Jupiter Hotel Group: “A primeira fase da recuperação poderá ocorrer no segundo semestre de 2021”

Depois de um verão totalmente atípico, no contexto da atual pandemia da Covid-19, Ambitur.pt está a falar com os grupos hoteleiros nacionais para tentar perceber as suas projeções e realidades.

No Jupiter Hotel Group, que conta com três hotéis no Algarve e um em Lisboa, a retoma da atividade está a correr de uma forma muito lenta, ao nível do mercado internacional”, afirma Nuno Arez, diretor comercial do grupo, explicando que “estamos em linha com a estratégia e precisões de ocupação delineadas aquando da decisão da abertura das unidades”.

Jupiter Marina Hotel

O verão foi essencialmente movimentado pelo mercado ibérico, e maioritariamente o mercado interno, admite o responsável, em declarações à Ambitur.pt. Isto porque se assistiu a uma “diminuição muito considerável da procura turística externa, com destaque para o Reino Unido”. Atualmente, adianta, “ainda subsiste muita incerteza sobre a evolução da pandemia, e os avanços e recuos na mobilidade”. Mas Nuno Arez aponta para que o Jupiter Hotel Group termine 2020 com uma quebra de vendas na ordem dos 65%, em comparação com o ano anterior.

Para já, o grupo hoteleiro irá encerrar duas unidades que, habitualmente, já fecham portas durante os meses de novembro a março: o Jupiter Marina Hotel e o Jupiter Albufeira Hotel. Até porque “as perspetivas parecem claramente desfavoráveis”, reconhece. O inverno já é, por tradição, um período de menor procura e de alguma quebra de preços, o que não beneficia o setor, recorda Nuno Arez. “A região do Algarve será das mais penalizadas com as restrições impostas pelo Reino Unido, visto que é o mercado com mais peso nesta região”, diz. E a tudo isto acresce a incerteza sobre a evolução da pandemia e a forma como a Europa vai continuar a lidar com este desafio.

Mas o diretor comercial do Jupiter Hotel Group quer acreditar que “o pior desta pandemia terá ficado para trás nos meses de março a junho de 2020”. E, apesar de ser tudo muito incerto, “pensamos que a primeira fase da recuperação poderá ocorrer no segundo semestre de 2021”. Nuno Arez está expectante de que a descoberta de uma vacina e o progressivo controlo do vírus, bem como a maior familiarização com as formas de proteção, possam gradualmente contribuir para uma maior normalização da procura turística para o próximo verão. “Desejamos que este processo seja relativamente linear e num crescendo de confiança”, afirma.