INE: Rendimento médio por quarto ocupado foi superior em março ao do período pré-pandemia

O setor do alojamento turístico registou 1,6 milhões de hóspedes e 4,0 milhões de dormidas em março de 2022, correspondendo a aumentos de 464,1% e 543,2%, respetivamente (+503,8% e +523,5% em fevereiro, pela mesma ordem). Os níveis atingidos em março de 2022 mantiveram-se, no entanto, inferiores aos observados antes da pandemia, com reduções de 15,3% nos hóspedes e 12,7% nas dormidas face a março de 2019.

Em março, o mercado interno contribuiu com 1,3 milhões de dormidas e os mercados externos com 2,7 milhões. Face a março de 2019, registaram-se diminuições nas dormidas de não residentes (-16,5%) e, em menor grau, nas de residentes (-3,6%).

Os proveitos dos estabelecimentos de alojamento turístico atingiram 233,9 milhões de euros no total, dos quais 168,8 milhões de euros relativamente a aposento. Comparando com março de 2019, os proveitos totais e os relativos a aposento decresceram 5,8%.

O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 31,3 euros em março (24,3 euros em fevereiro). O rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 74,3 euros em março (68,0 euros em fevereiro). Face a março de 2019, o RevPAR diminuiu 7,4% e o ADR aumentou 4,4%.

No primeiro trimestre de 2022, as dormidas totais aumentaram 398,5% (+176,2% nos residentes e +845,6% nos não residentes). Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas decresceram 18,8% (-1,6% nos residentes e -26,4% nos não residentes). Neste período, os proveitos registaram crescimentos de 536,4% no total e 509,2% relativos a aposento. Comparando com o primeiro trimestre de 2019, os proveitos totais diminuíram 15,7% e os de aposento recuaram 14,6%.

No primeiro trimestre do ano, considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 3,9 milhões de hóspedes e 9,7 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 356,6% e 346,8%, respetivamente.

Hóspedes e dormidas mantiveram crescimento, embora com redução face ao período homólogo de 2019

O setor do alojamento turístico registou 1,6 milhões de hóspedes e 4,0 milhões de dormidas em março de 2022, refletindo-se em crescimentos de 464,1% e 543,2%, respetivamente (+503,8% e +523,5%, pela mesma ordem, em fevereiro). Face a março de 2019, os hóspedes diminuíram 15,3% e as dormidas decresceram 12,7%.

Em março, o mercado interno contribuiu com 1,3 milhões dormidas e aumentou 191,5% e os mercados externos contribuíram com 2,7 milhões de dormidas (+1 435,6%). Comparando com março de 2019, observaram-se diminuições nas dormidas de não residentes (-16,5%) e, em menor grau, nas de residentes (-3,6%).

No primeiro trimestre do ano, registou-se um aumento de 398,5% nas dormidas totais (+176,2% nos residentes e +845,6% nos não residentes). Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas decresceram 18,8%, principalmente como consequência da diminuição dos não residentes (-26,4%) dado que os residentes registaram uma diminuição inferior (-1,6%).

Aumento expressivo das dormidas em todas as regiões

Em março, registaram-se aumentos das dormidas em todas as regiões. A AM Lisboa concentrou 30,1% das dormidas, seguindo-se o Algarve (21,8%), o Norte (16,7%) e a RA Madeira (14,2%).

Comparando com março de 2019, todas a regiões apresentaram diminuição do número de dormidas, mais acentuada no Algarve (-18,8%) e AM Lisboa (-16,2%). Relativamente às dormidas de residentes, registaram-se aumentos na RA Madeira (+50,5%) e RA Açores (+4,0%), sendo de realçar o decréscimo no Algarve (-19,5%). Em termos de dormidas de não residentes, o Alentejo registou um aumento (+2,1%) e verificaram-se diminuições nas restantes regiões, sendo mais notórias no Centro (-22,4%) e na RA Açores (-21,1%).

Município de Lisboa concentrou mais de ¼ das dormidas de não residentes em março

Em março, o município de Lisboa registou 922,0 mil dormidas (22,9% do total). Comparando com março de 2019, as dormidas diminuíram 18,2% (-9,6% nos residentes e -20,0% nos não residentes). Lisboa concentrou 27,5% do total de dormidas de não residentes registadas no país em março de 2022.

No Funchal (10,4% do total), registaram-se 417,4 mil dormidas em março. Face a março de 2019, as dormidas diminuíram 3,3% (+61,4% nos residentes e -9,9% nos não residentes).

As dormidas no município de Albufeira (7,5% do total) totalizaram 300,9 mil. Face a março de 2019, registou-se uma redução de 33,9% (-38,4% nos residentes e -33,2% nos não residentes).

No Porto (7,3% do total), registaram-se 292,3 mil dormidas em março, que se traduziram num decréscimo de 11,1% face ao mesmo mês de 2019 (-7,5% nos residentes e -12,1% nos não residentes).

No primeiro trimestre do ano, comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas em Lisboa diminuíram 29,0% (-16,9% nos residentes e -31,7% nos não residentes). Neste período, as dormidas no Funchal decresceram 16,3% (+45,6% nos residentes e -22,3% nos não residentes) e no Porto diminuíram 21,3% (-9,9% nos residentes e -24,7% nos não residentes).

Taxas líquidas de ocupação aumentaram

A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (33,4%) aumentou 23,3 p.p. em março (+20,5 p.p. em fevereiro). Em março de 2019, a taxa líquida de ocupação-cama tinha sido 38,6%.

Em março, as taxas de ocupação-cama mais elevadas registaram-se na RA Madeira (54,2%) e AM Lisboa (43,7%), correspondendo também aos maiores acréscimos neste indicador (+41,5 p.p. e +33,2 p.p., respetivamente).

A taxa líquida de ocupação-quarto nos estabelecimentos de alojamento turístico (42,0%) aumentou 27,6 p.p. em março (+23,4 p.p. em fevereiro). Em março de 2019, a taxa líquida de ocupação-quarto tinha sido 47,4%.

Proveitos diminuíram 5,8% face a março de 2019

Em março, os proveitos registados nos estabelecimentos de alojamento turístico atingiram 233,9 milhões de euros no total e 168,8 milhões de euros relativamente a aposento. Comparando com março de 2019, os proveitos totais e os relativos a aposento decresceram 5,8%.

No primeiro trimestre de 2022, os proveitos cresceram 536,4% no total e 509,2% relativos a aposento.

Comparando com o mesmo período de 2019, os proveitos totais diminuíram 15,7% e os de aposento recuaram 14,6%.

A AM Lisboa concentrou 35,2% dos proveitos totais e 37,3% dos relativos a aposento em março, seguindo-se o Algarve (18,8% e 17,4%, respetivamente) e o Norte (16,2% e 16,8%, pela mesma ordem).

No primeiro trimestre do ano, a evolução dos proveitos foi positiva nos três segmentos de alojamento.

Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento aumentaram 582,2% e 560,2%, respetivamente (pesos de 87,0% e 84,8% no total do alojamento turístico, pela mesma ordem).

Considerando as mesmas variáveis, os estabelecimentos de alojamento local (quotas de 9,3% e 11,3%) apresentaram subidas de 357,0% e 339,4% e o turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,7% e 3,8%) registou aumentos de 301,8% e 288,9%.

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 31,3 euros em março, tendo aumentado 324,3% (+318,9% em fevereiro). Face a março de 2019 (33,7 euros), o RevPAR diminuiu 7,4%.

Os valores de RevPAR mais elevados foram registados na AM Lisboa (50,2 euros) e RA Madeira (45,7 euros).

Desde o início do ano, este indicador aumentou 252,4%, com crescimentos de 270,8% na hotelaria, 201,5% no alojamento local e 106,2% no turismo no espaço rural e de habitação.

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 74,3 euros em março, tendo crescido 45,7% (+44,2% em fevereiro). Face a março de 2019, o ADR aumentou 4,4%.