ITB 2018 já abriu portas em Berlim e o lema é o turismo sustentável

O papel e responsabilidade do setor do turismo perante o desenvolvimento sustentável a uma escala global foi a mensagem central que o secretário-geral da Organização Mundial do Turismo (OMT), Zurab Pololikashvili, fez questão de passar na abertura da edição de 2018 da ITB Berlim. Num discurso realizado perante a chanceler alemã Angela Merkel, ministros do turismo de todo o mundo e outros líderes do setor, Pololikashvili sublinhou de que forma o turismo não só precisa de consolidar as atuas taxas de crescimento como também de “crescer melhor”.

Em 2017, os números de turistas internacionais aumentaram num recorde de 7% atingindo 1,3 biliões. A mensagem da OMT sublinha a necessidade de transformar estes números em benefícios para todas as pessoas e comunidades. “Não deixar ninguém para trás” é a referência para a verdadeira sustentabilidade, que deve também dissociar o crescimento do uso de recursos e colocar a resposta às alterações climáticas no centro da agenda do setor turístico.

“O crescimento sustentado do turismo traz imensas oportunidades para o bem-estar económico e o desenvolvimento”, disse o secretário-geral da OMT, alertando ao mesmo tempo para o facto de também trazer muitos desafios. “Adaptar os desafios da segurança, das mudanças de mercado constantes, da digitalização e dos limites dos nossos recursos naturais deve ser prioridade na nossa ação comum”, acrescentou.

Por sua vez, Angela Merkel referiu que “o turismo é um exemplo das oportunidades de globalização. O turismo aproxima as pessoas e cria bases para o crescimento”. A chanceler garantiu ainda que “estamos empenhados na Agenda 2030. Estamos empenhados no turismo sustentável”.

Zurab Pololikashvili fez questão de frisar que a educação e a criação de emprego, a inovação e tecnologia, a segurança; a sustentabilidade e as alterações climáticas são as prioridades do setor consolidar o seu contributo para o desenvolvimento sustentável e para a Agenda 2030. E realçou que “a cooperação entre o píublico/privado bem como a coordenação entre público/privado deve ser reforçada para traduzir o crescimento turístico em mais investimento, mais emprego e melhores meios de subsistência”.