A Airbnb vai colaborar com 20 destinos em todo o mundo para tornar mais fácil viver e trabalhar a partir de qualquer lugar, incluindo Lisboa, as Ilhas Canárias, Bali, Caraíbas, entre outros. O anúncio foi feito esta quarta-feira, 13 de julho, pela plataforma.
No início do ano, a Airbnb apresentou a sua iniciativa para “viver e trabalhar a partir de qualquer lugar”, identificando alguns dos destinos que oferecem as “melhores condições” para quem trabalha remotamente. A cidade de Lisboa está entre o grupo restrito de 20 destinos que a Airbnb irá destacar entre a comunidade de nómadas digitais, não só pelo seu clima e localização geográfica, mas também pela sua vasta gama de serviços, redes de ligação de transportes, ofertas culturais e de lazer e variedade de opções de alojamento.
A lista dos destinos:
- Baía de Tampa, EUA
- Baixa Califórnia do Sul, México
- Bali, Indonésia
- Brindisi, Puglia, Itália
- Buenos Aires, Argentina
- Caraíbas
- Cidade do Cabo, África do Sul
- Cidade do México, México
- Colômbia
- Dubai, Emirados Árabes Unidos
- França Rural
- Friul-Veneza Júlia, Itália
- Ilhas Canárias, Espanha
- Lisboa, Portugal
- Malta
- Palm Springs, EUA
- Queensland, Austrália
- Salzkammergut, Áustria
- Tailândia
- Tulsa, Oklahoma, EUA
Nos próximos meses, a Airbnb trabalhará em estreita colaboração com cada uma destas organizações para criar hubs de informação especializados para ajudar a destacar os melhores alojamentos locais para estadias de longa duração, bem como informação relevante sobre requisitos de entrada e políticas fiscais. A Airbnb irá também colaborar com destinos em campanhas de sensibilização que promovam um comportamento responsável entre os anfitriões e os nómadas digitais. As previsões são de que estes hubs estejam operacionais até ao final do ano, refere a plataforma.
De acordo com a Airbnb, os destinos que fazem parte deste programa variam de países inteiros a pequenas povoações e cidades pouco conhecidas, e foram selecionados com base no seu interesse em atrair nómadas digitais e nas suas políticas proativas para quem procura viver e trabalhar num local diferente.
Milhões de pessoas têm agora mais flexibilidade para decidir onde viver e trabalhar. Como resultado disso, estão a espalhar-se por milhares de vilas e cidades, permanecendo durante semanas, meses ou mesmo estações inteiras. Aproximadamente, “um em cada cinco hóspedes” alegou utilizar a plataforma da Airbnb para trabalhar remotamente enquanto viajava em 2021, uma tendência que se manteve até ao primeiro trimestre de 2022, com “estadias de longa duração a atingir um pico: mais do dobro desde o primeiro trimestre de 2019”, indica a pltaforma. Essencialmente, estão “a viver” em alojamentos disponíveis através da Airbnb, e os hóspedes já planearam estadias em mais de 72 mli cidades e vilas este verão. Nos primeiros três meses de 2022, “a procura de viagens internacionais de uma pessoa em Portugal, para estadias de longa duração, cresceu mais de 180% em comparação com o mesmo período em 2019″, refere a Airbnb.
“Na sequência da pandemia, surgiu uma nova forma de conjugar vida profissional e viagens, com muitos trabalhadores a já não terem de estar presentes nos seus escritórios a tempo inteiro. Ao estabelecer parcerias com destinos como Lisboa e as Ilhas Canárias, queremos ajudar as pessoas a desfrutar desta flexibilidade e apoiar o regresso das viagens de uma forma segura e responsável, ao mesmo tempo que geramos novas oportunidades económicas para as comunidades locais e distribuímos talentos por todo o mundo”, afirma Mónica Casañas, diretora geral da Airbnb Marketing Services SL.
Por seu turno, Gonçalo Hall, embaixador do trabalho remoto, nómada digital e CEO da NomadX, uma das maiores comunidades de nómadas digitais do mundo com comunidades físicas na Madeira, Cabo Verde e Lisboa, indica que “o nómada digital é um trabalhador remoto que está cada vez mais a utilizar o alojamento local para as suas estadias, porém este mercado tem um perfil muito específico e algumas necessidades especiais. No webinar em colaboração com a Airbnb, vou partilhar tudo o que os nómades digitais procuram no alojamento local, o seu perfil e como providenciar uma experiência única a este mercado”.