José Theotónio admite “seis meses péssimos” até março de 2021 e recuperação no 2º semestre

Em entrevista ao jornal Expresso, José Theotónio, CEO do Grupo Pestana, reconhece que até março de 2021 esperam-se “seis meses péssimos” e que a recuperação do turismo deverá arrancar no segundo semestre do próximo ano, sendo esse o cenário em que a cadeia hoteleira está a basear-se para preparar a operação de 2021.

O responsável explica que “o mês de outubro foi pior do que setembro e novembro está a ser uma verdadeira desgraça”. E que acredita que após a Páscoa, no início de abril e com a entrada da primavera, “comece a haver alguma animação”. E acrescenta: “se tudo correr bem (…) acredito que o verão de 2021 possa ter um movimento maior e trazer algum mercado internacional que possa dar alento ao setor”.

O Grupo Pestana deverá ter uma quebra superior a 200 milhões de euros na hotelaria, prevendo um resultado líquido negativo mas um EBITDA positivo.

José Theotónio adianta que “não vale a pena ter hotéis abertos se não há mercado”, e que das 60 unidades que o grupo tem em Portugal, cerca de 40 deverão estar encerrados, ficando ainda oito Pousadas abertas. Conta ainda com sete novas unidades prontas mas que ainda não abriram por causa da pandemia.