Linhas Aéreas de Moçambique saem da insolvência e vão reabrir rota para Portugal

As Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) anunciaram a saída da insolvência ao cobrar, desde abril, 47,3 milhões de dólares em dívidas do Estado e privados, mas, segundo fonte da empresa citada pela agência Lusa, mantêm o risco de colapso. “A posição de endividamento ficou reduzida” melhorando o rácio de dívida sobre capital próprio, levando a LAM a deixar de ser considerada insolvente”, afirmou Sérgio Matos, membro da comissão de gestão da empresa.

Estes ganhos operacionais resultam do impacto positivo da intervenção da empresa sul-africana Fly Modern Ark, que entrou em ação em abril, para a restruturação da transportadora de bandeira moçambicana, avançou o mesmo responsável.

O plano de recuperação prevê que a Fly Modern Ark injete “algum dinheiro” na transportadora e coloque mais aeronaves ao serviço, devendo chegar a Maputo dois aparelhos dentro de duas semanas, avançou, para que possam ser estudadas novas rotas.

E a estratégia para salvar a LAM passa por reativar algumas rotas. “A primeira fase vai ser Maputo-Portugal, depois as fases subsequentes vão ser Maputo-São Paulo, Maputo-Guanzhou, Maputo-Bombai, Maputo-Dubai”, referiu Sérgio Matos.

A aquisição de mais aeronaves faz parte dos planos para chegar a novas rotas. Trata-se de um avanço que vai permitir a “otimização dos recursos humanos” da LAM, que conta neste momento com 753 trabalhadores ao serviço de apenas sete aviões, explicou. O gestor assinalou que o aumento da frota vai tornar desnecessária a redução em massa do número de trabalhadores, mas “vão sair alguns”, no âmbito do plano de “otimização dos recursos humanos”.