se aumentos de 5,0% e 6,2%, respetivamente.
As taxas líquidas de ocupação-cama e de ocupação-quarto nos estabelecimentos de alojamento turístico
(48,9% e 60,4%, respetivamente) foram ligeiramente superiores às de outubro de 2019 (48,4% e 59,6%, pela
mesma ordem).
Os proveitos totais cresceram 48,2%, tendo atingido 497,7 milhões de euros. Os proveitos de aposento
aumentaram 50,1%, com um valor de 370,6 milhões de euros. Comparando com outubro de 2019, registaram-se aumentos de 27,2% nos proveitos totais e 27,8% nos relativos a aposento.
O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 61,2 euros, em outubro, e o rendimento
médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 101,2 euros (+42,5% e +20,6% face a outubro de 2021, respetivamente). Em relação a outubro de 2019, o RevPAR aumentou 21,8% e o ADR cresceu 20,1%.
No conjunto dos primeiros 10 meses de 2022, considerando a generalidade dos meios de alojamento
(estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude),
registaram-se 25,4 milhões de hóspedes e 68,5 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de
90,9% e 90,3%, respetivamente. Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas diminuíram 1,7%
(+5,6% nos residentes e -5,4% nos não residentes).
Em outubro, as dormidas de não residentes superaram as registadas no mesmo mês de 2019
O setor do alojamento turístico registou 2,6 milhões de hóspedes e 6,8 milhões de dormidas em outubro de
2022, correspondendo a aumentos de 23,4% e 23,5%, respetivamente (+41,1% e +37,2% em setembro, pela
mesma ordem). Face a outubro de 2019, registaram-se aumentos de 5,0% e 6,2%, respetivamente.
Em outubro, o mercado interno contribuiu com 1,8 milhões de dormidas, tendo diminuído 2,7%. Os mercados
externos predominaram (peso de 72,7%) e totalizaram 4,9 milhões de dormidas (+37,3%). Comparando com
outubro de 2019, registaram-se aumentos de 21,0% nas dormidas de residentes e de 1,5% nas de não
residentes, correspondendo, neste último caso, ao maior crescimento mensal face a 2019.
No conjunto dos primeiros 10 meses de 2022, as dormidas aumentaram 97,3% (+23,7% nos residentes e
+177,9% nos não residentes). Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas decresceram 1,6%, como consequência da diminuição das dormidas de não residentes (-6,0%) dado que as de residentes cresceram 9,0%
Dormidas de residentes na RA Madeira praticamente duplicaram face a 2019
Em outubro de 2022, registaram-se aumentos das dormidas em todas as regiões. O Algarve concentrou 28,2% das dormidas, seguindo-se a AM Lisboa (26,6%) e o Norte (16,5%).
Comparando com outubro de 2019, apenas o Algarve ficou abaixo do nível então observado (-1,3%). Os maiores aumentos ocorreram na RA Madeira (+25,0%) e na RA Açores (+17,5%). Relativamente às dormidas de residentes, observaram-se aumentos em todas as regiões, destacando-se a RA Madeira (+97,1%), seguida do Algarve (+24,8%), Alentejo (+23,9%) e Norte (+20,1%). As dormidas de não residentes aumentaram na RA Açores (+21,4%), RA Madeira (+15,4%), Norte (+7,9%) e AM Lisboa (+2,5%) e diminuíram no Centro (-9,5%), Algarve (-4,9%) e Alentejo (-3,4%).
Dormidas de não residentes em Albufeira mantiveram-se abaixo do nível de 2019
Em outubro de 2022, o município de Lisboa atingiu 1,3 milhões de dormidas (quota de 19,8% do total).
Comparando com outubro de 2019, as dormidas aumentaram 2,5% (+4,6% nos residentes e +2,2% nos não
residentes).
Em Albufeira, registaram-se 732,9 mil dormidas (peso de 10,9% do total), o que representa uma redução de
9,1% face a outubro de 2019 (+15,0% nos residentes e -12,0% nos não residentes).
O Funchal representou 7,7% do total de dormidas (522,5 mil), correspondendo a um acréscimo de 21,5%
(+82,8% nos residentes e +14,2% nos não residentes) em comparação com outubro de 2019.
No Porto, registaram-se 496,6 mil dormidas (7,4% do total) em outubro, mais 9,9% face ao mesmo mês de 2019 (+22,1% nos residentes e +7,8% nos não residentes).
No conjunto dos primeiros 10 meses de 2022, face a igual período de 2019, o município de Lisboa registou
uma diminuição nas dormidas de 6,0% (-0,2% nos residentes e -7,0% nos não residentes). No município de
Albufeira, as dormidas decresceram 15,8% (-9,0% nos residentes e -17,7% nos não residentes). No município do Funchal verificou-se um aumento de 10,7% (+77,5% nos residentes e +2,7% nos não residentes) e no Porto um acréscimo de 3,8% (+8,2% nos residentes e +3,0% nos não residentes).
Taxas líquidas de ocupação superaram níveis de 2019
A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (48,9%) aumentou 6,5 p.p. em
outubro (+11,8 p.p. em setembro), face a igual período de 2021, ficando ligeiramente acima do valor observado em outubro de 2019 (48,4%).
Em outubro, as taxas líquidas de ocupação-cama mais elevadas registaram-se na RA Madeira (63,9%) e AM
Lisboa (62,0%). Os maiores acréscimos neste indicador, face a outubro de 2021, continuaram a verificar-se na AM Lisboa e no Norte (+12,9 p.p. e +6,6 p.p., respetivamente). Em relação a 2019, os maiores crescimentos foram registados na RA Açores (+14,5 p.p.) e RA Madeira (+13,1 p.p.), tendo diminuído 3,3 p.p. no Algarve e 3,0 p.p. no Centro.
A taxa líquida de ocupação-quarto nos estabelecimentos de alojamento turístico (60,4%) aumentou 9,3 p.p. em
outubro (+15,2 p.p. em setembro), ficando ligeiramente acima do valor registado em outubro de 2019 (59,6%).
Proveitos totais e de aposento mantiveram-se acima dos níveis de 2019
Os proveitos totais cresceram 48,2%, tendo atingido 497,7 milhões de euros. Os proveitos de aposento
aumentaram 50,1%, com um valor de 370,6 milhões de euros. Comparando com outubro de 2019, registaram-se aumentos de 27,2% nos proveitos totais e 27,8% nos relativos a aposento.
No conjunto dos primeiros 10 meses de 2022, os proveitos totais cresceram 126,9% e os relativos a aposento
aumentaram 128,6%. Comparando com igual período de 2019, verificaram-se aumentos de 15,6% e 16,7%,
respetivamente.
Em outubro, a AM Lisboa concentrou 35,5% dos proveitos totais e 38,1% dos relativos a aposento, seguindo-se o Algarve (24,5% e 22,2%, respetivamente) e o Norte (16,4% e 17,2%, pela mesma ordem).
Nos primeiros 10 meses de 2022, a evolução dos proveitos foi positiva nos três segmentos de alojamento.
Comparando com o mesmo período de 2019, os proveitos totais na hotelaria aumentaram 14,3% e os de
aposento cresceram 15,5% (pela mesma ordem, pesos de 87,3% e 85,6% no total do alojamento turístico). Nos estabelecimentos de alojamento local (quotas de 8,7% e 10,3%), registaram-se subidas de 13,1% e 14,0%, e no turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 4,0% e 4,1%, respetivamente) os aumentos atingiram 64,0% e 61,6%, pela mesma ordem.
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR)
atingiu 61,2 euros em outubro, tendo aumentado 42,5% face a outubro de 2021 (+63,2% em setembro) e 21,8% em comparação com o mesmo mês de 2019.
Os valores de RevPAR mais elevados foram registados na AM Lisboa (108,4 euros) e na RA Madeira (63,0 euros).
Este indicador aumentou 75,8% desde o início do ano, com crescimentos de 77,8% na hotelaria, 88,4% no
alojamento local e 18,6% no turismo no espaço rural e de habitação.
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR)
atingiu 101,2 euros em outubro, tendo crescido 20,6% em relação ao mesmo mês de 2021 (+26,6% em
setembro). Face a outubro de 2019, o ADR aumentou 20,1%.