INE: Viagens turísticas de residentes diminuíram 20,0% no 1º trimestre de 2020

No 1º trimestre de 2020, os residentes em Portugal realizaram 3,7 milhões de viagens, o que correspondeu a um decréscimo de 20,0%1, após +9,3% no 4ºT 2019, revela o INE. O impacto da pandemia COVID-19 e a declaração do Estado de Emergência no mês de março contribuíram para o decréscimo de 70,0% nesse mês, que justificou a diminuição observada no trimestre, dado que em janeiro e fevereiro as deslocações tinham aumentado 8,4% e 5,2%, respetivamente.

Apesar desse decréscimo, verificou-se um aumento muito significativo do número de noites passadas fora do ambiente habitual pelos turistas em março: 9,2 noites, face a 3,96 em fevereiro e 3,86 em janeiro.

No 1º trimestre de 2020, 88,1% das viagens decorreram em território nacional, diminuindo 19,6%. As viagens turísticas com destino ao estrangeiro (11,9% do total) totalizaram 444,2 mil (-22,9% no total do trimestre), tendo diminuído 81,9% no mês de março (+18,3% em fevereiro e +5,3% em janeiro).

O “lazer, recreio ou férias” foi a principal motivação para viajar no 1º trimestre de 2020 (1,5 milhões de viagens, -14,6%), reforçando a sua representatividade (40,8% do total, face a 38,2% no trimestre homólogo). O motivo “visita a familiares ou amigos” correspondeu a 1,5 milhões de viagens (39,3% do total, -5,0 p.p.2), diminuindo 29,1%.

Os “hotéis e similares” concentraram 21,2% das dormidas resultantes das viagens turísticas no 1º trimestre de 2020, perdendo peso no total (-3,7 p.p.). O “alojamento particular gratuito” manteve-se como a principal opção de alojamento (73,9% das dormidas), sendo o único tipo de alojamento a reforçar a sua representatividade.

Diminuição significativa do número de viagens
No 1º trimestre de 2020, os residentes em Portugal realizaram 3,7 milhões de viagens, o que correspondeu a um decréscimo de 20,0% (+9,3% no 4ºT 2019). O impacto da pandemia COVID-19 e a declaração do Estado de Emergência no mês de março contribuíram para o decréscimo de 70,0% nesse mês, que justificou a diminuição observada no trimestre, dado que em janeiro e fevereiro as deslocações tinham aumentado 8,4% e 5,2%, respetivamente.

No 1º trimestre de 2020, 88,1% das deslocações corresponderam a viagens em território nacional (3,3 milhões), diminuindo 19,6% (variações de +8,9% em janeiro, +3,6% em fevereiro e -68,2% em março). As viagens turísticas com destino ao estrangeiro (11,9% do total) totalizaram 444,2 mil (-22,9%) com o mês de março a registar um decréscimo de 81,9%, contrariando os aumentos de 5,3% e 18,3% em janeiro e fevereiro, respetivamente.

O “lazer, recreio ou férias” foi a principal motivação para viajar no 1º trimestre de 2020 (1,5 milhões de viagens, -14,6%), tendo a sua representatividade aumentado (40,8% do total, face a 38,2% no trimestre homólogo). O motivo “visita a familiares ou amigos” correspondeu a 1,5 milhões de viagens (39,3% do total, -5,0 p.p.), revelando o maior decréscimo (-29,1%). As viagens por motivos “profissionais ou de negócios” (472,4 mil) reduziram-se 24,6%, diminuindo o seu peso relativo em 0,8 p.p. (representando 12,6% do total).

“Lazer, recreio ou férias“ representou mais de metade das viagens ao estrangeiro
O motivo “visita a familiares ou amigos” manteve-se como principal justificação nas viagens nacionais (peso de 42,2%), mas com redução de 5,5 p.p. na sua representatividade. Pelo contrário, verificou-se um aumento de expressão das viagens por “lazer, recreio ou férias” (+2,1 p.p., 39,4% do total) e das viagens por “outros motivos” (+3,5 p.p., 8% do total). Nas viagens realizadas ao estrangeiro, o “lazer, recreio ou férias” correspondeu a mais de metade do total (51,3%), aumentando 6,4 p.p. no seu peso.

Recurso à internet na organização de viagens reforçou expressão em ambos os destinos
A proporção de viagens com marcação prévia de serviços foi 34,0% no 1º trimestre de 2020 (+2,8 p.p.), proporção que atingiu 91,4% (-2,5 p.p.) no caso de deslocações com destino ao estrangeiro. Nas viagens em território nacional, a marcação antecipada de serviços ocorreu em 26,2% dos casos (+3,9 p.p.).

A internet foi utilizada no processo de organização de 25,6% das deslocações (+5,5 p.p.), recurso este que ascendeu a 76,2% das viagens (+11,0 p.p.) com destino ao estrangeiro.

“Alojamento particular gratuito” aumentou representatividade
Os “hotéis e similares” concentraram 21,2% das dormidas resultantes das viagens turísticas no 1º trimestre de 2020, registando uma perda na sua representatividade (-3,7 p.p.). O “alojamento particular gratuito” foi o único tipo de alojamento que verificou um aumento na representatividade (+5,5 p.p., peso de 73,9% do total).

Número médio de noites por turista registou um aumento no trimestre
No 1º trimestre de 2020, registou-se uma média de 4,68 dormidas nas viagens de cada turista residente, evidenciando um acréscimo de 19,7% (3,91 no 1ºT 2019). Para o crescimento observado não deverá ser alheia a situação de pandemia provocada pelo COVID-19, isto porque, apesar do número de turistas ter reduzido significativamente no mês de março (mês onde foi declarado o Estado de Emergência), o número de noites passadas fora do ambiente habitual por esses mesmos turistas aumentou consideravelmente (9,2 noites em março, 3,96 em fevereiro e 3,86 em janeiro), contribuindo em grande medida para o crescimento observado no trimestre.

Proporção de turistas no trimestre com ligeiro decréscimo homólogo
A proporção de residentes que realizou pelo menos uma deslocação turística no 1º trimestre de 2020 foi 17,5%, refletindo um decréscimo de 1,7 pontos percentuais. Neste trimestre, o mês de março registou o único decréscimo homólogo em termos de peso de residentes que viajaram (-7,1 p.p.), uma vez que em janeiro e fevereiro foram registados acréscimos de 0,1 p.p. e 0,7 p.p., respetivamente.