INE: Rendimento médio por quarto ocupado aumentou 5,3% face a fevereiro 2020

O setor do alojamento turístico registou 1,2 milhões de hóspedes e 2,9 milhões de dormidas em fevereiro de 2022, correspondendo a aumentos de 507,0% e 527,1%, respetivamente, superiores aos registados em janeiro passado, +182,3% e +185,0%, pela mesma ordem, segundo os dados divulgados pelo INE. Os níveis atingidos em fevereiro de 2022 foram, no entanto, inferiores aos observados em fevereiro de 2020, quando ainda não havia efeitos da pandemia, com reduções de 21,2% nos hóspedes e 23,1% nas dormidas.

Em fevereiro, o mercado interno contribuiu com 1,2 milhões de dormidas e os mercados externos totalizaram 1,8 milhões. Face a fevereiro de 2020, registaram-se diminuições quer nas dormidas de residentes (-11,1%), quer nas de não residentes (-29,2%).

Os proveitos dos estabelecimentos de alojamento turístico atingiram 153,7 milhões de euros no total, dos quais 111,0 milhões de euros relativamente a aposento. Comparando com fevereiro de 2020, os proveitos totais decresceram 20,9% e os relativos a aposento diminuíram 19,5%.

O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 24,3 euros em fevereiro (15,6 euros em janeiro). O rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 68,3 euros em fevereiro (66,6 euros em janeiro). Face a fevereiro de 2020, o RevPAR diminuiu 15,0% e o ADR aumentou 5,3%.

Nos primeiros dois meses do ano, verificou-se um aumento de 322,4% das dormidas totais (+168,3% nos residentes e +597,9% nos não residentes). Comparando com o mesmo período de 2020, as dormidas diminuíram 30,4% (-15,4% nos residentes e -37,9% nos não residentes). Neste período, os proveitos registaram crescimentos de 408,5% no total e 393,2% relativos a aposento. Comparando com o mesmo período de 2020, os proveitos totais diminuíram 29,4% e os de aposento recuaram 28,6%.

Nos primeiros dois meses do ano, considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 2,2 milhões de hóspedes e 5,4 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 307,0% e 282,3%, respetivamente.

Mercados interno e externos mantêm crescimento em fevereiro

O setor do alojamento turístico registou 1,2 milhões de hóspedes e 2,9 milhões de dormidas em fevereiro de 2022, refletindo-se em crescimentos de 507,0% e 527,1%, respetivamente (+182,3% e +185,0%, pela mesma ordem, em janeiro). Face ao mês de fevereiro de 2020, os hóspedes diminuíram 21,2% e as dormidas decresceram 23,1%.

O mercado interno contribuiu com 1,2 milhões de dormidas e aumentou 251,8%. Os mercados externos predominaram (peso de 60,7%) e totalizaram 1,8 milhões de dormidas (+1 173,3%). Comparando com o mês de fevereiro de 2020, observaram-se diminuições quer nas dormidas de residentes (-11,1%), quer nas de não residentes (-29,2%).

Nos primeiros dois meses do ano, verificou-se um aumento de 322,4% das dormidas totais (+168,3% nos residentes e +597,9% nos não residentes). Comparando com o mesmo período de 2020, as dormidas diminuíram 30,4% (-15,4% nos residentes e -37,9% nos não residentes).

Aumento expressivo das dormidas em todas as regiões

Em fevereiro, registaram-se aumentos das dormidas em todas as regiões. A AM Lisboa concentrou 29,2% das dormidas, seguindo-se o Algarve (20,3%), o Norte (18,1%) e a RA Madeira (13,5%).

Comparando com o mês de fevereiro de 2020, todas a regiões apresentaram diminuição do número de dormidas, com realce para a evolução no Algarve (-29,3%), RA Açores e RA Madeira (-26,5% em ambas).

Relativamente às dormidas de residentes, a RA Madeira foi a única a registar aumento do número de dormidas (+17,8%), sendo de realçar o decréscimo no Algarve (-20,7%). Em termos de dormidas de não residentes, verificaram-se diminuições superiores a 20% em todas as regiões, sendo mais notórias na RA Açores (-45,4%) e no Centro (-35,8%).

Município de Lisboa concentrou mais de ¼ das dormidas de não residentes em fevereiro

Em fevereiro, Lisboa registou 647,2 mil dormidas (22,0% do total). Comparando com o mês de fevereiro de 2020, as dormidas diminuíram 25,2% (-12,9% nos residentes e -28,0% nos não residentes). O município de Lisboa concentrou 28,5% do total de dormidas de não residentes registadas no país em fevereiro de 2022.

No Funchal (10,0% do total), registaram-se 293,1 mil dormidas em fevereiro. Face a fevereiro de 2020, registouse uma redução de 27,5% (+26,9% nos residentes e -33,2% nos não residentes).

As dormidas no município do Porto (7,0% do total) totalizaram 206,3 mil. Face a fevereiro de 2020, registou-se uma redução de 25,2% (-7,6% nos residentes e -30,4% nos não residentes).

Taxas líquidas de ocupação aumentaram

A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (29,1%) aumentou 20,5 p.p. em fevereiro (+9,1 p.p. em janeiro). Em fevereiro de 2020, a taxa líquida de ocupação-cama tinha sido 35,2%.

Em fevereiro, as taxas de ocupação-cama mais elevadas registaram-se na RA Madeira (44,5%) e AM Lisboa (35,1%), correspondendo também aos maiores acréscimos neste indicador (+35,2 p.p. e +25,7 p.p., respetivamente).

A taxa líquida de ocupação-quarto nos estabelecimentos de alojamento turístico (35,5%) aumentou 23,2 p.p. em fevereiro (+10,4 p.p. em janeiro). Em fevereiro de 2020, a taxa líquida de ocupação-quarto tinha sido 44,0%.

Proveitos diminuíram cerca de 20% face a fevereiro de 2020

Em fevereiro, os proveitos registados nos estabelecimentos de alojamento turístico atingiram 153,7 milhões de euros no total e 111,0 milhões de euros relativamente a aposento. Comparando com fevereiro de 2020, os proveitos totais decresceram 20,9% e os relativos a aposento diminuíram 19,5%.

Nos primeiros dois meses do ano, os proveitos registaram crescimentos de 408,5% no total e 393,2% relativos a aposento. Comparando com o mesmo período de 2020, os proveitos totais diminuíram 29,4% e os de aposento recuaram 28,6%.

A AM Lisboa concentrou 32,4% dos proveitos totais e 34,4% dos relativos a aposento em fevereiro, seguindo-se o Norte (18,2% e 18,6%, respetivamente) e o Algarve (17,5% e 16,1%, pela mesma ordem).

Nos primeiros dois meses do ano, a evolução dos proveitos foi positiva nos três segmentos de alojamento.

Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento aumentaram 438,3% e 426,9%, respetivamente (peso de 86,4% e 84,2% no total do alojamento turístico, pela mesma ordem).

Considerando as mesmas variáveis, os estabelecimentos de alojamento local (quotas de 9,6% e 11,6%) apresentaram subidas de 276,0% e 262,6% e o turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 4,0% e 4,2%) registou aumentos de 277,8% e 283,8%.

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 24,3 euros em fevereiro, tendo aumentado 318,4% (+120,6% em janeiro). Em fevereiro de 2020, o RevPAR tinha sido 28,5 euros.

Os valores de RevPAR mais elevados foram registados na AM Lisboa (34,4 euros) e RA Madeira (33,8 euros).

Desde o início do ano, este indicador aumentou 203,0% e registou crescimentos de 216,9% na hotelaria, 157,2% no alojamento local e 109,0% no turismo no espaço rural e de habitação.

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 68,3 euros em fevereiro, tendo crescido 44,8% (+22,4% em janeiro). Face a fevereiro de 2020, o ADR aumentou 5,3%.