O diretor da Les Roches Marbella, Carlos Díez de la Lastra, participou na Conferência “Um Novo Olhar sobre o Turismo Residencial“, promovida pela APR – Associação Portuguesa de Resorts, no âmbito do Salão Imobiliário de Portugal, refletindo sobre a importância da qualificação para reerguer um setor profundamente afetado pela crise pandémica.
Carlos Díez de la Lastra concorda que “estamos a passar por uma das piores crises do turismo a nível mundial”, resultado da pandemia de Covid-19, e que esta é “uma crise muito dura” porque “passámos de um ano recorde a uma situação sem nenhumas receitas nem atividade”. No entanto, segundo o responsável, a Organização Mundial de Turismo (OMT) estima que “o crescimento do setor [5% sustentado nos próximos 10 anos e 7% no setor do luxo], a nível mundial, vai ser muito sólido quando a crise acabar”.
Mas “temos de estar preparados para esse momento”, alerta. O diretor da Les Roches Marbella recorda que Portugal foi, há dois anos, “distinguido como o país com melhores projetos, entre nove países e 28 projetos, de resorts em desenvolvimento”, ou seja, “Portugal desempenha um papel protagonista” no panorama mundial de turismo. E mesmo atualmente, na sua resposta à crise, “todos olhamos, com inveja e admiração, as políticas acertadas que estão a ser feitas no turismo. Olhamos também com muito respeito para a comunidade empresarial que, realmente, está a trabalhar muito bem a nível europeu nos projetos que desenvolve”, enaltece o responsável.
Agora apresenta-se um desafio: “Como respondemos à crise?“, ao que Carlos Díez de la Lastra responde que “capacitar o nosso pessoal, ter gente formada e com talento é crítico”. Acrescentando: “Recomendo que não baixemos a guarda. Que nos preocupemos em cuidar do nosso talento, do nosso pessoal e os ajudemos a serem cada vez mais excecionais.”
O diretor da Les Roches conclui que a WTTC e a Universidade de Oxford avançaram, recentemente, que “apenas cinco entre 25 países tinham saldo positivo de talento formado para a procura que vão enfrentar” no setor turístico e que “nesses países não estão nem Portugal nem Espanha”. O responsável não tem dúvidas de que “a nossa diferenciação, relativamente aos países concorrentes que estão tão desejosos como nós de recuperar o turismo, vai ser a qualidade dos nossos profissionais”.