IV Experiências Turísticas: “A questão da acessibilidade não pode ser entendida como uma questão de deficiência”

“Para quando o turismo acessível para todos?”: foi esta a pergunta que deu o mote à IV edição do Experiências Turísticas que decorreu ontem, na Escola Quinta de Fora, em Santo Tirso, organizado pela Escola Profissional Agrícola Conde S. Bento e pelo curso profissional de turismo ambiental e rural.

Subordinado ao tema “Turismo Acessível – Turismo para Todos”, a iniciativa contou com dois painéis: “As cidades, os espaços públicos e as infraestruturas públicas e turísticas”, com o arquiteto José António Lopes, a Places4all, representada pela pessoa de Hugo Vilela, e a Associação Salvador, com o testemunho de Salvador Mendes de Almeida, fundador da Associação, e “Boas práticas e destinos turísticos”, com a intervenção da intérprete Ana Bela Baltazar, Zé Luís Rebel, da Gestofilmes Studio e de Olívia Nogueira, da Watterlily, Turismo Especializado.

Durante a primeira sessão, “As cidades, os espaços públicos e as infraestruturas públicas e turísticas”, José António Lopes lembra que “a questão da acessibilidade não pode ser entendida como uma questão de deficiência”, sublinhando que, “em diversos momentos da vida, todos, alguma vez, experimentam dificuldades que decorrem da desadequação do meio às necessidades”.

Para o arquiteto, “não é aceitável que na sociedade civil perdure um tão continuado alheamento da acessibilidade”. Acrescenta ainda que, “de certeza que haveria um crescimento de turistas se os espaços fossem mais acessíveis, para além de ser mais confortável para os habitantes”.