É a primeira vez que o maior evento de empreendedorismo, tecnologia e inovação da Europa sai da casa-mãe, em Dublin, Irlanda, e decorre noutra cidade europeia. Em 2016, 2017 e 2018, a Web Summit tem nova morada: Lisboa. Vítor Costa, presidente da Entidade Regional de Turismo de Lisboa, em declarações à Ambitur.pt, mostrou-se satisfeito com a notícia e já pensa no impacto que o encontro que juntará milhares de pessoas terá na economia local.
“Ficamos muito contentes por conseguirmos captar um evento desta natureza. É muito importante a vários níveis, especialmente pelo número de participantes, que terá consequências na nossa economia local. Em Dublin esperam receber, este ano, 30 mil pessoas e nós esperamos ultrapassar esse número”, salientou.
Outra das razões para o Turismo de Lisboa sorrir é o facto do Web Summit 2016 se realizar na época baixa. “O facto de realizar-se numa altura que não é a nossa época alta e ter, também, uma estabilidade de pelo menos três anos, é muito positivo para a nossa região”, explicou entusiasmado, acrescentando que “a natureza do próprio evento, a temática e toda a quantidade de jornalistas, investidores e líderes mundiais que participam, vão dar uma grande projeção e posicionamento à cidade de Lisboa, colocando-a num patamar muito interessante”.
A capital portuguesa venceu Amesterdão, a outra cidade que tinha chegado à lista de finalistas para receber as próximas três edições do Web Summit. Uma vitória que não surpreende Vítor Costa que “não tem a mínima dúvida” de que Lisboa está preparada para receber uma iniciativa desta dimensão. “Lisboa atingiu um patamar de prestigio e notoriedade muito grande em termos de turismo e toda a gente quer vir para Lisboa. Para além disso, temos boas condições em termos de serviços, equipamentos e infraestruturas, há um profissionalismo muito grande e a experiência que temos em acolher outros eventos dá confiança aos organizadores. Temos recebido congressos internacionais e não temos conhecimento de algum ter corrido mal”, referiu.
Vítor Costa lembrou, ainda, que o “ecossistema das start-ups” está a desenvolver-se em Lisboa, o que significa que a capital portuguesa “está a despoletar-se no setor do empreendedorismo, das start-ups e empresas já consagradas e de todas estas áreas de inovação”.
O investimento para o evento – financiado pelo Turismo de Lisboa, Turismo de Portugal e pela Associação Internacional das Comunicações de Expressão Portuguesa (AICEP) – é de 1,3 milhões de euros. Além dos 40 mil visitantes esperados, devem passar pela Web Summit de 2016 e por Lisboa 650 oradores, mais de duas mil empresas e cerca de um milhar de investidores. A conferência terá lugar no Meo Arena e na Feira Internacional de Lisboa.
“Neste momento a cidade de Lisboa está com uma grande projeção e uma grande apetência junto dos mercados internacionais”, concluiu Vítor Costa.