No conjunto do ano de 2024, as viagens realizadas pelos residentes decresceram 3,2% 1 e atingiram um total de 22,9 milhões, segundo os dados do INE. As viagens nacionais diminuíram 4,7%, refletindo os decréscimos expressivos dos dois primeiros trimestres do ano, mas as viagens ao estrangeiro cresceram 6,2%, atingindo um máximo histórico.
O alojamento particular gratuito manteve-se como principal meio de alojamento utilizado, embora perdendo alguma expressão (59,4%, -1,9 p.p. face a 2023). A duração média das viagens foi de 4,07 noites (4,08 noites em 2023).
Espanha (40,6%; -1,0 p.p.), França (9,5%, -0,6 p.p.) e Itália (6,2%, -0,7 p.p.), apesar da perda de representatividade, mantiveram-se como os principais países de destino nas deslocações dos residentes ao estrangeiro.
No 4º trimestre de 2024, os residentes em Portugal realizaram 5,3 milhões de viagens, o que correspondeu a um crescimento de 3,1% (+2,6% no 3ºT 2024). As viagens em território nacional corresponderam a 86,2% das deslocações (4,6 milhões), tendo aumentado 2,5%. As viagens com destino ao estrangeiro cresceram 7,0% (+9,8% no 3ºT 2024), totalizando 731,5 mil viagens, o que correspondeu a 13,8% do total.
Viagens turísticas dos residentes ao estrangeiro registaram máximo histórico em 2024
No 4º trimestre de 2024, as viagens dos residentes continuaram a aumentar (+3,1% face a igual período de 2023; +2,6% no 3ºT 2024), totalizando 5,3 milhões de viagens. Este aumento reflete os acréscimos nas deslocações em território nacional (+2,5%; +1,4% no 3ºT 2024) e para o estrangeiro (+7,0%; +9,8% no 3ºT de 2024).
No 4º trimestre de 2024, 86,2% das deslocações dos residentes (84,2% no trimestre anterior) ocorreram em território nacional, totalizando 4,6 milhões de viagens, enquanto as restantes 731,5 mil tiveram como destino o estrangeiro (13,8% do total; 15,8% no trimestre anterior). O número de viagens aumentou nos meses de outubro e novembro (+5,2% e +14,9%, respetivamente), mas decresceu em dezembro (-3,7%). Na totalidade do ano de 2024 (resultados provisórios), realizaram-se 22,9 milhões de viagens, -3,2% face ao ano anterior.
Viagens por motivos “profissionais ou de negócios” registaram o maior decréscimo face a 2023
A “visita a familiares ou amigos” foi a principal motivação para viajar no 4º trimestre de 2024, totalizando 2,5 milhões de viagens (-4,1%), tendo estado na origem de 47,2% do total de viagens (-3,6 p.p. face ao 4ºT 2023).
O motivo “lazer, recreio ou férias” esteve associado a 2,0 milhões de viagens realizadas (+7,5%), o que representou 37,7% do total (+1,5 p.p. face ao 4ºT 2023). As viagens por motivos “profissionais ou de negócios” (412,3 mil), que corresponderam a 7,8% do total (-0,9 p.p.), decresceram 7,6%.
Considerando a totalidade das viagens realizadas ao longo de 2024, o principal motivo para viajar foi o “lazer, recreio ou férias” (50,9%), correspondendo a 11,7 milhões de viagens (-1,7% face a 2023). A “visita a familiares ou amigos” foi o segundo principal motivo para viajar, originando 37,7% das viagens (8,6 milhões de viagens, -4,5% face a 2023. Os motivos “profissionais ou de negócios” representaram 6,5% do total (1,5 milhões de viagens), e registaram o maior decréscimo face a 2023, -12,9%
Mais de metade das viagens ao estrangeiro no 4ºT 2024 foram por motivos de “lazer, recreio ou férias”
No 4º trimestre de 2024, o motivo “visita a familiares ou amigos” esteve na origem de mais de metade das viagens nacionais (2,3 milhões; peso de 51,0%), tendo sido o segundo principal motivo das viagens ao estrangeiro (172,1 mil viagens; peso de 23,5%). O “lazer, recreio ou férias” foi o principal motivo das deslocações ao estrangeiro (432,6 mil viagens; peso de 59,1%) e o segundo motivo nas viagens em território nacional (1,6 milhões de viagens; peso de 34,2%). Os motivos “profissionais ou de negócios” foram a terceira principal razão
dos residentes para viajar nas deslocações ao estrangeiro (15,4%; 112,6 mil viagens).
No total do ano de 2024, as viagens nacionais decresceram 4,7%, representando 85,0% do total (-1,3 p.p.), a maioria para “lazer, recreio ou férias” (peso de 47,5%, +0,3 p.p.). As viagens ao estrangeiro aumentaram 6,2%, predominando também o motivo “lazer, recreio ou férias” (peso de 70,3%; +2,1 p.p.).
Centro e Norte reforçaram as 1ª e 2ª posições como principais destinos das viagens nacionais em 2024
Na totalidade do ano de 2024, a região Centro manteve-se principal destino das viagens realizadas em território nacional, concentrando 29,9% do total de deslocações (+0,1 p.p. face a 2023). Seguiu-se a região Norte (25,0% do total), com maior ganho de representatividade face ao ano anterior (+1,3 p.p.). Em sentido inverso, destacou-se a AM Lisboa, que recuou ara 14,9% face aos 17,3% de 2023.
Viagens dentro da União Europeia representaram 71,5% do total de viagens ao estrangeiro
No total do ano 2024, Espanha, França e Itália ocuparam novamente as 1ª, 2ª e 3ª posições como principais destinos nas deslocações ao estrangeiro, com quotas de, respetivamente, 40,6% (-1,0 p.p.), 9,5% (-0,6 p.p.) e 6,2% (-0,7 p.p.). Entre as viagens realizadas ao estrangeiro, as que tiveram como destino o conjunto dos países da União Europeia aumentaram 1,8%, representando 71,5% do total (-3,1 p.p.).
Marcação prévia de serviços reforçou expressão nas viagens dos residentes em 2024, em ambos os destinos
No 4º trimestre de 2024, os residentes recorreram à marcação prévia de serviços em 34,6% das viagens realizadas (-0,7 p.p.). Nas deslocações com destino ao estrangeiro esta foi a opção em 92,4% das viagens, enquanto nas deslocações em território nacional apenas 25,4% (-1,1 p.p.) teve a marcação prévia de serviços.
A internet foi utilizada no processo de organização de 25,6% das deslocações (+0,9 p.p.), tendo este recurso sido opção em 73,9% (+1,0 p.p.) das viagens para o estrangeiro e 17,9% (+0,6 p.p.) das viagens em território nacional.
No total do ano 2024, os residentes optaram por recorrer a serviços de marcação prévia em 41,0% do total das viagens (+2,1 p.p. face a 2023), sendo que nas viagens ao estrangeiro esta foi a opção em 93,3% (+1,0 p.p.) das situações. O recurso à internet ocorreu em 28,1% (+2,4 p.p.) das viagens, 20,8% nas que tiveram como destino Portugal (+1,6 p.p.) e 69,6% nas viagens ao estrangeiro (+2,7 p.p.).
“Hotéis e similares” reforçaram a sua expressão nas viagens com dormida
O “alojamento particular gratuito” manteve-se como a principal opção de alojamento nas viagens dos residentes (70,8% das dormidas) no 4ºT 2024, apesar da diminuição de peso no total (-2,2 p.p.). Os “hotéis e similares” foram a segunda principal opção de alojamento, concentrando 21,5% das dormidas (3,6 milhões). Este tipo de alojamento representou 47,9% das dormidas em viagens por “motivos profissionais ou de negócios” e 41,9% das viagens motivadas por “lazer, recreio ou férias”.
No ano 2024, as dormidas em “alojamento particular gratuito” corresponderam a 59,4% (61,3% em 2023) e decresceram 6,6%. Os “hotéis e similares” concentraram 24,6% do total das dormidas (+1,0 p.p. face a 2023), enquanto o alojamento “particular pago” representou 12,0% do total.
Diminuição da duração média das viagens
No 4º trimestre de 2024, cada viagem teve uma duração média de 3,19 noites (3,29 no 4ºT 2023). A duração média mais baixa foi registada no mês de novembro (2,50 noites), enquanto a mais elevada ocorreu em dezembro (3,65 noites).
No total do ano 2024, cada viagem teve uma duração média de 4,07 noites (4,08 noites em 2023).
Diminuição da proporção de turistas residentes no trimestre
No 4º trimestre de 2024, 20,1% dos residentes realizaram pelo menos uma deslocação turística, refletindo um decréscimo de 1,8 p.p. face ao mesmo período do ano anterior. Numa análise mensal, e em termos homólogos, a proporção de residentes que realizou pelo menos uma viagem diminuiu em dezembro (-0,4 p.p.), mas aumentou em outubro e novembro (+0,3 p.p. e +0,8 p.p., respetivamente).
Na globalidade do ano 2024, 48,7% da população residente em Portugal efetuou pelo menos uma viagem turística, recuando 3,0 p.p. face a 2023 (menos 138,6 mil turistas).