Em maio, o setor do alojamento turístico registou 3,1 milhões de hóspedes (+9,4%) e 7,7 milhões de dormidas (+7,5%), gerando 660,8 milhões de euros de proveitos totais (+15,5%) e 505,9 milhões de euros de proveitos de aposento (+15,5%).
A Grande Lisboa continuou a ser a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (33% dos proveitos totais e 35,2% dos proveitos de aposento), seguida do Algarve (23,6% e 21,7%, respetivamente) e do Norte (16,9% e 17,5%, pela mesma ordem).
Todas as regiões registaram crescimentos nos proveitos, com os maiores aumentos a ocorrerem nos Açores (+26,3% nos proveitos totais e +28,5% nos de aposento), na Península de Setúbal (+23,8% e +25,5%, respetivamente), no Alentejo (+21,9% e +21,3%, pela mesma ordem) e na Madeira (+20,7% e +22,5%).
Em maio, o crescimento dos proveitos acelerou nos três segmentos de alojamento. Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (pesos de 86,7% e 85% no total do alojamento turístico, respetivamente) aumentaram ambos 14,4%.
Nos estabelecimentos de alojamento local, registaram-se aumentos de 22,5% nos proveitos totais e 21,8% nos proveitos de aposento (quotas de 9,6% e 11,4%, respetivamente).
No turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,7% nos proveitos totais e de aposento), os aumentos foram de 23,2% e 22,7%, respetivamente.
No período acumulado de janeiro a maio, os proveitos totais cresceram 12,2% e os relativos a aposento aumentaram 11,9%, em resultado do crescimento de 4,4% das dormidas neste período (+0,9% nos residentes e +5,9% nos não residentes). Em termos acumulados no ano, os proveitos totais atingiram 2,1 mil milhões de euros e os relativos a aposento ascenderam a 1,6 mil milhões de euros.
ADR atingiu novos máximos históricos na Grande Lisboa e no Norte
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 78,3 euros em maio, registando um aumento de 12% (-0,5% em abril). O valor de RevPAR mais elevado foi registado na Grande Lisboa (138,1 euros), tendo atingido um novo máximo histórico nesta região. Seguiu-se a Madeira com 92,5 euros.
Os maiores crescimentos ocorreram na Península de Setúbal (+22%) e nos Açores (+20,2%), enquanto os menos expressivos se verificaram no Centro (+3,4%), na Grande Lisboa (+10%) e no Norte (+10,1%).
Em maio, este indicador cresceu 13% na hotelaria (+0,6% em abril). No alojamento local e no turismo no espaço rural e de habitação, registaram-se crescimentos de, respetivamente, 10,9% e 14,1% (-4,2% e -2,6%, em abril, pela mesma ordem).
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 123 euros (+9,4%, após +4,1% em abril). A Grande Lisboa destacou-se com o valor mais elevado de ADR (171,4 euros), seguida do Norte (118,8 euros), tendo sido atingidos novos máximos históricos em ambas as regiões. Este indicador registou crescimento em todas as regiões, com os maiores aumentos a ocorrerem na Madeira (+18,4%), na Península de Setúbal (+14,2%) e na Grande Lisboa (+11,2%).
Em maio, o ADR cresceu em todos os segmentos, +9,5% na hotelaria (+3,9% em abril), +9,6% no alojamento local (+3,5% em abril) e +8,5% no turismo no espaço rural e de habitação (+11,8% em abril).
Do total de 7,7 milhões de dormidas (+7,5%) nos estabelecimentos de alojamento turístico, 61,4% concentraram-se nos 10 municípios com maior número de dormidas em maio.
O município de Lisboa concentrou 19,8% do total de dormidas, atingindo 1,5 milhões (+5,4%, após +0,9% em abril). As dormidas de residentes decresceram ligeiramente (-0,2%), tendo as dormidas de não residentes apresentado um aumento de 6,3%. Este município concentrou 22,9% do total de dormidas de não residentes em maio.
Albufeira foi o segundo município em que se registaram mais dormidas (819,4 mil dormidas, peso de 10,7%), voltando a registar um aumento (+3,3%), após o decréscimo de 13,4% no mês anterior. As dormidas de residentes tiveram o crescimento mais expressivo (+14,3%) entre os principais municípios, enquanto as de não residentes registaram um acréscimo mais modesto (+1,8%).
No Porto, as dormidas totalizaram 616,1 mil (8% do total), tendo-se observado um crescimento de 7,8% (-0,5% em abril), com o contributo das dormidas de não residentes (+9,2%), dado que as de residentes decresceram 0,5%.
O Funchal (561,8 mil dormidas, peso de 7,3%) apresentou um crescimento de 5,0% (+0,6% em abril), para o qual contribuíram as dormidas de não residentes (+6,7%), tendo em conta que as dormidas de residentes diminuíram 6,3%.
Em todos os 10 municípios com maior número de dormidas em maio, as dormidas de não residentes superaram as dos residentes.
Entre os 10 principais municípios, Ponta Delgada continuou a destacar-se com o maior crescimento (+18,3%), para o qual contribuíram as evoluções positivas das dormidas de residentes (+6,8%) e, sobretudo, as de não residentes (+25%).
Face aos crescimentos das dormidas registados em Portugal, em maio de 2024 destacaram-se, entre os principais, os municípios de Ponta Delgada, Portimão e Porto, em termos de dormidas de não residentes. Por sua vez, Albufeira, Loulé e Cascais foram os que se mais se distanciaram positivamente da média nacional em termos de crescimento das dormidas de residentes.